A morte de Kobe nos fez pensar!
A trágica morte de Kobe Bryant fez todos nós refletirmos muito. Meu caro amigo Ricardo Lima escreveu esse ótimo texto que vou compartilhar com vocês!
Abraços
Guilherme Giovannoni
A morte não fazer parte dos planos da sociedade ocidental é uma verdadeira temeridade. Não nos planejamos, não falamos a respeito, não cultuamos os mortos com frequência e muito menos nos preparamos emocionalmente para a nossa ou qualquer outra morte. A simples utilização da palavra MORTE faz com que pessoas tenham calafrios e arrepios. Parece até coisa de outro mundo. É como se o simples fato da despedida não fizesse parte de nossas vidas e que não pudéssemos falar a respeito sem perder a linha.
Tratar da morte é questão de vida, sim. Dialogar internamente e numa mesa de bar deveria fazer parte do nosso cotidianos há tempos, já que, por razões óbvias e científicas, somos cientes de nosso fim.
A morte de Kobe Bryant, ídolo respeitado dentro e fora das quadras, traz à tona a fragilidade humana no que diz respeito à vida, e por que não, à morte também. Seja qual for a interpretação deste acontecimento ou sua conexão com o atleta, que para muitos representou muito além de que um esportista, há de se convir que encarar a morte repentina não é fácil para ninguém.
Kobe foi uma persona muito bem quista, que encarava a vida de maneira magnífica e com grande consciência de sua trajetória. Planejava minuciosamente tudo aquilo que desejava executar, com requinte e mínimos detalhes, desde as sua longas horas de trabalho até mesmo as pequenas pausas para descansar. Talvez por essa despretensão ocidental em relação à morte, não pode ele prolongar sua empreitada nas quadras da vida.
Como fã e admirador de sua postura como ser humano, me peguei meio aéreo desde a notícia de seu falecimento. Sem saber ao certo como me sentir, já que um misto de saudade e tristeza permeava meus pensamentos e coração. Passei por perto desta sensação, porém, em proporções escandalosamente maiores, no dia seguinte à morte de minha mãe Glória. Após uma linda caminhada, assim como fez Kobe, ela era uma verdadeira referência para aqueles que a conheciam com sua habilidade majestosa de viver... e, por que não, de se despedir precocemente.
Porém, diferentemente do astro basqueteiro, Dona Glória teve a chance e a sabedoria de planejar sua partida, se é que isso seja possível. Sem deixar pendências ou arrependimentos, adormeceu com calma e me dizendo suas últimas palavras: "Vivemos como tínhamos que viver", seguidas de alguns suspiros... e partiu.
Muito duro, realmente doloroso, mas assim seguimos, meu irmão Gustavo e eu, vivendo como há de se viver. Acredito também que assim o fez nosso ídolo, que abraçava toda oportunidade de viver a vida a pleno e no mais alto nível, dedicando-se com afinco, seja no racha de quinta-feira ou na produção de uma animação digna de Oscar.
Kobe Bryant deixa um vazio enorme do tamanho de seu legado. Dona Glória também. E a nós resta aprender, sonhar e falar sobre a morte.
Descanse em paz Mamba.
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Ricardo Lima.
Fonte: Guilherme Giovannoni e Ricardo Lima
A morte de Kobe nos fez pensar!
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