Antony: a expectativa é grande, mas a paciência também precisa ser
O empate
Cuca precisou lidar com muitos desfalques do meio para frente no São Paulo.
Sem Raniel, suspenso por equívoco do árbitro na rodada anterior, Pablo, Pato, Rojas e Toró, citando apenas os atacantes indisponíveis, tinha que montar uma equipe para ganhar do Grêmio
Escalou Antony na direita, Tchê Tchê e Daniel Alves por dentro, Everton na esquerda, e Vitor Bueno adiantado. Todos se movimentando para confundir a marcação. Liziero, atrás do quarteto, poderia aproveitar o espaço para os chutes e lançamentos.
Juanfran contribuiu, mas foi precavido. No setor do espanhol atuou Everton Cebolinha.
Sob cerca de 30°, lembro que estamos no inverno, a iniciativa foi do São Paulo.
A primeira grande oportunidade foi de Antony, que finalizou para fora.
Como D. Alves tende a frequentar aquele lado, por ali o time insistiu mais, o que exigiu constantes participações do atleta revelado em Cotia.
Teve momentos positivos, mas os problemas no último toque e chutes em gol comprometeram a atuação.
Para completar, após um toque de letra, permitiu o contra-ataque gremista, optou pela falta e, merecidamente, recebeu o segundo cartão amarelo.
Ouviu vaias e foi consolado pelo treinador do Grêmio, que tem promovido e aprimorado iniciantes no semifinalista da Libertadores.
Há algum tempo deve para si, colegas e torcida uma atuação de se aplaudir.
A promessa
A primeira aparição no time principal foi na última temporada, durante o empate contra o Grêmio, na rodada 34.
Era o reserva de Helinho.
Após a atuação improdutiva, parecida com as seguintes diante de Vasco e Sport, havia dúvidas sobre quão útil seria.
Se tivesse o status atual, teria ido para as férias, mas jogou a Copa São Paulo, se destacou, foi referência e, preterido por Jardine, que também o lançou, na breve presença do clube durante essa Libertadores, conseguiu elogios no marasmo do estadual, onde mostrou potencial.
Iniciou o brasileirão entre os titulares. Apesar de apenas um gol e duas assistências em 12 jogos, muito pouco para o atleta habilidoso, que atua perto da área, o treinador o mantém.
Talvez beneficiado pelos desfalques, ou porque Cuca o enxerga como jogador especial, é agraciado com uma necessária e rara paciência.
As oscilações eram previsíveis, pois completou 19 anos em fevereiro. Dedicado nos treinos, tende a evoluir, desde que seja corretamente trabalhado.
Os dirigentes recusaram polpuda oferta pelo jogador.
Do atual grupo disponível para Cuca, deve ser o mais caro e almejado por clubes estrangeiros.
Tem enorme chance de jogar o insignificante campeonato de futebol masculino olímpico.
Mostra repertório no drible, algo impossível de ser ensinado, pois sai bem por ambos os lados, e no toque de bola.
Tem que melhorar as decisões em campo para ser objetivo, aprimorar a parte física, além das finalizações.
O coletivo
Se o departamento médico no CT da Barra Funda conseguir diminuir o grande número de ausências em cada jogo, caberá ao técnico decidir quando e como Antony deve jogar.
É certo que, por enquanto, a titularidade absoluta pesa muito para o jogador e o time.
Entender as medidas é primordial.
Pode resolver as partidas entrando durante as mesmas, o que aumentará a sua confiança, e jogar outras do início ao fim.
No planejamento, considerar a parte da torcida que assiste aos jogos no limite da paciência, esgotada há algumas temporadas, é necessário.
A equipe do São Paulo, como o jogador, está em formação.
Toda a sabedoria é essencial para evitar que, mais uma vez, alguém saia do clube para comemorar resultados positivos com outra camisa.
Fonte: Vitor Birner, blogueiro do ESPN.com.br
Antony: a expectativa é grande, mas a paciência também precisa ser
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