O grande desafio do novo presidente do Vitória

Elton Serra
Elton Serra

Ricardo David foi eleito com mais de 52% dos votos válidos
Ricardo David foi eleito com mais de 52% dos votos válidos Maurícia da Matta/EC Vitória

Ricardo David será o quarto presidente do Vitória nos últimos dois anos e meio. Vivendo instabilidade política que parece não ter fim, o rubro-negro terá mais uma chance de fincar os pés no chão e se reestruturar para as próximas temporadas. Essa é a grande missão de novo mandatário. 

David tem a experiência de já ter trabalhado no Vitória. Foi diretor de marketing na gestões de Carlos Falcão e Raimundo Viana, entre 2014 e 2015. Na última eleição, perdeu por poucos votos para Ivã de Almeida, que renunciou ao cargo durante o Campeonato Brasileiro deste ano. Se diz preparado para mudar a mentalidade do clube e colocar o Leão na rota do progresso.

Pesa a favor de Ricardo David ser o primeiro presidente eleito pelos sócios do Vitória. Com a mudança do estatuto rubro-negro, os conselheiros passaram a dividir a responsabilidade com a maioria da torcida. Se continuar com o discurso de renovação de mentalidade, pode casar suas ideias com o momento de mudança política no clube. O Vitória, sobretudo no último ano, se arrastou em busca de gestão profissional e sofreu com a falta de capacidade de lidar com as exigências do mercado do futebol. Negociou mal, contratou com alto risco, tomou decisões precipitadas e comprometeu seu planejamento, quase levando o time à Série B. 

Novo presidente do Vitória terá mandato até setembro de 2019
Novo presidente do Vitória terá mandato até setembro de 2019 Maurícia da Matta/EC Vitória

O principal objetivo de Ricardo David é dar uniformidade aos processos dentro do Vitória. Para isso, contratou Erasmo Damiani, ex-coordenador das categorias de base da Seleção Brasileira, e que será o gestor de futebol do rubro-negro. A ideia é reformular a o Departamento de Inteligência, responsável pela avaliação de atletas; integração com as categorias inferiores; e implantação de uma filosofia de trabalho no futebol profissional, que vai desde a criação de uma filosofia de jogo até a identificação perfil do jogador que vestirá a camisa do clube. Damiani encabeçar um setor que terá a participação de dois gerentes: um para a base e outro para a equipe principal.

Por mais que o Vitória precise de um choque de gestão no futebol, é necessário que o clube se estabilize politicamente. Ricardo David, ao delegar funções para Erasmo Damiani, pode se preocupar em fazer com que o rubro-negro deixe de ser uma bomba-relógio prestes a explodir. Terá o trabalho de aparar as arestas criadas no conselho deliberativo, além de blindar o clube dos velhos “perus” (aqueles que puxam o saco da diretoria com o objetivo de obter privilégios). Mais do que um presidente, Davi precisará ser um excepcional político. Só assim, poderá durar bem mais que seus últimos antecessores.


Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Bahia e Vitória no Z-4 em semana de clássico. Cenário preocupante, mas sem terra arrasada

Elton Serra
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Felipe Oliveira/EC Bahia
Vitória e Bahia se enfrentarão no Barradão, pela 11ª rodada do Brasileiro
Vitória e Bahia se enfrentarão no Barradão, pela 11ª rodada do Brasileiro

Já se passaram sete semanas desde o último Ba-Vi, disputado pela final do Campeonato Baiano, e que encerrou uma sequência de quatro confrontos consecutivos entre tricolores e rubro-negros. No próximo domingo, o sexto clássico da temporada terá um ingrediente bem amargo: os dois estão na zona de rebaixamento da Série A.

É preciso entender o aconteceu neste ínterim. Ambos os times mudaram de treinador (o Vitória por duas vezes, inclusive), contrataram jogadores e sofreram soluções de continuidade. Dois processos duros, mas que funcionaram de maneiras bem diferentes nos dois clubes.

O Vitória, com a eliminação para o Bahia nas semifinais da Copa do Nordeste, acreditou que o planejamento estava mal feito. Contratou Dejan Petkovic como gerente de futebol, demitiu o técnico Argel Fucks e alçou Wesley Carvalho como interino. Sem convicções, mesmo com o título estadual, buscou um novo treinador no mercado e não obteve êxito - Petkovic, então, acumulou funções e o rubro-negro criou a figura do team manager: uma espécie de técnico responsável por todas as áreas do departamento de futebol, desde a captação de novos atletas até a discussão de orçamento com a área financeira.

Com o fracasso nas primeiras rodadas do Brasileirão, o Vitória anunciou a saída do diretor Sinval Vieira, responsável pela montagem do time no início da temporada. Petkovic, então, resolveu dedicar-se exclusivamente ao papel de gestor e foi ao mercado buscar um novo técnico. Alexandre Gallo, numa lista de quase 30 nomes, foi o escolhido pela diretoria. Ao final deste processo, o rubro-negro já acumulava quatro jogos sem vencer e três derrotas consecutivas na Série A.

Há algumas semanas, Jorginho elogiou trabalho deixado por Guto Ferreira, mas admite: 'Há muito o que melhorar'

O Bahia conquistou o título do Nordeste e começou o Campeonato Brasileiro com um 6 a 2 contra o Atlético Paranaense. Em meio a duas derrotas fora de casa, para Vasco e Botafogo, o técnico Guto Ferreira recebeu proposta do Internacional e deixou o tricolor. A diretoria buscou no mercado um perfil parecido com o de "Gordiola", e chegou ao nome de Jorginho, profissional capaz de manter o padrão tático da equipe e não mexer profundamente na estrutura deixada por seu antecessor.

Mesmo com um time organizado, Jorginho convive com algo comum a clubes com orçamento restrito: a falta de boas opções no banco de reservas. Sem Régis, o Bahia perdeu muito de sua critividade; com a ausência de Edson, o time deixou de ter força defensiva no meio-campo, algo destacado durante boa parte da temporada; Renê Júnior, suspenso no último jogo, foi ausência sentida na saída de bola e construção do jogo a partir do campo de defesa. Somam-se as lesões de jogadores como Jackson e Hernane aos problemas, e o técnico tricolor tem uma realidade aproximada do que a Série A lhe oferece.

Com todos as dificuldades já conhecidas, a dupla Ba-Vi, porém, não possui equipes para encabeçar uma zona de rebaixamento. O Vitória tem dois volantes, Willian Farias e Uillian Correia, capazes de dar consistência ao meio-campo, tanto na saída de bola como na marcação; Patric qualifica a transição ofensiva pelos lados; David e Neilton são atacantes rápidos e habilidosos, assim como Kieza, jogador de constante movimentação ofensiva; Cleiton Xavier dá toques de experiência e qualidade, necessários em momentos complicados do jogo; André Lima é um centroavante capaz de decidir jogos, desde que esteja em condições físicas para isso. Falta ao Vitória reencontrar um padrão de jogo e, a partir daí, buscar variações táticas -Alexandre Gallo terá pela primeira vez uma semana inteira para trabalhar. Óbvio que o rubro-negro, com todas as qualidades citadas, não tem o time dos sonhos, capaz de buscar Libertadores ou título, mas pode sofrer menos sufoco.

Brasileiro: Gols de Atlético-PR 4 x 1 Vitória

O padrão tático que Gallo tanto busca já é visível no Bahia. A etapa seguinte é buscar as variações, algo que Jorginho também terá tempo de trabalhar durante a semana. Encontrar alternativas para a falta de bons substitutos é um desafio para o treinador tricolor, que tem um excelente time titular nas mãos.

A semana será dura para tricolores e rubro-negros. É, sem dúvida, o Ba-Vi mais duro do ano, pelo cenário criado por ambos no Campeonato Brasileiro. Porém, de tudo se tira boas lições. Não há terra arrasada: o clássico de domingo pode ser um recomeço para dois times que podem mostrar muito mais do que tem apresentado até agora.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Por correção de planejamento, Vitória trocou aventura sul-americana por receita caseira

Elton Serra
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Mauricia da Matta/EC Vitória
Cárdenas foi dispensado após apagada passagem pelo Vitória
Cárdenas foi dispensado após apagada passagem pelo Vitória

O Vitória foi um dos clubes que mais investiu no mercado Sul-Americano no início de 2017. Em janeiro, anunciou as contratações dos argentinos Jesus Dátolo e Leonardo Pisculichi, além do chileno Paul Pineda. Como já tinha o colombiano Sherman Cárdenas no elenco, completou o quarteto de jogadores estrangeiros para disputar a temporada.

