VAR atrapalha, e estreia de Raphael Claus na Copa do Mundo do Qatar é marcada por falta de critério
Raphael Claus apitou Inglaterra 6 x 2 Irã nesta segunda-feira (21) pelo grupo B da Copa do Mundo do Qatar, marcou 23 faltas e aplicou 2 cartões amarelos, números considerados baixos para um jogo, mas compatíveis com as características dele.
A partida começou com tudo e logo aos 2 minutos houve um pedido de pênalti a favor da Inglaterra. O zagueiro Maguire colocou o braço nos ombros de Cheshmi, que o abraçou primeiro, ou seja, eles se seguraram dentro da área iraniana e, pela regra, o primeiro ponto a ser analisado é se essas ações geraram impacto. Se sim, outro ponto é se ocorrem ao mesmo tempo, pois, pela regra, quando duas infrações acontecem ao mesmo tempo, a mais grave deve ser marcada, isto é, um pênalti é mais grave que uma falta para a defesa.
Maguire é agarrado primeiro e com uma ação que na minha visão gera impacto na sua movimentação para poder disputar a bola. Isto significa que a infração no atleta inglês ocorreu primeiro e, como gerou impacto, o pênalti deveria ter sido marcado.
Cabe interpretação no lance? Cabe, sim, há quem defenda que a ação não gerou impacto, até por isso vejo como acertada a decisão do VAR uruguaio em manter a decisão de Claus no campo de jogo, onde ele não apitou a possível penalidade para a Inglaterra.
O problema principal se deu nos 10 minutos de acréscimos do segundo tempo. Na cobrança de falta na área, Morteza Pouraliganji foi disputar a bola, mas sua camisa foi puxada por John Stones. Lance difícil no campo, mas pela imagem se percebe a camisa puxada durante o tempo em que o atacante busca se movimentar. É outro lance que cabe interpretação, mas mantendo o meu critério de avaliação vejo que o pênalti poderia ter sido marcado para o Irã.
Mas se no Maguire não foi assinalado, este também não deveria ter sido. No entanto, o VAR sugeriu revisão neste segundo lance, mesmo sem haver erro claro e óbvio, o que foge totalmente do critério adotado no possível penal para a Inglaterra no primeiro tempo, e cometeu um equívoco gigante ao fazer isto. Raphael Claus foi ao monitor e, após a revisão, decidiu pela penalidade.
Raphael Claus poderia ter não marcado o penal para o Irã ao olhar o monitor e manter o critério? Sim, poderia. A questão é que na infração a favor do Irã, ele teve uma oportunidade de revisão no monitor, mas na infração a favor da Inglaterra, não, pois o VAR não lhe deu essa chance.
A sorte é que não interferiu no resultado final. Contudo, a arbitragem sul-americana já deu as caras na Copa com suas faltas de critério.
VAR atrapalha, e estreia de Raphael Claus na Copa do Mundo do Qatar é marcada por falta de critério
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.