Posse de bola absurda, promessa (bem) em campo e falta de efetividade: a estreia de Setién no Barcelona
O primeiro passo de Quique Setién no Barcelona foi dado.
Depois de mudanças nos treinamentos da equipe, como o cancelamento da folga de quarta-feira e a realização de uma atividade no dia do jogo, o Barcelona entrou em campo neste domingo contra o Granada e ganhou por 1 a 0.
Diante de um adversário que começou de forma excelente o Espanhol e caiu de rendimento, o time catalão não conseguiu um resultado tão animador. Ainda mais considerando o fato de o gol da vitória só ter saído depois da expulsão polêmica de Germán Sánchez – ao meu ver, o segundo cartão amarelo foi um erro. Veja o lance AQUI.
Os números mostram como houve uma falta de eficiência do Barcelona na partida. Foram 18 finalizações, com seis delas indo na direção do alvo. O jogo foi INTEIRAMENTE dominado pelos mandantes no Camp Nou, apesar de os visitantes terem conseguido acertar um chute na trave. Ou seja, só faltou ir melhor na definição das jogadas.
Messi faz tabela espetacular com Vidal, que devolve de letra, bate de direita e faz golaço
Me agradou a partida de Ansu Fati, que esteve mais aberto à direita, enquanto que Antoine Griezmann mais pela esquerda. Ambos se movimentaram constantemente em um jogo coletivo muito bom do Barcelona. Embora seja preciso admitir que o atacante de 17 anos errou em algumas tomadas de decisão no confronto.
Messi fez a vez de falso 9, ficando muito fora da área e dando dinâmica ao jogo de sua equipe.
Assim, Quique Setién respondeu a pergunta que muitos antes da estreia. 'Como seria o ataque do Barcelona sem Luis Suárez?'
O argentino participou muito do jogo, mas o Barça foi longe de ser dependente exclusivamente de seu maior craque. E o gol marcado pelo camisa 10 é um bom exemplo, uma vez que os grandes movimentos no lance foram o toque rápido de Griezmann e o passe genial de calcanhar de Vidal.
O domínio da partida ficou explícito na posse de bola, que sempre ficou na casa dos 80% e terminou em 81,8%, algo que não ocorria no time em LaLiga desde outubro de 2011, quando a equipe de Pep Guardiola fez 3 a 0 no Racing Santander com 81,9% de posse de bola. Os números são do TruMedia, ferramenta de estatísticas exclusiva da ESPN.
A partida ainda teve um gosto especial para o clube pela chance dada a uma promessa da base. Riqui Puig foi muito festejado ao entrar em campo aos 26min do segundo tempo. E ele justificou a empolgação. Com personalidade, bons passes e boa movimentação, apoiou o ataque constantemente e ajudou a quebrar o muro que o Granada colocou.
O meio-campista de 20 anos e 1,69m chegou a demonstrar publicamente sua insatisfação em novembro por não ser aproveitado no elenco principal e deu um bom argumento neste domingo. Com três partidas pelo Barça na temporada passada, ele sequer havia sido relacionado para um jogo em 2019-20. Até este domingo.
Ainda que o Barça tenha tido uma grande dificuldade em converter o seu domínio absurdo e o seu bom jogo coletivo em vantagem, Quique Setién deixou claro estar alinhado à filosofia do claro, mostrando-se claramente um devoto do Cruyffismo em sua estreia. Aliás, cabe uma curiosidade aqui. Foi diante do Granada que Johan Cruyff debutou como jogador do Barcelona. Em 28 de outubro de 1973, o holandês marcou duas vezes na vitória por 4 a 0.
Fonte: André Donke
Posse de bola absurda, promessa (bem) em campo e falta de efetividade: a estreia de Setién no Barcelona
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