Seis meses se passaram e a ideia de contar com uma ‘escola' diferente na Toca do Leão foi para o espaço. Dátolo, que já vive no Brasil há algum tempo, foi dispensado após sete jogos com a camisa rubro-negra - um a mais que seu conterrâneo Pisculichi, colocado à disposição do mercado pela diretoria do Vitória. Pineda, com 18 partidas e três gols, todos no Campeonato Baiano, não teve seu curto contrato renovado. Cárdenas, que veste a camisa do clube desde o ano passado, fez sete jogos em 2017 e também foi dispensado.

As investidas do Vitória no mercado sul-americano não tem dado muito certo nas últimas duas temporadas. Em 2016, além de Cárdenas, o time contou com o atacante boliviano Rodrigo Ramallo, que passou em branco com a camisa do Leão. Os dois chegaram após boas passagens do goleiro paraguaio Gatito Fernandez e do meia argentino Damian Escudero, que ajudaram o rubro-negro no retorno à Série A em 2015.

Assista aos gols do triunfo do Vitória sobre o Sport por 3 a 1!

Com exceção de Pineda, que passou por clubes menores do Chile, os estrangeiros chegaram ao Vitória com currículos vencedores - inclusive com títulos da Copa Libertadores. Cárdenas foi campeão com Atlético Nacional em 2016; Dátolo, ainda jovem, faturou a taça com o Boca Juniors, em 2007; já Pisculichi, em 2015, ganhou o torneio sul-americano com o River Plate.

Sem estrangeiros no elenco, o Vitória agora se concentra no mercado nacional para reforçar o time visando a sequência do Brasileiro. Esse processo, por ironia, é comandado pelo sérvio Dejan Petkovic, que não cogita contratar gringos em curto prazo. O rubro-negro, também, baixou a média de idade com as mudanças de planejamento - os quatro sul-americanos, juntos, somavam 30 anos de média, enquanto o grupo beira os 26. Caíque Sá (25), Yago (22), Fillipe Soutto (26) e Neilton (23) foram os últimos reforços apresentados.

Com pouco tempo de adaptação e rendimentos abaixo do esperado, os estrangeiros do Vitória deixaram o torcedor decepcionado. O rubro-negro, agora, tenta mudar a receita para poder se reequilibrar na temporada. Faz, com o perdão do trocadilho, o famoso arroz com feijão.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Por correção de planejamento, Vitória trocou aventura sul-americana por receita caseira

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Bahia segue com seu longo e difícil processo de reconstrução de identidade

Elton Serra
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Divulgação/Gêmio FPA
Bahia foi derrotado pelo Grêmio por 1 a 0, em Porto Alegre
Bahia foi derrotado pelo Grêmio por 1 a 0, em Porto Alegre

Há alguns anos era comum ouvir a frase "o Bahia é um bando em campo". Uma constatação justa e fiel ao que o tricolor apresentava nas competições que disputava, fruto de uma falta de planejamento, de critério nas contratações, de filosofia, identidade e cultura tática. Elementos que resultam em times competitivos e vencedores, acima de tudo.

Mesmo que muitos torcedores ainda reclamem, e até acreditem que o Bahia fez péssima partida contra o Grêmio na última segunda-feira, é preciso enxergar que as coisas mudaram lá pelas bandas do Fazendão. E o jogo contra o tricolor gaúcho mostra que, de fato, os elementos que faltavam para o time baiano voltar a ter identidade podem ser vistos na equipe comandada por Jorginho. Algumas coisas ainda engatinham, mas muitas são bastante cristalinas.

Voltando no tempo, o Bahia sentiu que precisava ter novamente uma identidade para voltar ao caminho das glórias. Esse processo começou com Sérgio Soares, em 2015: o técnico conseguiu plantar a semente de um time montado no 4-3-3, com transições ofensivas rápidas e organização defensiva consistente. O tricolor foi campeão baiano e finalista da Copa do Nordeste e, apesar de ter fracassado na Série B, muito por falta de qualidade técnica de alguns jogadores, solidificou uma filosofia que foi passada para os trabalhos seguintes. Doriva conseguiu contribuir com a mudança do esquema para o 4-2-3-1 e fortalecendo a marcação no meio-campo. Guto Ferreira, em 2016, "poliu" o sistema e consolidou a identidade do Bahia.

O atual técnico do Internacional foi fundamental para que o Bahia pudesse caminhar com passos firmes nas grandes competições. Em casa, o time baiano joga à vontade, com as transições ofensivas inteligentes de Sérgio Soares e com o meio-campo de posse de bola de Doriva, mas com a consistência defensiva e intensa movimentação no último terço do campo, com meias armadores que atuam como pontas, heranças de Guto Ferreira, que também trouxe a variação para o 4-1-4-1. É óbvio também que, mesmo com todos esses elementos, o Bahia ainda não é um time pronto para encarar qualquer desafio, e o próximo passo ficou nas mãos de Jorginho.

Confira o gol da vitória do Grêmio sobre o Bahia por 1 a 0

Na arena gremista, o Bahia enfrentou um adversário que já passou por todas essas etapas. Renato Portaluppi herdou um trabalho bem feito por Roger Machado, e deu a sua cara. O Grêmio tem muitos passos à frente do tricolor baiano em cultura tática, mas sentiu imensa dificuldade na partida dessa segunda-feira - o time de Jorginho só perdeu a partida graças a uma jogada que não é comum na equipe gaúcha: cobrança direta de escanteio, jogador escorando a bola no primeiro poste e um segundo atleta finalizando sem marcação. O Grêmio precisou ser pragmático para vencer o jogo na sua casa.

A estratégia de Jorginho era neutralizar as virtudes do Grêmio. Para isso, o Bahia precisaria jogar de uma maneira um pouco diferente da que está acostumado. É uma necessidade natural, fruto de um time que ainda está construindo sua identidade, sobretudo quando atua longe da Fonte Nova. O time azul, vermelho e branco ainda encontra muitas dificuldades em impor o seu jogo como visitante, mas, mesmo assim, colocou em práticas situações já conhecidas na equipe: uma primeira linha defensiva sólida e muito bem organizada; uma compactação defensiva capaz de negar todos os espaços possíveis para o ataque adversário; paciência para suportar uma pressão que já era prevista em Porto Alegre. Como disse, sofreu um gol numa situação pouco comum no time de Renato - foi um dos jogos mais difíceis do Grêmio como mandante na temporada.

Felipe Oliveira/EC Bahia
Jorginho tem a missão de dar continuidade ao processo de evolução do Bahia
Jorginho tem a missão de dar continuidade ao processo de evolução do Bahia

Com uma estrutura forte, fica fácil enxergar o que precisa evoluir. A tendência, com isso, é fazer mudanças pontuais. O Bahia, por exemplo, precisa de uma saída mais forte pelo meio-campo; no ataque, um bom centroavante é necessário para mudar as características do time, com um jogador que faça bem o pivô e dê a oportunidade dos meias tabelarem próximos à área, quebrando linhas de equipes mais fechadas. Esta estrutura já permite que o Bahia não tenha que começar do zero toda vez que mudar um treinador.

Muitos torcedores ainda reclamarão da postura do Bahia fora de casa. Porém, instintivamente, sabe que a equipe mostra algo que sequer era visto há três temporadas. Jorginho ainda precisa dar mais maturidade ao time para pontuar como visitante, e isso passa por trabalhos táticos e, pelo visto, psicológicos. O técnico já mostrou que quer dar esse passo quando faz substituições que visam sempre o gol. É mais um tijolo que se encaixa no castelo de ideias que formam a identidade, a filosofia, a cultura tática do Esporte Clube Bahia. Algo que boa parte da torcida pode não ter paciência para enxergar, mas que ajuda a deixar uma base montada para várias gerações futuras.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Bahia segue com seu longo e difícil processo de reconstrução de identidade

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Clubes já enfrentam suas primeiras dificuldades no Brasileiro: 'proibição' de uso de jogadores

Elton Serra
Elton Serra
Mauricia da Matta/EC Vitória
Patric está emprestado ao Vitória pelo Atlético-MG até o fim do ano
Patric está emprestado ao Vitória pelo Atlético-MG até o fim do ano

O Vitória venceu o Atlético-MG neste domingo, no Barradão, mas não teve a oportunidade de contar com um de seus principais titulares no Campeonato Brasileiro. O lateral-direito Patric teve que assistir o jogo da arquibancada por culpa do clube mineiro, detentor dos seus direitos federativos. Como pertence ao Galo, a diretoria alvinegra "vetou" a sua utilização quando o rubro-negro baiano enfrentasse o time treinado por Roger Machado.

