Bragantino não existe mais: a dura decisão se um dia teremos que torcer (ou não) contra o Red Bull
O segundo turno do Campeonato Brasileiro deu sinais claros de uma polêmica que logo estará entre nós. Com um futebol muito acima da média, o Red Bull Bragantino mostrou que vai longe.
Com um dono bilionário e boa estrutura, não duvido que o time logo estará brigando por títulos. E, quando isso chegar, terei que tomar uma decisão nada fácil: torcer contra o clube (ou não).
A situação não tem nada a ver com outros clubes pequenos que chegaram a brigar por taças e logo sumiram do palco principal, como o próprio Bragantino nos anos 90.
Começando pelo fato que não existe mais Bragantino. As cores mudaram, o escudo foi esquecido. O que a Red Bull fez foi simplesmente comprar uma marca já estabelecida, trocar pela sua e cortar caminho no seu projeto.
E, a partir deste momento, o que existe é um time que se chama Red Bull estabelecido em Bragança Paulista. O velho e simpático Bragantino acabou.
Acho difícil que no Brasil se repita o fenômeno ocorrido na Alemanha, onde RB Leipzig se tornou o "clube mais odiado" do país justamente por um caminho parecido ao que a empresa começa a fazer agora em terras brasileiras.
É totalmente desproporcional o ódio alemão ao clube da empresa de energéticos. Mas não dá para fugir da discussão se os outros torcedores vão "secar" o Red Bull brasileiro quando ele começar a disputar títulos.
Gosto do projeto do Red Bull que adotou Bragança como sua sede. Claramente vai servir como um exemplo de profissionalismo em um país onde clubes, na sua maioria, são administrados de forma amadora. Sem pressão e torcida de peso, o clube tem tudo para seguir jogando da forma ousada como neste Brasileiro. Tem condições totais também de virar um celeiro de craques nas categorias de base.
Torço para os planos da Red Bull funcionarem. Que ganhe dinheiro, que o futebol ajude a deixar sua marca ainda mais forte. Também ficarei na torcida para o clube ficar na primeira divisão do Brasileiro e sempre brigar por vaga na Conmebol Libertadores.
Se for campeão um dia de torneio da elite, provavelmente será merecido e um tapa na cara de rivais centenários com torcidas gigantescas.
Mas admito: não será fácil digerir uma volta olímpica do Red Bull.
Bragantino não existe mais: a dura decisão se um dia teremos que torcer (ou não) contra o Red Bull
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