Tatiana Weston-Webb: na onda da “nova” brasileira
Mesmo com o Oi Rio Pro tendo terminado na semana passada, alguns assuntos ainda são pauta por aqui. Principalmente quando falamos em Tatiana Weston-Webb, a brasileira naturalizada havaiana.
O nome da surfista já é familiar para os fãs do esporte, mas acabou ganhando ainda mais peso depois da etapa de Saquarema. O motivo gerou polêmica. Foi à partir daquela etapa que Tatiana começou a correr o campeonato como brasileira. A mudança de “time” teve motivo: as Olimpíadas de Tóquio 2020.
Um pouco antes da bateria de Jesse Mendes, seu namorado, no campeonato masculino, encontrei com a Tatiana ali no palanque da Barrinha. Nossa conversa foi breve, mas muito inspiradora. Tentei fugir ao máximo do assunto sobre a vaga olímpica, porque isso era o que todos gostariam de saber. E a minha curiosidade era outra! Eu queria saber qual a sensação de “ser” brasileira, coisa que Tatiana nunca deixou de ser.
Como era vestir a camisa do time Brasil no surfe? Num país onde o surfe se tornou tão popular quanto o futebol, estar numa competição vestindo a camisa da nossa amada pátria deve ser incrivelmente mágico. Mas apesar de mágico, Tati sabe a responsabilidade de estar no time e me responde com sorriso no rosto que está feliz e animada, me conta que foi acolhida pelo público e que é bom sentir o carinho da torcida.
Não demoro muito para perceber tamanha verdade, fomos descobertas por uma turma de meninas que queriam foto e autógrafo. Me afasto e observo. Tati é carinhosa com todas elas, que se realizam em ver de pertinho a surfista que acompanham pela televisão.
Retomamos o papo e pergunto se ela tem noção de quantas meninas e mulheres incentiva com a prática do surfe. Ela não consegue me responder, sabe que são muitas, mas parece não ter noção da proporção que o seu surfe tomou aqui no Brasil. Ela é admirada por meninas que encontram nas ondas e no lifestyle do surfe, uma inspiração para o dia a dia.
Como o meu - curto - tempo estava acabando, minha última pergunta foi sobre inspirações femininas no surfe. Quem realmente a inspira? “Silvana”. A resposta é rápida. A outra brasileira, Silvana Lima, que também disputa o campeonato mundial, é a principal inspiração de Tati. Quando Tati fala sobre Silvana percebo um brilho de fã no olhar, um carinho e admiração de quem só vê competição dentro d’água, fora dali é a mais pura admiração.
Um outro grupo de meninas se aproxima. A bateria do Jesse já vai começar, me despeço. Foi breve, mas muito especial.
Escrevo esse texto ouvindo o papo que tive com a Tati no gravador do celular e relembro da nossa conversa. Depois de acompanhar bem de perto essa etapa de Saquarema, entendi por que o surfe é esse esporte tão “vibe”! Simplicidade, verdade e intensão.
A lição que Tati, Silvana e as outras surfistas que eu tive oportunidade de contar um pouco das histórias por aqui me deixam, é sobre mulheres que empoderam outras mulheres através do esporte.
O surfe me apresentou o verdeiro sentido de "Girl Power" e posso dizer? Foi lindo!
A torcida pelas brasileiras continua! A próxima etapa, Corona Bali Protected, começa no domingo, 27, e você pode acompanhar pelos canais da ESPN.
Existe um detalhe todo especial: 48 horas depois que essa etapa for finalizada, começará a etapa de Uluwatu, continuação de Margaret River, etapa do campeonato que foi cancelada por conta dos ataques de tubarões.
Em Uluwatu, o campeonato continua de onde parou, sendo no masculino do round 3 e no feminino nas quartas de final, que Tatiana está na competindo! Portanto, #GoGirl!
Vale lembrar que atualmente Tatiana ocupa a terceira colocação no ranking do mundial.
Fonte: Juliana Manzato
Tatiana Weston-Webb: na onda da “nova” brasileira
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.