Vetar a utilização de jogadores emprestados contra o time cedente virou uma prática no Brasil. Um clube ativa cláusula no contrato de empréstimo para evitar o "fogo amigo", e o outro aceita sem reclamar. Caso queira se arriscar a utilizar o atleta, terá que pagar uma multa quase milionária. A CBF, em 2015, proibiu a prática, mas voltou atrás nesta temporada.

Assim como as vendas de mando de campo, as cláusulas proibitivas tiram a isonomia do Campeonato Brasileiro. Jogadores podem atuar em quase todas as partidas - exceto nas quais seu clube de origem está do outro lado. A depender da situação do clube cedente na competição e do momento do atleta cedido, a prática pode beneficiar apenas quem empresta.

Felipe Oliveira/EC Bahia
Allione não estará em campo contra o Palmeiras, no próximo domingo
Allione não estará em campo contra o Palmeiras, no próximo domingo

O Bahia também passará por situação parecida nas próximas semanas. Allione e Matheus Sales, por exemplo, não poderão enfrentar o Palmeiras no domingo, na Arena Fonte Nova. O mesmo se aplica aos atacantes Mendoza e Gustavo, que pertencem ao Corinthians, adversário do tricolor no próximo dia 22, em Itaquera. Como nos quatro casos os empréstimos se deram de forma gratuita, a diretoria do Bahia teve pouco poder de argumentação, assim como o Vitória no caso Patric.

Um exemplo que ilustra que a proibição é desnecessária vem de um dos melhores jogadores do Brasileirão no momento: Lucca. Ao contratá-lo por empréstimo, a Ponte Preta garantiu que o atacante poderia enfrentar o Corinthians enquanto defendesse o time de Campinas, e o jogador foi destaque no confronto da primeira fase do Campeonato Paulista. Lucca também atuou nas finais do estadual normalmente, aproveitando a vitrine, mostrando a Fábio Carille que pode ser últil no futuro e mostrando para o Corinthians que sua ausência poderia causar um prejuízo técnico na decisão da competição.

Os clubes brasileiros seguem na contramão do bom senso, talvez por medo do constrangimento em ter que assistir um jogador que não faz parte dos seus planos fazer um gol que determine sua derrota. Quando o futebol no país parecia ter dado um passo para se afastar da mesquinharia, eis que aqueles que deveriam fomentar a competitividade resolvem dar dois passos atrás.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Clubes já enfrentam suas primeiras dificuldades no Brasileiro: 'proibição' de uso de jogadores

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De Sascha Lewandowski à criação de um nova cultura: as aspirações de Alexandre Gallo no Vitória

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Mauricia da Matta/EC Vitória
Alexandre Gallo tem inspirações alemãs para se reinventar no futebol
Alexandre Gallo tem inspirações alemãs para se reinventar no futebol

Alexandre Gallo começou a sua era no Vitória. Sua contratação foi questionada por torcedores, parte da imprensa e até alguns diretores do clube. O rubro-negro, porém, afirma que está contratando um técnico e uma nova ideia de trabalho. Unir os resultados no Campeonato Brasileiro com a formação de novos jogadores, DNA do time baiano e função de Gallo nos últimos anos, é o grande objetivo de Dejan Petkovic, agora diretor de futebol.

Será fácil implantar uma nova filosofia de trabalho no Vitória? A resposta, com certeza, é negativa. E por um motivo bem simples: treinar a Seleção Brasileira é muito diferente de trabalhar num clube de futebol, onde o treinador precisa se adaptar à realidade financeira e de gestão dos cartolas, sem a regalia de contar com o jogador que quiser. Alexandre Gallo precisará superar obstáculos políticos e culturais para começar a mudar o que encontrou no rubro-negro. E mais: ele treinará jogadores, e não ideias.

DataESPN: Rafael Oliveira mostra os erros do Vitória na derrota para o Fluminense

Gallo chega ao Vitória num momento politicamente turbulento, mas tem ao seu favor o total respaldo de Petkovic, com quem trabalhou no Atlético-MG, em 2008. E Pet, obcecado por mudanças no clube, dará carta branca para o novo técnico mexer na estrutura do time e do elenco, de acordo com a nova filosofia de trabalho da equipe baiana.

Para começar essa tão sonhada transformação, Alexandre Gallo chega ao Vitória com algumas inspirações. A maior delas é Sascha Lewandowski, técnico alemão que faleceu ano passado, aos 44 anos, e que teve grande destaque no Bayer Leverkusen. Lewandowski fez famosa dupla com Sami Hyypia, ex-zagueiro finlandês que fez sucesso no Liverpool e que, após se aposentar no Leverkusen, treinou a equipe alemã entre 2012 e 2014. Quando Hyypia assumiu o primeiro time, Sascha ficou responsável pelas categorias de base - por isso, a admiração de Gallo por seu trabalho.

O que Sascha Lewandowski tinha que fazia o novo técnico do Vitória admirá-lo? A primeira questão, de acordo com o próprio Gallo, era a vocação ofensiva dos times treinados pelo alemão. De fato, Sascha gostava de atuar num 4-3-3, com um trio de meio-campistas capazes de marcar e criar. Por muitas vezes, um desses meias fazia o papel de terceiro zagueiro, liberando habilidosos e rápidos laterais, dando amplitude e profundidade ao time. No Leverkusen, por exemplo, o volante Bender ditava a variação tática, se transformava num defensor e dava liberdade para o lateral Daniel Carvajal, hoje no Real Madrid, apoiar o ataque - uma variação para o 3-4-3, que funcionava com muita fluidez na equipe alemã.

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Sascha Lewandowski foi treinador do União Berlim na última temporada
Sascha Lewandowski foi treinador do Bayer Leverkusen e faleceu em 2016

Sem tempo para muitas mudanças na equipe e, claro, com jogadores que possuem características diferentes das vistas no Bayer Leverkusen, Alexandre Gallo lutará contra a impaciência de muitos para fazer o Vitória dar certo. E, aos poucos, tentará colocar em prática as suas ideias. Nos primeiros treinamentos na Toca do Leão, formou o time no 4-3-3, sacando Cleiton Xavier e escalando Gabriel Xavier na linha de três do meio-campo. Percebe-se que a inspiração alemã começou a tomar corpo na equipe rubro-negra, com Willian Farias ditando a variação para o 3-4-3, dando liberdade para Patric e Thallyson apoiarem o trio formado pelos rápidos David, Neilton e Kieza. Como Gabriel tem mais capacidade física, segundo Gallo, de recompor com mais velocidade de Cleiton, o time ganha mais dinâmica no meio-campo. O grande teste será contra o São Paulo, nesta quinta-feira, no Morumbi.

As ideias de jogo de Alexandre Gallo podem dar certo se o elenco absorvê-las o mais rápido possível. O Vitória, na teoria, é um clube que oferece condições para construir uma proposta onde a cultura de transições rápidas, mas com posse de bola, seja implantada sem restrições. Buscando variações à moda alemã, Alexandre Gallo, que busca esse equilíbrio entre agredir o adversário e fazer a equipe saber se defender, pode encarnar o melhor de Sascha Lewandowski. A aposta já está feita.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Bahia 'costura' duplo empréstimo com Atlético-MG para manter destaque do Brasileirão

Elton Serra
Elton Serra
Felipe Oliveira/EC Bahia
Capitão do Bahia, zagueiro Tiago pertence ao Atlético-MG
Capitão do Bahia, zagueiro Tiago pertence ao Atlético-MG

O Bahia segue buscando manter um de seus principais jogadores no elenco para a sequência do Campeonato Brasileiro, e parece ter achado uma solução que irá, inclusive, aliviar as finanças do clube. O zagueiro Tiago, destaque da defesa tricolor na Série A, ainda é personagem de uma negociação que está próxima de um fim.

O presidente Marcelo Sant'Ana havia antecipado que Tiago seria contratado, em definitivo, por três temporadas. No entanto, o Atlético-MG, dono de seus direitos federativos, resolveu valorizar o negócio e se interessou no meia Gustavo Blanco, cria das divisões de base do Bahia e que vive boa fase no América-MG.

As negociações já duram algumas semanas. O Atlético quer Gustavo Blanco por empréstimo até o final de 2018, e em troca mantém Tiago em Salvador, também por empréstimo, até o fim deste ano. Nos dois negócios, os clubes terão opção de compra. O Bahia, no entanto, quer aumentar o vínculo com Blanco antes de repassá-lo ao Galo, com o objetivo de valorizar a multa rescisória, já que o contrato se encerra justamente no final da próxima temporada. A diretoria alvinegra já entrou em contato com o América e busca se acertar com os representantes do meia.

