Magic Johnson: ídolo em quadra, fracasso ao lado e fora dela
Há quem diga, e este que vos escreve concorda, que Magic Johnson é o maior jogador da história do Los Angeles Lakers. O status que ele pegou a franquia e no que ele a transformou como jogador, além dos cinco títulos e 3 MVP’s, o credenciam a isso.
Mas, fora das quadras, Magic Johnson se arriscou em duas frente. E fracassou em ambas.
Como técnico, em 1994, pegou um time em reconstrução que ele mesmo deixou pela questão de saúde anos antes, e começou bem. Foram cinco vitórias nos seis primeiros jogos. Mas depois o rendimento caiu, cinco derrotas seguidas vieram e ele anunciou que sairia ao fim da temporada. Os Lakers acabaram perdendo mais cinco jogos para fechar o ano.
Treze anos mais tarde, viria a chance de Magic fazer a diferença longe da quadra, novamente com o time em reconstrução, em 2017.
Logo de cara, ele acertou uma troca com o Brooklyn Nets, se livrando de Timofey Mozgov e seu horroroso contrato, bem como D’Angelo Russell (aquele armador que virou All-Star e está conduzindo o Brooklyn Nets aos playoffs), em troca de Brook Lopez, que jogou apenas um ano no time.
Tudo isso porque Magic estava convicto de que Lonzo Ball seria o armador do futuro do time. Após quase dois anos de NBA, dá para concluir que Lonzo não seria o armador do futuro de ninguém na Liga.
O grande acerto, talvez o único, foi que Magic Johnson conseguiu trazer LeBron James para a franquia. E nisso ele merece quase todos os méritos, já que conversou pessoalmente com James na tentativa de fisgar o “Rei” e é difícil acreditar que alguém que não fosse um jogador bem-sucedido em sua carreira tivesse tal poder de convencimento.
Mas logo em seguida Magic Johnson foi um dos responsáveis por trazer uma enxurrada de jogadores que não combinavam com James e seu estilo de jogo: Lance Stephenson, Rajon Rondo, JaVale McGee e Michael Beasley.
Em quadra, os Lakers foram bem até a lesão de LeBron James, no dia 25 de dezembro. Dali em diante, o caos começou.
E o ponto mais baixo foi a busca por Anthony Davis e as propostas mirabolantes envolvendo praticamente o time inteiro nas negociações. É óbvio que isso gerou um clima ruim no vestiário, com os jogadores, especialmente Ball, Kyle Kuzma e Brandon Ingram, outrora vistos como o futuro da franquia, sendo tratados como meras moedas de troca.
Para piorar, os Pelicans sequer consideraram alguma proposta dos Lakers. E o próximo passo de Magic e Rob Pelinka foi trocar uma grande promessa do time (Ivica Zubac) para o rival da cidade pelo limitadíssimo Mike Muscala e o tão citado lugar no elenco para uma possível contratação via waiver.
Em quadra, ninguém pensava o jogo tão bem quanto Magic Johnson. Fora dela, ele não está a altura da carreira de Hall da Fama que teve como jogador.
Fonte: Gustavo Faldon, do ESPN.com.br
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