R$ 375 milhões a pagar por contratações e faturando com futebol só um pouco a mais que o Cruzeiro: as contas do Atlético-MG
O Atlético-MG gastou muito para montar um esquadrão para Jorge Sampaoli. Isso em uma temporada que seu faturamento com futebol foi só um pouco maior do que o do rival Cruzeiro na Série B.
Isso é o que mostra o balanço financeiro de 2020, que o clube publicou em seu site nesta sexta-feira.
Segundo o documento, o clube tinha, em 31 de dezembro do ano passado, R$ 375 milhões em "contas a pagar na transferência de jogadores", um salto de R$ 202 milhões em relação a 2019.
São R$ 196 milhões para clubes do "mercado externo". Outros R$ 28 milhões para clubes nacionais. Mais R$ 38 milhões em direitos de imagem. E R$ 105 milhões de "exigibilidades com agentes/atletas".
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O Atlético-MG não especifica o valor devido pela contratação de cada jogador.
Para se reforçar, teve a ajuda da família Menin. O balanço não cita o nome dos mecenas do clube, mas lança um novo empréstimo feito em 2020 de "pessoas físicas" no valor de R$ 201 milhões a juro zero, a condição que a diretoria citou ano passado para explicar a ajuda dos Menin ao clube.
Pelas suas próprias receitas no futebol, o clube nem poderia pensar em investir tanto.
No ano passado, o Atlético-MG faturou com seu futebol profissional só 12% a mais do que o Cruzeiro, que vive o inferno da Série B.
Foram R$ 128,8 milhões em "receitas de futebol profissional". No maior rival, o faturamento foi de R$ 115 milhões.
Para apresentar receitas totais brutas de R$ 622 milhões, o clube contou com R$ 268 milhões da venda de parte de sua participação em um shopping em área nobre de Belo Horizonte, dinheiro que vai para a construção da nova Arena do Galo.
Sem esse dinheiro, o superávit de R$ 19,2 milhões teria virado um déficit gigante.
Isso por que os custos do futebol do Atlético-MG seguem subindo. O clube gastou R$ 313 milhões com seu departamento profissional em 2020, R$ 8 milhões a mais que no ano anterior.
Pagar elenco estrelado é caro. Em 2020, foram R$ 200 milhões com salários e direitos de imagens para jogadores e a comissão técnica de Sampaoli, um salto de R$ 44 milhões em relação à temporada anterior.
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