Divulgação/América Mineiro
Gustavo Blanco é um dos destaques do América na temporada
Gustavo Blanco é um dos destaques do América na temporada

Com tudo praticamente acertado, o Bahia vê com bons olhos o negócio. Com uma compra futura de Tiago praticamente acertada, o clube, com o valor que teria que ser desembolsado para a aquisição do zagueiro ainda este mês, pode investir em outros reforços ou até fazer o seu caixa respirar.

Tiago tem 26 anos e chegou ao Bahia em 2016. Com 44 jogos pelo tricolor, marcou três gols e levantou a Copa do Nordeste deste ano como capitão do time. O zagueiro, inclusive, faz parte da seleção do prêmio ESPN Bola de Prata Sportingbet após quatro rodadas do Campeonato Brasileiro.

Já Gustavo Blanco tem 22 anos e está no América-MG desde o início da temporada. Pelo Coelho atuou em 19 jogos, todos como titular, e não marcou nenhum gol.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Bahia 'costura' duplo empréstimo com Atlético-MG para manter destaque do Brasileirão

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Bahia mostra que não será diferente com Jorginho. Intenso, mais uma vez foi impiedoso em casa

Elton Serra
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Felipe Oliveira/EC Bahia
Renê Júnior abriu o placar para o Bahia na Arena Fonte Nova
Renê Júnior abriu o placar para o Bahia na Arena Fonte Nova

É bem verdade que o Bahia não teve grandes dificuldades para vencer o Atlético-GO, mas os 3 a 0 na Arena Fonte Nova mostraram que a filosofia do clube conseguiu ser absorvida pelo elenco. Mesmo com a mudança de treinador, o tricolor manteve suas características dentro de casa e conquistou três pontos com muita autoridade.

Jorginho, experiente, já havia dito que mexeria pouco no time. Surpreendeu, porém, ao deixar Juninho no banco de reservas e escalar o estreante Vinícius no lugar do lesionado Régis. Manteve a estrutura da equipe, com dois volantes e um meia armador no meio-campo, e não tirou a criatividade necessária para a bola chegar aos três velozes homens de frente. Com 15 minutos o Bahia abriu o placar, mas poderia ter feito três gols no mesmo período. A intensidade entregue por Allione, Zé Rafael e Edigar Junio foram fundamentais para que o time baiano desmontasse a defesa do Atlético-GO em tão pouco tempo.

Veja os gols da vitória do Bahia sobre o Atlético-GO por 3 a 0

Com um sistema tático bem definido, coube a Jorginho apenas administrar o que vem dando certo. O Atlético-GO não tem sido referência técnica na Série A, mas serviu para que o Bahia mostrasse valores que podem fazer a diferença na competição. Com nove gols marcados em casa em apenas duas partidas, fica bem claro que a Fonte Nova será fator crucial nas pretensões do time no Campeonato Brasileiro. Organizado, intenso e sem grandes invenções, o tricolor mostra que o trabalho feito por Guto Ferreira deixou ótima herança ao seu sucessor.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Quatro questões que o triunfo do Fluminense sobre o Vitória nos ensinou

Elton Serra
Elton Serra
Assista aos gols da vitória do Fluminense sobre o Vitória por 2 a 1

O Vitória perdeu seu terceiro jogo em quatro jogos no Campeonato Brasileiro. A campanha é inversamente proporcional ao do seu adversário deste sábado - o Fluminense chegou ao seu terceiro triunfo na competição. Com dois times com situações totalmente diferentes, o que podemos aprender com os 2 a 1 do time carioca no Maracanã?

Marcação alta do Fluminense foi crucial

Abel Braga percebeu que o Vitória, nos últimos jogos, tentou sair jogando com seus defensores com a bola nos pés. No entanto, a qualidade técnica dos zagueiros e laterais comprometem uma saída de bola eficaz. O técnico do Fluminense subiu suas linhas, pressionou a defesa rubo-negra e criou as melhores chances do jogo - inclusive o primeiro gol, marcado por Richarlison.

Erros individuais determinantes para o resultado

No primeiro gol do Fluminense, o estreante lateral Thallyson foi pressionado por Gustavo Scarpa, tentou fazer um corte para dentro e perdeu a bola para o camisa 10 do tricolor carioca. Já no segundo gol, marcado por Henrique Dourado, o zagueiro Alan Costa errou na cobertura e na marcação do atacante do Flu, além de ter falhado ao tentar fazer com que a bola chegasse dentro da área. Os erros irritaram até o Vitória que, através do twitter oficial do clube, encontrou o motivo para a derrota.

Reprodução/Twitter
Vitória reclamou do próprio desempenho do time, mas depois apagou tweets
Vitória reclamou do próprio desempenho do time, mas depois apagou tweets

Petkovic hesitou em mudar postura do time

Quando optou por escalar Patrick como ponta no 4-2-3-1 do Vitória, Dejan Petkovic deixou os rápidos Gabriel Xavier e Neilton no banco de reservas. Sem opção de contra-ataque e sofrendo com a marcação alta do Fluminense, o rubro-negro demorou para se encontrar no jogo. Com a entrada da dupla no segundo tempo, o time baiano conseguiu diminuir o desequilíbrio técnico da partida e marcou seu primeiro gol na Série A de 2017, com assistência de Neilton para finalização de Kieza.

Fluminense tem a ‘maturidade tática' que o Vitória não tem

Os conceitos de jogo do time carioca estão muito bem definidos por Abel Braga. O Fluminense controlou a partida durante boa parte do confronto no Maracanã, fazendo pressão no campo do adversário e variando seu jogo entre a posse de bola e as transições ofensivas rápidas. Apesar das últimas duas derrotas seguidas na temporada, o encaixe do sistema implantado por Abel faz com que o Flu consiga recuperar a sua consistência e chegar a 75% de aproveitamento no Brasileirão.

O Vitória, que deverá ter um novo técnico na próxima rodada, perdeu tempo nos últimos três jogos. Como Petkovic não teve tempo de dar padrão ao time e deixará o cargo para ser diretor de futebol, caberá ao novo comandante, Alexandre Gallo, encontrar uma identidade tática para o rubro-negro - tudo isso com o campeonato em andamento.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Os motivos que mostram que a escolha por Jorginho não foi por acaso

Elton Serra
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Felipe Oliveira/EC Bahia
Jorginho foi o escolhido pelo Bahia para substituir Guto Ferreira
Jorginho foi o escolhido pelo Bahia para substituir Guto Ferreira

O Bahia agiu muito rápido ao definir o substituto do técnico Guto Ferreira. Um dia após "Gordiola" acertar com o Internacional, o tricolor apresentou Jorginho como seu novo treinador. Uma escolha que mostra ter fundamento e não foi por acaso: o tetracampeão mundial tem o perfil que fará com que o elenco mantenha a evolução tática dentro da temporada.

Jorginho chegou ao Fazendão afirmando que não mexeria na estrutura do time. Para ele, a herança deixada por Guto Ferreira é positiva e o ajudará a aplicar o seu estilo de trabalho mais rapidamente. Analisando os dois treinadores e como o Bahia se comporta dentro de campo, é fácil entender a escolha da diretoria tricolor.

O Bahia de Guto Ferreira gostava da posse de bola. Time mais paciente, fazia transições ofensivas com os dois volantes e acelerava o jogo a partir do último terço do campo, dando total liberdade de movimentação para o quarteto de ataque. Sem a bola, o time fazia pressão apenas a partir da intermediária, tentando forçar o adversário a subir suas linhas e oferecer espaço para a velocidade na decisão das jogadas. Rafael Oliveira, com a ajuda do DataESPN, explica muito bem a ideia.

Rafa Oliveira analisa jogo do Bahia: São todos gols muito parecidos, os contra-ataques têm qualidade

Os conceitos de Jorginho são bem parecidos. O Vasco, em suas mãos, saía do campo de defesa valorizando a posse, mesmo com pressão alta do adversário. Como tinha jogadores mais lentos e veteranos, a saída da equipe cruzmaltina ficava por conta dos laterais. No entanto, como explica Paulo Calçade, também com a colaboração do DataESPN, as ideias casam com as que o Bahia tem aplicado nos últimos meses.

DataESPN analisa organização de Botafogo e Vasco sem a posse da bola

O grande desafio de Jorginho, talvez, seja fazer do Bahia um time mais equilibrado quando enfrenta equipes com propostas de jogo mais consistentes, sobretudo fora de casa, quando os adversários tomam a iniciativa das ações. Jogar de maneira reativa também é uma necessidade, e o tricolor tem sentido dificuldades em mudar taticamente sua forma de atuar - muito por conta das características dos jogadores que, na transição ofensiva, não apresentam a velocidade necessária para quebrar as linhas rivais. O jogo de posse de bola não tem funcionado na maioria dos confrontos longe de Salvador, o que obriga o Bahia a encontrar alternativas para surpreender seus oponentes.

