Brasileirão já supera Espanhol e Italiano em número de técnicos estrangeiros
Seja coincidência ou não, após o sucesso de Jorge Jesus e Jorge Sampaoli em 2019, a elite do futebol brasileiro passará a contar - por enquanto - com o dobro de técnicos estrangeiros.
Se um argentino saiu, outro chegou: Eduardo Coudet assumiu o Internacional.
Com Jesualdo Ferreira no lugar de Sampaoli à frente do Santos, Jorge Jesus ganhou a companhia de um conterrâneo.
O venezuelano Rafael Dudamel, novo treinador do Atlético-MG, completa a lista de gringos, que pode ser ainda maior. Afinal, o Red Bull Bragantino busca um técnico, e este pode ser o português Carlos Carvalhal. Tal chegada faria com que um quarto dos comandantes da Série A seja estrangeiro.
Fato é que o Campeonato Brasileiro de 2020, por ora, já conta com mais técnicos de fora do que o Campeonato Espanhol e o Italiano, que possuem somente três cada um.
'A chegada de treinadores estrangeiros não significa que os brasileiros estão ultrapassados', diz Rafael Dudamel
Entre os cinco grandes campeonatos nacionais da Europa, o campeão em treinadores que cruzaram as fronteiras é a Premier League, com 11. Já a Bundesliga, que tem apenas 18 times participantes, possui sete nomes estrangeiros, um a mais do que na França.
É importante também refletir quem são os treinadores e as características do futebol europeu e brasileiro. Tal intercâmbio entre países já é uma tendência na Europa - não apenas com jogadores -, sobretudo após o fato de que atletas da zona do Euro deixaram de ser considerados extracomunitários em países do bloco.
Além disso, há casos de ligações de treinadores com determinados times/ligas por conta do seu passado como atleta, casos, por exemplo, do argentino Diego Simeone (Atlético de Madrid), do francês Zinedine Zidane (Real Madrid), do armênio Michel Der Zakarian (Montpellier) e do sérvio Sinisa Mihajlovic (Bologna).
Outro elemento a ser considerado é a proximidade entre os países e também o idioma comum entre eles, como ocorre no Campeonato Alemão, em que há dois austríacos e três suíços.
Veja abaixo a relação de técnicos estrangeiros nas cinco principais ligas da Europa:
Bundesliga
Borussia Dortmund: Lucien Favre (Suíça)
Bayer Leverkusen: Peter Bosz (Holanda)
Hoffenheim: Alfred Schreuder (Holanda)
Wolfsburg: Oliver Glasner (Áustria)
Augsburg: Martin Schmidt (Suíça)
Union Berlin: Urs Fischer (Suíça)
Eintracht Frankfurt: Adi Hütter (Áustria)
Premier League
West Ham: David Moyes (Escócia)
Liverpool: Jürgen Klopp (Alemanha)
Leicester City: Brendan Rodgers (Irlanda do Norte)
Manchester City: Pep Guardiola (Espanha)
Everton: Carlo Ancelotti (Itália)
Tottenham: José Mourinho (Portugal)
Manchester United: Ole Gunnar Solskjaer (Noruega)
Wolverhampton: Nuno Espírito Santo (Portugal)
Arsenal: Mikel Arteta (Espanha)
Southampton: Ralph Hasenhüttl (Áustria)
Norwich City: Daniel Farke (Alemanha)
LaLiga
Real Madrid: Zinedine Zidane (França)
Atlético de Madrid: Diego Simeone (Argentina)
Osasuna: Javier Aguirre (México)
Ligue 1
PSG: Thomas Tuchel (Alemanha)
Olympique de Marselha: André Villas-Boas (Portugal)
Montpellier: Michel Der Zakarian (Armênia)
Bordeaux: Paulo Sousa (Portugal)
Amiens: Luka Elsner (Eslovênia)
Monaco: Robert Moreno (Espanha)
Série A
Roma: Paulo Fonseca (Portugal)
Bologna: Sinisa Mihajlovic (Sérvia)
Hellas Verona: Ivan Juric (Croácia)
Fonte: André Donke
Brasileirão já supera Espanhol e Italiano em número de técnicos estrangeiros
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