Não é só incompetência: em 2017, nada é pior no futebol brasileiro que presidentes dos clubes
Não que no resto da história tenha sido muito diferente. Mas, em 2017, eles se superam. Nada é pior nesta temporada do futebol brasileiro que os seus cartolas. Começando pelo presidente da CBF, que não pode viajar para o exterior com medo do FBI e faz trapalhadas com o árbitro de vídeo.
Mas é nos clubes que a situação ganha ares até de pastelão.
O santista Modesto Roma acusa, sem prova alguma, repórter de TV de influenciar em decisão da arbitragem e acaba suspenso. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, faz o São Paulo bater recorde de rodadas na zona de rebaixamento e culpa Rogério Ceni, o maior ídolo do clube, a quem demitiu covardemente. E ainda é acusado de agredir um conselheiro.
Os resultados em campo fazem parecer que tudo vai bem no Corinthians, mas a verdade é que a administração Roberto de Andrade faz a dívida do clube aumentar de forma vigorosa e o pagamento da Arena em Itaquera parecer cada vez mais difícil.
No Atlético-MG, Daniel Nepomuceno resolveu dividir seu tempo entre o clube e um cargo na prefeitura de Belo Horizonte. O clube fracassa mesmo gastando muito e ele resolve colocar todo a culpa nas costas dos treinadores: o clube vai para o seu terceiro na temporada e o rebaixamento já passa a ser uma ameça concreta.
No Rio, os presidentes de Flamengo e Botafogo vão bem nas finanças, mas passaram meses trocando provocações como se fossem crianças, atiçando de forma boba uma rivalidade que muitas vezes acabou em violência. Eduardo Bandeira de Mello ainda mantém uma política de preços de ingressos que faz o mais popular clube do país não conseguir encher um estádio onde cabem apenas 20 mil pessoas.
Muito pior é o que faz no Vasco Eurico Miranda, que teve seu afastamento pedido pelo Ministério Público, acusado de apoiar uma torcida organizada que causou um caos em São Januário em jogo contra o Flamengo, e o estádio acabou interditado.
Outro que faz bom trabalho na administração do clube, Marcelo Sant’Ana faz feio no Bahia ao bater boca com jogadores do São Paulo e ameaçar árbitros.
E presidentes não podem ser demitidos, como treinadores, ou afastados, como jogadores. Que admitam ao menos seus pecados.
Fonte: Paulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br
Não é só incompetência: em 2017, nada é pior no futebol brasileiro que presidentes dos clubes
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