De qualquer forma, a ação do Bahia parece ser correta e cirúrgica. No futebol brasileiro, onde dirigentes demitem e contratam treinadores com perfis totalmente opostos, a decisão mostra que o tricolor sabe o que quer dentro da Série A nacional. Caberá a Jorginho atender as expectativas de quem o contratou, e fazer com que o time siga seu curso evolutivo dentro da temporada.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Os motivos que mostram que a escolha por Jorginho não foi por acaso

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Diretor do Vitória pede demissão. Petkovic assume terceiro cargo diferente em um mês

Elton Serra
Elton Serra
Mauricia da Matta/EC Vitória
Petkovic deixa o cargo de treinador após três jogos; trocou a prancheta pela caneta
Petkovic deixa o cargo de treinador após três jogos; trocou a prancheta pela caneta

Dejan Petkovic chegou ao Vitória para ser gerente de futebol e auxiliar o diretor executivo, Sinval Vieira, na contratação de um treinador para o lugar de Argel Fucks. Sem sucesso, o sérvio optou por assumir o cargo à beira do gramado e acumulou funções no clube, sendo chamado de team manager. Agora, terá mais um desafio na turbulenta gestão do rubro-negro.

Sinval Vieira, pressionado por conselheiros, entregou carta de demissão ao presidente Ivã de Almeida. O dirigente, que contratou 18 jogadores, também ficou abalado com o apupo da torcida no jogo contra o Coritiba, quando foi xingado por boa parte dos que foram à Fonte Nova no último sábado. Com os resultados negativos no início do Campeonato Brasileiro e a discordância de ideias com membros da diretoria, resolveu deixar a Toca do Leão. O curioso é que Sinval foi peça fundamental para a eleição de Ivã de Almeida e de boa parte dos conselheiros que exigiram a sua saída.

Divulgação/EC Vitória
Com moral com a torcida, Sinval Vieira (figura à direita) virou até personagem do marketing do Vitória
Com moral com a torcida, Sinval Vieira (figura à direita) virou até personagem do marketing do Vitória

Sobrou no colo de Petkovic o cargo de diretor de futebol. Com isso, o ex-meia também será ex-treinador do Vitória, abrindo espaço para a contratação de um novo profissional. Ou seja: o gerente, que se efetivou como técnico, agora "demite" o professor e é promovido no clube.

Com apenas seis meses de gestão, o presidente Ivã de Almeida já enfrenta seus piores momentos no Vitória. Parte do conselho deliberativo protocolou um documento exigindo a saída do cartola. Muitos jogadores mostram-se insatisfeitos com o clima de instabilidade - o último triunfo aconteceu quando Argel ainda era o treinador. Com uma atmosfera bastante carregada, o atual campeão baiano tenta voltar aos trilhos para não viver uma temporada de pesadelos no Brasileirão.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Diretor do Vitória pede demissão. Petkovic assume terceiro cargo diferente em um mês

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A última entrevista exclusiva de Guto Ferreira antes de procura do Internacional

Elton Serra
Elton Serra

Sexta-feira, 26 de maio. Este blog marcou entrevista com o técnico do Bahia, Guto Ferreira, para falar sobre o título da Copa do Nordeste e os planos do time para o Campeonato Brasileiro. Sorridente, o comandante tricolor se sentia tão à vontade no Fazendão que até havia descansado no final da manhã no centro de treinamentos do clube, onde tinha uma espécie de apartamento.

Talvez, Guto não imaginasse que receberia uma ligação do Internacional 48 horas depois. Com a demissão de Antônio Carlos Zago, seu nome ficou muito forte dentro do Beira-Rio. Como já havia passado pelas divisões de base do colorado e vivido por muitos anos em Porto Alegre, parece não ter pensado duas vezes em abrir negociações. Mesmo se sentindo em casa no Bahia.

Os indícios de que Guto Ferreira foi pego de surpresa estão neste bate-papo (veja no vídeo acima). O treinador contou sua intenção de amadurecer ainda mais o jovem goleiro Jean, a ideia de criar alternativas táticas para fugir da previsibilidade no Campeonato Brasileiro, e a projeção de tabela ao final da competição: "Queremos fazer a melhor campanha do Bahia nos pontos corridos", almejava Guto. Porém, apareceu o Internacional no meio do caminho.

Guto Ferreira repete o mesmo roteiro de 2016, quando deixou a Chapecoense, campeã catarinense e estabilizada na Série A, para treinar o Bahia na segunda divisão nacional. Ao sair da Chape, declarou que ""mesmo com o coração pedindo uma coisa, foi um desafio que mexeu comigo, de colocar no lugar onde merece um campeão brasileiro, que sempre foi uma estrutura grande no cenário nacional". Deve adotar o mesmo discurso para justificar o acerto com o Inter.

O quase ex-técnico do Bahia é um dos defensores da "Lei Caio Júnior", que busca regulamentar a sua profissão no país. Estabilidade no emprego é uma das bandeiras do projeto. No entanto, Guto Ferreira aceitando o desafio de treinar o Internacional, algo totalmente compreensível, mostra que instabilidade não parece ser algo que lhe incomode tanto.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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A última entrevista exclusiva de Guto Ferreira antes de procura do Internacional

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Derrota no Engenhão escancara problema do Bahia: a engrenagem não funciona sem Régis

Elton Serra
Elton Serra
GazetaPress
Edigar Junio, do Bahia, em lance contra Igor Rabello, do Botafogo, no Engenhão
Edigar Junio não conseguiu repetir a atuação da final da Copa do Nordeste

Estádio Nilton Santos, 18 minutos do primeiro tempo. Régis leva mão à coxa direita, cai no gramado e pede substituição. Começa o desespero de Guto Ferreira para tentar manter o bom rendimento do Bahia contra o Botafogo sem o protagonista do time na temporada. No final das contas, o de sempre: o tricolor não conseguiu fugir do lugar-comum e foi derrotado no Rio de Janeiro.

Guto sabe que o Bahia precisa de um meia armador para o time funcionar. Atuando muitas vezes no 4-3-3, depende de um jogador que faça a bola chegar ao trio de ataque. Com Régis, o Bahia tem o meia criativo, mas também tem um homem capaz de fazer infiltrações na área e marcar gols. Com menos de 20 minutos de jogo, o tricolor perdeu sua principal peça, por lesão.

O Bahia ainda sente falta de um substituto para Régis. Guto já tentou Zé Rafael e Allione atuando centralizados, mas o desempenho de ambos não foi satisfatório e, além disso, a equipe perdeu qualidade pelos lados do campo. Contra o Botafogo, Juninho foi mais uma vez usado como armador, mas fez uma partida muito ruim. O Botafogo abriu o placar com Bruno Silva, ainda na etapa inicial, e só foi efetivamente ameaçado no segundo tempo, quando Gatito Fernandez fez grandes defesas - tudo por conta de um Bahia pouco objetivo dentro da área.

Veja o gol da vitória do Botafogo sobre o Bahia por 1 a 0

A organização já conhecida do técnico Guto Ferreira se esbarrou nas limitações que seu elenco oferece. Desde a saída de Renato Cajá, o Bahia não contratou um jogador para concorrer com Régis. O time também tenta encontrar variações táticas para sair da previsibilidade, mas encontra um certo limite na versatilidade de seus atletas. No Engenhão, tentou propor o jogo, buscou transições ofensivas rápidas, usou os dois laterais para dar profundidade, mas não conseguiu empatar a partida por faltar opções para suprir a queda de rendimento de seus principais nomes. O Botafogo, por outro lado, também mostrou uma maturidade tática capaz de segurar o resultado que lhe interessou.

O Campeonato Brasileiro é longo. Daqui para frente, o Bahia só terá a Série A para se concentrar. Se quiser fazer uma campanha digna na competição, terá que dar mais opções ao seu treinador.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Vitória perde mais uma em casa no Brasileiro. Experiência e idolatria de Petkovic são colocadas à prova

Elton Serra
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Mauricia da Matta/EC Vitória
Coritiba conquistou três pontos importantes fora de casa no Brasileirão
Coritiba conquistou três pontos importantes fora de casa no Brasileirão

O Vitória, contra o Coritiba, completou sua quarta partida consecutiva na temporada sem marcar um mísero gol. No Brasileirão, ainda não balançou as redes adversárias. Vivendo uma situação de instabilidade, o rubro-negro vai colocando à prova a capacidade de Dejan Petkovic à beira do gramado.

