A missão do Flamengo de Jesus: fazer o futebol brasileiro ser menos covarde que Mazembe, Raja Casablanca e Ai Ain no Mundial
Em entrevista para a TV Globo, Jorge Jesus relembrou um conselho de Cruyff, o gênio holandês. "Jesus, é mais importante ganhar de 5 a 4 do que 1 a 0. Porque tens de lembrar dos torcedores que estão aqui. Tens que ganhar e tens que dar espetáculo."
Tomara que o treinador português leve isso a campo com o Flamengo no Mundial de Clubes, onde os clubes brasileiros, nas vitórias e nas derrotas, têm um histórico de medo e retrancas em decisões contra europeus desde que o campeonato passou a ser administrado pela Fifa.
O número de finalizações nas cinco decisões contra times europeus desde 2005 é vergonhoso. Somados os cinco clubes, foram só 31 chutes a gol, média de apenas 6,2 por jogo. O menos covarde foi o Internacional de 2006, contra o Barcelona, com dez finalizações. O pior foi o Grêmio de 2017, que só chutou uma vez a gol contra o Real Madrid. O São Paulo de 2005, contra o Liverpool, não foi muito melhor (quatro).
O que faz a performance ofensiva do futebol brasileiro ainda pior é a comparação com times de outros países que desafiaram gigantes europeus em decisões do Mundial.
Em 2013, contra o Bayern de Munique, o Raja Casablanca, do Marrocos, finalizou 11 vezes, e em cinco exigiu defesas de Neuer. Um ano depois de ser incomodado apenas uma vez pelo Grêmio de Renato Gaúcho na final do Mundial, o Real Madrid viu o nanico Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, chutar dez vezes no gol defendido por Courtois e marcar um gol na derrota de 4 a 1.
Já teve time africano que até finalizou mais que um gigante europeu na decisão do Mundial. Em 2010, o Mazembe, depois de eliminar o Inter na semifinal, jogou de forma aberta contra a Inter de Milão. Perdeu de 3 a 0, mas com incríveis 16 finalizações contra apenas nove do time italiano.
Tão gigantes quanto os brasileiros que vão ao Mundial, os argentinos não se apequenam contra europeus. Em 2007, o Boca finalizou 16 vezes contra o Milan. Em 2015, o River chutou nove vezes diante do Barcelona.
Que o Flamengo mude o triste histórico brasileiro.
Fonte: Paulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br
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