De Dome e Diniz a Guardiola: técnicos são muito cobrados por que são elogiados demais e ganham muito
Quem gosta de falar ou escrever sobre futebol deveria ter uma obrigação todas as quartas-feiras e domingos. Ler a coluna de Tostão na "Folha de S. Paulo". Sem a pressa de "verdades instantâneas" das redes sociais, ele faz as melhores análises do futebol brasileiro.
Foi assim nesta quarta-feira. Depois de dias em que vários técnicos do futebol brasileiro, incluindo Doménec Torrent e Fernando Diniz, e até Guardiola reclamaram da pressão por resultados imediatos, Tostão colocou o dedo na ferida.
"Uma das razões de os treinadores brasileiros serem exageradamente criticados quando perdem é o fato de que são excessivamente elogiados quando ganham". Bingo.
E isso serve para o mundo todo. Nunca vi um treinador se queixar de análises "precipitadas" da crítica quando alguém diz que eles deram "um nó tático" em um rival numa partida nem tão importante assim. Muito menos quando vários, inclusive eu com Jorge Jesus no Flamengo, afirmam que um técnico é mais importante que o craque do time na conquista de um título.
Só no futebol entre os grandes esportes coletivos o salário dos treinadores rivaliza com os dos melhores jogadores. Na NBA, mais de uma centena de atletas fatura mais de Gregg Popovich, provavelmente o melhor treinador da sua geração.
Claro que os treinadores precisam de um certo tempo e boas condições de trabalho para apresentarem resultados. Mas eles precisam aprender: a cobrança será igual aos elogios e proporcional ao salário milionário que recebem nos grandes times.
De Dome e Diniz a Guardiola: técnicos são muito cobrados por que são elogiados demais e ganham muito
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