Pet mostra conhecimento tático e conceitos de jogo, e isto fica bem claro quando o Vitória começa as partidas. Organização, busca da posse de bola, tranquilidade nas transições e disciplina tática. Diante do Coxa, foi pouco ameaçado no primeiro tempo, anulando o jogo dos paranaenses nos primeiros 45 minutos. Assim como na partida contra o Corinthians, foi minimamente organizado. Porém, muito pouco para vencer um confronto.

Quando Pachequinho mudou taticamente a estrutura tática do seu time, dando velocidade ao ataque com a entrada de Rildo e buscando o passe vertical com o meiaTiago Real em lugar do volante Alan Santos, o Coritiba desestruturou o Vitória. Chegou ao gol do triunfo justamente com a dupla, e levou Petkovic a tentar buscar alternativas no calor do jogo.

Assista ao gol da vitória do Coritiba sobre o Vitória

O técnico do Vitória mostra ainda algo que é comum em treinadores inexperientes: leituras táticas equivocadas ao fazer substituições. As mudanças feitas pelo sérvio desmontaram a organização rubro-negra em campo, e manteve o time incapaz de ameaçar o goleiro Wilson.

Falta ao time baiano poder de decisão. Falta a Petkovic a experiência necessária para mudar as características de sua equipe, sobretudo quando precisa voltar a controlar o jogo. Vaiado pela torcida e pressionado por bons resultados e com pouco lastro à beira do granado, Pet vai colocando em xeque sua idolatria no Vitória.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Vitória perde mais uma em casa no Brasileiro. Experiência e idolatria de Petkovic são colocadas à prova

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Bahia foi campeão do Nordeste na bola e no planejamento

Elton Serra
Elton Serra
EDSON RUIZ/Coofiav/GazetaPress
Jogadores do Bahia com a taça da Copa do Nordeste
Goleiro Jean, de apenas 21 anos, levanta a taça da Copa do Nordeste

O Bahia, campeão do Nordeste, foi contra o Sport o time que todos já conhecem. Superior durante boa parte do confronto, criou inúmeras chances de gol na Fonte Nova, apesar de apenas uma delas ter encontrado as redes do goleiro Magrão. Um time que tem sua intensidade de jogo facilmente entendida quando nos debruçamos nos seus detalhes.

Bahia e Sport chegaram ao último jogo da Copa do Nordeste em situações bem diferentes. O tricolor com 29 jogos na temporada e o rubro-negro com 35. Guto Ferreira, prevendo um primeiro semestre desgastante, adotou o esquema de rodízio de atletas e utilizou equipes alternativas durante boa parte do Campeonato Baiano. Ney Franco, que chegou ao Recife sem tempo para trabalhar, não abriu mão de seus principais jogadores para tentar encontrar a formação ideal de uma maneira mais rápida. Pagou um preço caro.

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O técnico do Bahia pôs em campo um time com média de idade de 26 anos. O mais experiente foi o zagueiro Lucas Fonseca, com 31 - jogador que se tornou titular graças à contusão de Jackson, 27. Dos 11 titulares, o que mais atuou na temporada foi o jovem Zé Rafael, 23 anos, que fez 26 partidas em 2017. O tricolor chegou mais inteiro ao mês de maio, e isso ficou evidente nos dois confrontos da final contra o Sport, sobretudo na criação de chances de gol, transições ofensivas e defensivas e movimentações próximas à área.

Mesmo com todo o risco que a temporada desgastante lhe impôs, Ney Franco entrou em campo no sistema 3-5-2, com uma defesa muito cansada. Magrão, 40 anos e o grande destaque do Sport nas finais, chegou ao seu trigésimo jogo na temporada. Durval, 36 de idade, completou 29 partidas no ano. No gol do Bahia na Fonte Nova, o zagueiro perdeu para Edigar Junio na velocidade, antes de levar um drible desconcertante do atacante de 26 anos e de 16 jogos em 2017.

Demitido, Ney Franco agradece empenho de atletas e diz que diretoria citou 'muita pressão' para saída

É lógico que o peso da temporada influencia, mas o Bahia foi campeão muito por conta de uma organização que o Sport não teve. Mesmo perdendo muitos gols, o tricolor não abriu mão de jogar no 4-2-3-1, marcando a partir dos volantes adversários, buscando rápidas transições ofensivas na recuperação da bola e mantendo a posse para construir seu jogo a partir do campo de defesa. A ideia de Ney Franco, por outro lado, não foi feliz: com três zagueiros, a ideia era que os alas Raul Prata e Mena preenchessem o meio-campo e criassem maior volume de jogo para o rubro-negro, mas o que se viu foram enormes espaços na defesa pernambucana, algo que os atacantes do Bahia sabem explorar muito bem.

Não surpreende o título do Bahia se olharmos o que os dois times têm produzido na temporada. O planejamento de Guto Ferreira, rodando o elenco e dando padrão à equipe, deu certo. O Sport, mergulhado em inúmeras competições, não se planejou para o desgaste excessivo da temporada. Contratou um treinador em meio a um turbilhão de jogos, e que não conseguiu encontrar um padrão por falta de tempo. Enquanto tricolores vislumbram um Campeonato Brasileiro mais tranquilo, os rubro-negros entram pressionados a não decepcionarem após tantos investimentos.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Três zagueiros no Sport? Bahia recuado? A 'tática do mistério' na final da Copa do Nordeste

Elton Serra
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Felipe Oliveira/EC Bahia
Allione e Everton Felipe duelaram no primeiro jogo da final do Nordestão
Allione e Everton Felipe duelaram no primeiro jogo da final do Nordestão

O grande clássico desta quarta, na Arena Fonte Nova, coloca frente a frente dois dos clubes mais tradicionais do Brasil. Bahia e Sport decidem a Copa do Nordeste em meio a dúvidas dos dois lados, sobretudo na composição tática de ambos. O que os torcedores tricolores e rubro-negros podem esperar esta noite?

Tudo irá depender do que Ney Franco apronte contra o Bahia. O técnico do Sport sinalizou por mudanças no time, reforçou a necessidade de marcar o rival mais forte e até ensaiou escalar três zagueiros. No treinamento feito na terça-feira, reuniu Matheus Ferraz, Henríquez e Durval no mesmo time. A dúvida é: um dos zagueiros fará a lateral direita, ou os pernambucanos entrarão em campo no 3-5-2, utilizando o meia Everton Felipe como ala pela direita?

As formações causam um trevo na cabeça de Guto Ferreira. O treinador do Bahia, que viveu situação semelhante quando enfrentou o Atlético-PR, pela primeira rodada do Brasileiro, só conhecerá a distribuição tática do Sport quando a bola começar a rolar. Assim como no jogo do Furacão, é bem provável que o time só comece a entender o jogo depois de 15 minutos. O resultado do confronto todos já sabem: 6 a 2 na Fonte Nova, com o Atlético atuando com três zagueiros.

TacticalPad
Com três zagueiros, Sport força o Bahia a recuar atacantes para marcar na intermediária
Com três zagueiros, Sport força o Bahia a recuar atacantes para marcar na intermediária

O 3-5-2 do Sport, porém, traz elementos diferentes. Everton Felipe dá profundidade ao rubro-negro, enquanto Mena qualifica a saída de bola pela esquerda. Isto força o Bahia a deslocar seus atacantes para acompanhar os alas adversários até a intermediária; ou a marcar a partir do meio-campo, ao invés de pressionar no último terço. É pouco provável que Guto Ferreira modifique o time e comprometa a estrutura que tem dado certo: Edson e Renê Júnior serão os volantes, com Allione e Zé Rafael nas extremas e Régis centralizado na linha de três do 4-2-3-1, com Edigar Junio se movimentando no ataque.

É bem provável que Ney Franco comece a partida com dois zagueiros e Raul Prata na lateral direita. Com pouco tempo para treinar, o técnico do Sport não deve modificar drasticamente a formação tática do Leão da Ilha. Além disso, não parece querer comprometer Everton Felipe com a marcação dos atacantes do Bahia, quando na fase defensiva o seu time precisar de cinco jogadores na primeira linha. A ideia deve ser mesmo manter o 4-2-3-1, dando equilíbrio ao time e explorando a capacidade ofensiva do quinteto formado por Everton Felipe, Diego Souza, Rogério e André.

