Qual Cam Newton vai aparecer em New England? 2018 pode ser a resposta
Numa movimentação um tanto quanto inesperada para o final de junho, o New England Patriots contratou o quarterback Cam Newton em contrato de um ano e sete milhões de dólares segundo Adam Schefter, repórter da ESPN americana. Não que Newton não fosse ventilado nos Patriots, afinal a equipe da AFC East perdeu Tom Brady e é uma das poucas que não contam com um nome forte na posição.
Mas o timing da decisão surpreendeu. Afinal, mesmo num ano atípico como 2020, é raro ver decisões como essas às portas do training camp – que costumeiramente começa em meados de julho. As últimas impressões de Newton, contudo, não são as melhores. MVP (jogador mais valioso) da liga em 2015, quando conduziu o Carolina Panthers à campanha de 15-1 e ao Super Bowl 50, Newton esteve na parte baixa das estatísticas de 2016 em diante. Em 2019, vindo de cirurgia no ombro e com lesão no pé, Newton teve atuações desastrosas nas duas semanas em que foi a campo. Contra o Los Angeles Rams e o Tampa Bay Buccaneers, duas derrotas, uma interceptação, nenhum passe para touchdown e o rating na casa dos 70.0 – número bem abaixo da média da NFL atual.
2019, contudo, não pode ser a referência mesmo que seja a lembrança mais recente. Como dito acima, Cam estava com lesão séria no pé, não aparentava estar curado do ombro e jogou no sacrifício. O mesmo pode ser dito da semana 10 da temporada 2018 em diante. Por que esse corte temporal?
T.J. Watt. Em partida contra o Pittsburgh Steelers num Thursday Night Football na semana 10 de 2018, Newton sofreu um forte impacto por Watt. Lance de jogo, frise-se, não houve maldade do então calouro. Dali em diante, Cam não foi o mesmo e a lesão no ombro não foi tratada corretamente. Arrisco dizer, houve negligência do Carolina Panthers, que só tirou Cam dos dois jogos finais daquela temporada – quando o time já estava fora da disputa.
Cam Newton, 2018, Semana 11 à 15: 7 TDs, 8 INTs, 7.3 jardas por passe.
Cam Newton, 2018, Semana 1 à 9: 15 TDs, 4 INTs, 7.2 jardas por passe.
A diferença é significativa. Antes do jogo contra os Steelers, aliás, os Panthers tinham campanha de 6-2 e brigavam forte para chegar à pós-temporada – ao menos pelo wild card, dado que o New Orleans Saints era um rolo compressor naquele momento e Drew Brees duelava com Pat Mahomes pelo MVP da liga.
Esse Cam Newton, saudável, tem que ser o ponto de referência agora em New England. Claro, supondo – e assim supomos, dado que ele passou por exame médico antes da contratação – que ele esteja na mesma forma do espaço estatístico que separei acima. Acima de tudo, a contratação do camisa 1 dá fôlego à Dinastia dos Patriots. Ao contrário do que vimos com outros times dominantes nesta década – Golden State Warriors, San Francisco Giants – não haverá um ano para se esquecer se o Cam Newton de 2018 aparecer.
A defesa dos Patriots é uma das melhores da NFL, retorna boa parte dos titulares e Cam é um quarterback competente. Claro: precisamos respeitar o Buffalo Bills (e sua defesa, sobretudo) e não dá para cravar New England vencendo a divisão como outrora fazíamos. Mas uma coisa é certa: a briga vai ser boa. A chegada de Cam Newton só torna essa narrativa ainda melhor.
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