Só falta queimarem Daniel Alves no São Paulo
O acumulador de sucessos, capitão da seleção, tem sido avaliado por alguns como o problema do São Paulo.
Pouparei os leitores de adjetivos compatíveis.
Educação e gentileza precisam ser cultivadas, inclusive ao discordar de crença, viés ideológico ou da noção do que acontece em campo.
Li os argumentos dos que pedem a saída do atleta.
O mais citado é que, diante de Atlético-MG e Corinthians, sem o veterano, foram as melhores apresentações da equipe no período Diniz.
Os mineiros com o técnico que, mesmo na condição de mandante, perderam da Chape, e o Corinthians no jejum de resultados positivos.
Precisamos pensar como têm atuado os times, seus momentos, em qualquer avaliação com sabedoria dos jogos.
Se há dúvidas, pense no Flamengo antes de Jorge Jesus.
Mas isso é apenas detalhe.
No clássico frente ao Palmeiras, além de atuação elogiável do ganhador, teve uma lista de aspectos, todos muito mais relevantes que a partida de Daniel Alves, que explica o baile.
Era necessário, para vencer o time mais capaz e rodado, no mínimo igualar o esforço feito pelo oponente, mas nem todos os jogadores se lembraram.
Isso tornou mole a marcação adiantada proposta pelo treinador.
A transição palmeirense à frente foi simplificada, feita pelo chão.
A bola chegou redonda em Dudu e cia.
Era para Fernando Diniz colocar Tchê Tchê na lateral, mas optou por Daniel Alves, o que pode ser útil contra equipes sem atletas decisivos no setor.
A soma do que citei dificultou que atuasse na criação, sua principal virtude, e sobrecarregou o multicampeão por Juventus, PSG e Barcelona.
O mesmo aconteceu com Bruno Alves e Arboleda.
Luan sucumbiu, Alexandre Pato manteve os sumiços em partidas difíceis e clássicos, Antony precisa maturar a leitura de lances e jogos.
Abri mão de qualquer adjetivo porque, após tantos problemas, seria indelicado usar o preciso ao foco em Daniel Alves.
Há outros aspectos.
A estiagem de conquistas mantém a crise viva ou próxima, o grupo tem alguns operários merecedores de aplausos, os comuns e promissores novatos.
Uns necessitam de referência para evoluírem, outros para renderem o que podem.
Nada acontecerá sem a condição atlética ideal de todos, lembrando que Daniel Alves atuou na Copa América enquanto os demais treinavam, e o sistema de jogo compatível.
Se alguém imagina que Daniel Alves pegará a bola, driblará meia dúzia e ganhará partidas sozinho, sou obrigado a informar que nunca teve tanto potencial.
A expectativa desses é incompatível com o futebol.
Podem criticar o veterano.
Dou nota 6 pelo que tem mostrado nos gramados.
Por outro lado, a preparação de qualquer time com os disponíveis exige que seja escalado.
Pode jogar diante do lateral, o setor de Antony, onde tende a render mais.
Recomendo cuidados aos que amam o São Paulo.
As vaias geraram as saídas de jogadores importantes.
Enxergar os problemas da equipe em Daniel Alves, no longo período de jejum, soa como sabotagem ou pequena noção sobre o futebol.
Reconheço a minha dificuldade para cogitar nisso, ao ouvir a reclamação, as soluções para a melhora da harmonia coletiva e resultados.
Nem mesmo a diminuição no rendimento, que será natural, pois é mortal com 36 anos, pode, na atual temporada, tirar o atleta tantas vezes campeão da equipe.
Fonte: Vitor Birner
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