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Se atuar no 4-2-3-1, Sport dá mais liberdade a Everton Felipe; atacantes do Bahia ganham mais espaço
Se atuar no 4-2-3-1, Sport dá mais liberdade a Everton Felipe; atacantes do Bahia ganham mais espaço

O técnico do Sport deu um tom de mistério ao clássico, mas sabe que precisará ser ofensivo ao extremo para vencer o Bahia na Arena Fonte Nova. Um risco necessário, diante de um time que pouco decepciona o seu torcedor em casa. O tricolor, que precisa apenas não levar gol para ser campeão do Nordeste, deve fazer seu jogo de posse de bola e controle da partida. Muitos ingredientes que fazem do jogo desta quarta um dos mais esperados da temporada.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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A derrota para o Corinthians e a 'transição de ideias' do Vitória no Campeonato Brasileiro

Elton Serra
Elton Serra
Mauricia da Matta/EC Vitória
Rubro-negro baiano sofreu sua primeira derrota no Campeonato Brasileiro
Rubro-negro baiano sofreu sua primeira derrota no Campeonato Brasileiro

O Vitória já dá mostras de que começa a se desfazer do estilo de jogo de Argel Fucks. Com Petkovic, o rubro-negro fez um jogo seguro contra o Corinthians, apesar da derrota por 1 a 0 na Fonte Nova. Resultado que se potencializou graças a um defeito que o time baiano tem convivido nos últimos jogos: o poder de decisão no terço final do campo.

Não à toa, o Vitória não marcou gol nos últimos três jogos. Sem um atacante de referência, já que Kieza e André Lima seguem lesionados, Petkovic tem apostado no jovem Rafaelson, que não dá a dinâmica necessária ao ataque. Com Paulinho e David em fases ruins, o rubro-negro não consegue incomodar os goleiros adversários.

Em compensação, já se nota um time mais frio, entendendo a pressão do jogo. O Vitória trocou os lançamentos longos por uma saída de bola mais limpa, tocando a bola a partir do campo de defesa e buscando transições rápidas com Willian Farias e Uillian Correia. Uma frieza que será importante num campeonato tão competitivo como o Brasileirão.

Veja o gol da vitória do Corinthians sobre o Vitória por 1 a 0

Petkovic encontrou um Corinthians já acostumado em ser gelado. O time paulista começa sofrendo pressão no início, controla o jogo num segundo momento e decide a partida num terceiro. Foi assim na Fonte Nova. Com Marquinhos Gabriel e Jadson decisivos, Jô fez o único gol do confronto.

O time do Vitória ainda está distante do ideal que o Campeonato Brasileiro exige. É natural que muitas correções sejam feitas pelo caminho. Porém, o rubro-negro parece ter superado uma etapa importante para a construção de sua equipe: a de trocar a ansiedade e o desgaste mental pela frieza e entendimento do jogo.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Quatro questões que a derrota do Bahia para o Vasco conseguiu nos ensinar

Elton Serra
Elton Serra
Divulgação/CR Vasco da Gama
Bahia jogou com time alternativo e perdeu para o Vasco em São Januário
Bahia jogou com time alternativo e perdeu para o Vasco em São Januário

Pensando na final da Copa do Nordeste, o Bahia resolveu escalar um time alternativo no Campeonato Brasileiro e perdeu para o Vasco por 2 a 1, em São Januário. No entanto, a exibição ruim dos reservas de Guto Ferreira foi fator fundamental para a derrota, e a escolha ficou ainda mais escancarada no segundo tempo, quando alguns dos principais jogadores tiveram que entrar no em campo. A partir deste discutível desempenho, aprendemos quatro coisas que ficam cada vez mais claras na atual temporada.

Bahia não sabe ser um time reativo

O técnico Guto Ferreira ainda não encontrou alternativas táticas para tirar o Bahia da previsibilidade. Entrou em campo para jogar atrás da linha da bola, explorando os espaços deixados pelo Vasco, e praticamente não jogou no primeiro tempo. Quando mudou a equipe e colocou em campo o trio formado por Allione, Zé Rafael e Edigar Júnio, o time passou a ter mais a bola nos pés e criar melhores chances de gol. Maikon Leite, jogador que se encaixa bem nas características de um time que gosta de contra-atacar, não conseguiu mostrar serviço mais uma vez.

Pablo Armero um pouco atrapalhado

O lateral colombiano do Bahia convive com altos e baixos desde que chegou ao Fazendão. Contra o Vasco, foi um dos piores em campo, acumulando inúmeros passes errados, faltas e escorregões. Até sua principal característica, que é o jogo ofensivo, desapareceu no tricolor: na única vez em que se arriscou no ataque, Armero chutou forte para defesa de Martin Silva. No final do jogo, conseguiu ser expulso injustamente pelo árbitro.

Veja os gols da vitória do Vasco sobre o Bahia por 2 a 1 

Jean segue superando desconfianças

Apesar do gols sofridos, o goleiro do Bahia fez mais uma partida segura na temporada. Com duas grandes defesas no primeiro tempo, uma deles numa cabeçada à queima-roupa de Luís Fabiano, Jean foi um dos destaques do tricolor em São Januário. Seus 21 anos de idade vão ficando cada vez mais em segundo plano, e sua evolução é evidente.

Jean também foi importante da saída de bola do Bahia, mostrando mais uma de suas boas características: o jogo com a bola nos pés. Foram cinco passes certos, nenhum errado e quatro lançamentos no confronto. O goleiro tricolor é peça fundamental na característica de jogo do time, que gosta de sair do campo de defesa com toques curtos.

Matheus Sales e Gustavo travam o esquema do Bahia

A grande dificuldade dos clubes brasileiros é montar um elenco com mais de 11 boas opções. No Bahia, a situação não é diferente. O volante Matheus Sales, revelação do Palmeiras, é constantemente escalado para qualificar a saída de bola do tricolor, mas não consegue dar intensidade ao time, mostrando até certa preguiça em alguns momentos. Em São Januário, tocou apenas nove vezes na bola.

Já o atacante Gustavo, contratado pelo Corinthians ano passado, deixa o 4-2-3-1 de Guto Ferreira bastante previsível. Com pouca movimentação no ataque, o ‘Gustagol' engessa o esquema e facilita a marcação adversária, além de impedir a circulação mais intensa dos jogadores que formam a linha de três do meio-campo.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Empate na Ilha dá boa vantagem ao Bahia e força Sport a tentar quebrar tabus no clássico

Elton Serra
Elton Serra
Felipe Oliveira/EC Bahia
Juninho abriu o placar para o Bahia na Ilha do Retiro; jogo terminou 1 a 1
Juninho abriu o placar para o Bahia na Ilha do Retiro; jogo terminou 1 a 1

Sport e Bahia entregaram o jogo que se esperava na Ilha do Retiro. Intensidade, verticalidade e muita emoção fizeram parte do confronto que começou a decidir a Copa do Nordeste de 2017. Porém, um componente voltou a fazer parte de forma decisiva num jogo do tricolor na competição: a arbitragem.

Guto Ferreira iniciou a partida com Matheus Sales no meio-campo com Diego Rosa no banco de reservas. Uma aposta arriscada pela falta de ritmo do volante, mas uma decisão que proporcionou a Juninho uma liberdade para chegar ao ataque. A estratégia deu certo e o camisa 5 do Bahia abriu o placar na Ilha, no segundo tempo, aproveitando a segunda bola ganha pelo time baiano.

O Sport, ao contrário dos últimos jogos, não se expôs. Especulou, investiu nas transições velozes com o surpreendente Raul Prata, e na intensidade dada por Rogério no último terço do campo. Porém, com atuações apagadas de Diego Souza e André, ameçou muito mais nas bolas aéreas. Com a defesa do Bahia muito bem organizada, chegou ao empate com o garoto Juninho, numa cabeçada que venceu o goleiro Jean. O detalhe é que o gol teve como origem um escanteio que não existiu.

O arbitro piauiense Antônio Dib Moraes de Sousa, que não apitou nenhum grande jogo na temporada, anulou um gol legítimo do Bahia ainda no primeiro tempo. É bem verdade que foi mal auxiliado pelo assistente alagoano Pedro Jorge Santos de Araújo que, além de marcar impedimento no gol de Zé Rafael, validou o escanteio que resultou no gol do Sport.

O rubro-negro pernambucano não soube aproveitar o seu mando de campo, e agora terá que decidir o título na Arena Fonte Nova, onde o Bahia tem 100% de aproveitamento na Copa do Nordeste. O tricolor, além disso, nunca foi derrotado pelo Sport na história da competição - aliás, a equipe baiana não perde em casa para o Leão da Ilha desde 1989. Um retrospecto favorável ao time de Guto Ferreira, mas que não entra em campo. O que entra, porém, é uma vantagem que não deve ser desconsiderada: um 0 a 0 em Salvador dará o título ao Esquadrão de Aço.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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Empate na Ilha dá boa vantagem ao Bahia e força Sport a tentar quebrar tabus no clássico

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O que Bahia e Sport podem apresentar no primeiro jogo da final do Nordestão?

Elton Serra
Elton Serra
Felipe Oliveira/EC Bahia
Bahia e Sport se encontraram nas semifinais da Copa do Nordeste de 2015
Baianos e pernambucanos se encontraram nas semifinais da Copa do Nordeste de 2015

Bahia e Sport começam a decidir a Copa do Nordeste nesta quarta, na Ilha do Retiro, em meio a uma temporada desgastante. Estamos no mês de maio, mas o rubro-negro pernambucano já fez 33 partidas, enquanto o tricolor baiano entrou em campo 27 vezes - seis jogos que fazem toda a diferença para o time de Guto Ferreira, que encontrou mais rápido seu padrão tático em relação a Ney Franco, ainda com dificuldades em encaixar sua equipe em 2017.

Os momentos distintos refletem nos resultados. Enquanto o Bahia convive com um equilíbrio tático que lhe deu a oportunidade de iniciar o Campeonato Brasileiro com uma goleada contra o Atlético-PR, o Sport vive numa gangorra de atuações medianas e ruins, culminando em derrotas incontestáveis para Danúbio-URU e Ponte Preta: foram sete gols sofridos e nenhum marcado nos últimos dois jogos. O momento do Bahia é melhor, mas não faz dele o favorito absoluto no clássico.

Rafa Oliveira analisa jogo do Bahia: São todos gols muito parecidos, os contra-ataques têm qualidade

Este equilíbrio tático, é bem verdade, dão mais tranquilidade ao time de Guto Ferreira. Nos últimos jogos, o Bahia tem atuado com Edigar Júnio fazendo o papel de atacante referência com muita movimentação, transformando o 4-2-3-1 num 4-3-3 muito veloz no último terço do campo. O tricolor trocou o jogo dos passes curtos por um estilo mais vertical, buscando transições ofensivas mais rápidas e explorando o bom "um contra um" de Régis, Allione, Zé Rafael e do próprio Edigar. Nos dois últimos jogos contra o Vitória e no confronto contra o Furacão, no último domingo, conseguiu criar inúmeras oportunidades graças à movimentação intensa do quarteto, algo impensável com um centroavante de pouca mobilidade como Hernane ou Gustavo, por exemplo.

Por outro lado, Ney Franco ainda busca dar uma identidade tática ao Sport. Também orbita entre o 4-2-3-1 e o 4-3-3, mas busca marcação alta e comete um pecado crucial para os maus resultados nos últimos jogos: tem uma primeira linha defensiva formada por dois zagueiros lentos, que são facilmente batidos na recomposição e nos duelos individuais com atacantes de velocidade. Depois que Ney assumiu o rubro-negro, o time fez 15 jogos e sofreu gols em 13 deles - a defesa foi vazada 25 vezes neste período. Na maioria das partidas, a dupla de zaga foi formada por Matheus Ferraz e Durval, que sofrem com a transição defensiva quando o Sport faz marcação pressão.

Veja os gols de Ponte Preta 4 x 0 Sport

As coisas mudam de figura quando os treinadores olham para o elenco e buscam um cara capaz de decidir o jogo num detalhe. Enquanto Guto Ferreira não poderá contar com Régis, que cumprirá suspensão automática, Ney Franco terá a volta de Diego Souza, recuperado de contusão. Régis, com 11 gols e cinco assistências, é responsável direto por 30% dos gols marcados pelo Bahia na temporada. Diego, com 46 gols em 138 partidas pelo Sport, tem sido o diferencial do Leão da Ilha há algum tempo. Com a volta do camisa 87, Ney ganha força ofensiva, um jogador que funciona como um segundo atacante, bom nas bolas paradas e que dá liberdade de movimentação para o jovem Everton Felipe, jogador que atua com mais eficiência caindo pelos lados do campo, assim como o veloz Rogério.

Além de não contar com Régis, Guto Ferreira não terá o também suspenso Edson. Com isso, Renê Júnior deve ser o encarregado de vigiar os passos de Diego Souza, enquanto Diego Rosa assume o papel de articulador do meio-campo, dando suporte à movimentação do trio de ataque. No Sport, com a ausência de Mena, lesionado, Raul Prata deve ser improvisado na lateral-esquerda e terá a difícil missão de parar a dupla Allione-Eduardo, muito forte pelo lado direto do ataque do Bahia. No meio-campo, o 'motorzinho' Rithely, também ausente por supensão, dá lugar ao combativo Ronaldo. Espera-se um jogo em que o rubro-negro não ceda tantos espaços nas costas de sua linha defensiva, e que o tricolor tente neutralizar as jogadas fortes pelos lados, com Rogério e Everton Felipe.

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Prováveis formações de Sport e Bahia para confronto desta quarta-feira
Prováveis formações de Sport e Bahia para confronto desta quarta-feira

Bahia e Sport sempre fizeram jogos imprevisíveis, e as finais da Copa do Nordeste de 2017 são as mais equilibradas dos últimos anos. Porém, pelo que se desenha, será o duelo do padrão tático contra o poder de decisão do talentoso Diego Souza.

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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O que Bahia e Sport podem apresentar no primeiro jogo da final do Nordestão?

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A incontestável goleada do Bahia e o lucrativo empate do Vitória em suas estreias no Brasileirão

Elton Serra
Elton Serra
Felipe Oliveira/EC Bahia
Edson foi um dos destaques do massacre tricolor na Arena Fonte Nova
Edson foi um dos destaques do massacre tricolor na Arena Fonte Nova

O Bahia mostrou um pouco de tudo na partida contra o Atlético-PR, na Arena Fonte Nova. Foi o time dos primeiros quatro meses, que controla o jogo e perde muitas oportunidades, mas também apresentou um lado letal, capaz de resolver uma partida em poucos minutos. Nos 6 a 2 diante do Furacão, a equipe de Guto Ferreira transformou os 55% de posse de bola no primeiro tempo em cinco gols.

Paulo Autuori, com uma equipe alternativa, montou seu time no 3-4-3. Guto Ferreira, ao perceber a formação, saiu do seu 4-2-3-1 tradicional a partiu para o 4-3-3, fazendo seus atacantes duelarem individualmente com os zagueiros do Atlético-PR. O Bahia sofreu dois gols em falhas defensivas e marcou um de cabeça, com o zagueiro Tiago, mas depois dos 2 a 1 passou a dominar o jogo com o trio formado por Régis, Zé Rafael e Edigar Junio. No um contra um, os três venceram quase todos os duelos na Fonte Nova.

Além do trio, destaque para Edson, volante que teve liberdade para construir o jogo no meio-campo tricolor. O resultado foi uma assistência para o gol de Edigar, mais três para finalizações do ataque, além do gol marcado no segundo tempo. Edson errou apenas um passe no jogo inteiro e não fez nenhuma falta. Partida impecável do ex-jogador Fluminense e do Bahia de Guto Ferreira. O Bahia mostrou que pode melhorar bastante, sobretudo na definição das jogadas no último terço do campo, mas também apresentou a Fonte Nova para seus rivais: um palco onde o time baiano é difícil de ser batido.

Veja os gols da goleada do Bahia sobre o Atlético-PR por 6 a 2 

No mesmo horário, em Florianópolis, Dejan Petkovic estreava como treinador na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. É claro que a equipe foi basicamente montada pelo auxiliar Wesley Carvalho, mas o foi sérvio quem assumiu as rédeas do confronto contra o Avaí. Teve o cuidado de não mexer na estrutura do time em tão pouco tempo, e manteve o 4-2-3-1, incluindo o centroavante Rafaelson para manter um homem de referência no ataque. Foram 12 oportunidades criadas, duas bolas na trave e um domínio do confronto, mas faltou aquele atacante que sempre faz muita diferença numa Série A. O rubro-negro, porém, também contou com erro da arbitragem, num pênalti a favor do Avaí não marcado pelo paranaense Felipe Gomes da Silva.

O Bahia não estreava vencendo na Série A desde 2002, quando bateu o Gama por 1 a 0. Pela primeira vez, marcou seis gols numa mesma partida. Já o Vitória que, nas últimas duas edições que disputou, estreou com derrota, larga 2017 com um ponto importante fora de casa. Não dá para ter noção de como os dois se comportarão no Brasileirão, mas começam a construir um cenário que pode ser favorável para ambos.

Assista aos melhores momentos do empate por 0 a 0 entre Avaí e Vitória

Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br

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