Os melhores quarterbacks da NFL para a temporada 2019

Antony Curti
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Fonte: Antony Curti

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Curti: Mentalidade do “ninguém é insubstituível” será colocada à prova em New England em 2020

Antony Curti
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Brady e Belichick
Brady e Belichick Getty Images

Coincidência ou desgaste? Ninguém sabe e nem saberá. Fato é que o New England Patriots tem o triplo de opt-outs por conta da Covid-19 do que o segundo time dessa lista. Se adicionarmos Tom Brady e Rob Gronkowski – que querem seguir jogando futebol americano mas claramente não em New England – são oito “baixas”, por assim dizer.

Não é segredo para ninguém que Bill Belichick é um dos treinadores mais duros da NFL. Isso é amplamente sabido e foi reportado em inúmeras ocasiões. Na melhor biografia do head coach, escrita por Ian O’Connor, passagens pelos Giants como coordenador defensivo e como técnico no Cleveland Browns vieram acompanhadas de atletas que literalmente odiavam Bill. 

Mas, ele ganha. Enquanto estiver ganhando, quem somos nós para julgar. Ao melhor estilo Capitão Nascimento, a filosofia é “fica quem quer”. Alguns não quiseram. Não temos como saber se por conta da cobrança mais forte que rola em New England ou se isso foi apenas coincidência. Há casos como de Dont’a Hightower que foram plenamente explicados, dado que ele foi pai há pouco tempo, vale lembrar. 

Seja como for, isso fica mais como conversa de boteco. Vamos às consequências dentro de campo para New England, que é algo que podemos analisar já que sabemos quais atletas saíram do elenco. Segundo o ESPN Stats and Info, apenas 57% dos snaps do time voltam em relação ao ano passado. É a segunda menor marca da NFL – perdendo apenas para o Carolina Panthers, time em franca reconstrução.  A consequência é que os Patriots não são mais os favoritos de outrora. Os cassinos de Las Vegas listam o time com chances de 20-1 para o título, sendo sequer top 5. Como contexto, é a pior odd de New England desde 2002. 

Como efeito, a mentalidade do “ninguém é insubstituível” será mais colocada a prova do que nunca. Não que já não tenha acontecido antes. Em 2004, por exemplo, Troy Brown jogou como cornerback mesmo sendo wide receiver de natureza. Três anos antes, Tom Brady assumiu o posto de quarterback titular e conduziu o time ao título mesmo com Drew Bledsoe voltando a ficar saudável e tendo contrato de 10 anos recém-assinado. 

Poderíamos ficar até amanhã aqui listando situações como estas que já aconteceram em Foxboro no reinado belichiquiano. Segundo o ELIAS Sports Bureau, New England já teve 141 jogadores diferentes marcando touchdown enquanto o head coach foi Bill Belichick – terceira maior marca da NFL. Ainda, também de acordo com o ELIAS, New England foi o time com mais jogadores não draftados tendo snaps em jogo – foram 55.620 snaps.

É mais do que óbvio que Belichick tem a capacidade de desenvolver talentos. Mais um exemplo: Kyle Van Noy, agora nos Dolphins, veio pelas portas dos fundos via Detroit Lions e se tornou um dos melhores linebackers da liga contra o passe. Seja como for, serão ausências sentidas. As três unidades patriotas perderam jogadores fundamentais. Tom Brady como quarterback, Marcus Cannon na linha ofensiva, Stephen Gostkowski nos special teams (embora estivesse em declínio de produção, frise-se) e Dont’a Hightower na defesa. 

Será uma história pra lá de interessante ver como os Patriots saem disso. Mas uma coisa é certa: não podemos duvidar que eles têm a capacidade – e a comissão técnica – para conseguir isso. 

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Quarterbacks com covid: eis o grande fator de imprevisibilidade de 2020

Antony Curti
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Matthew Stafford, Detroit Lions
Matthew Stafford, Detroit Lions Getty

Não existe nenhuma posição no futebol americano que seja tão importante quanto a de quarterback. Um time pode pontuar com a defesa, mas é no ataque que o placar costuma se mover. E, no ataque, a bola passa pelas mãos do quarterback em todas as jogadas. É de responsabilidade dele mudar a jogada após a leitura antes do snap. É de responsabilidade dele colocar um passe milimetricamente colocado para tentar virar a partida. 

Dito isso, acho que apenas dizer Russell Wilson e Pat Mahomes já resume a importância de um quarterback para seus respectivos times na temporada passada. Agora, vamos endereçar o elefante na sala. Longe de desejar isso para ninguém, mas já temos um quarterback fora dos treinos por conta da covid19. 

Ian Rapoport, insider da NFL Media, reportou que Stafford foi colocado na reserva/Covid19. Não se sabe se ele testou positivo para a doença ou se entrou em contato com alguém que teve, dado que os times não estão reportando essa questão – até para preservar a privacidade dos atletas. 

Aí que entramos no x da questão. Novamente: muito longe de desejar isso para qualquer atleta, mas como a NFL não estará operando em bolha como a NBA é algo que pode acontecer. O impacto de perder um quarterback titular do nada por algumas semanas é imponderável. Às vezes, acontece como o Philadelphia Eagles de 2017 com Nick Foles assumindo o posto de Carson Wentz. Às vezes acontece como o Detroit Lions de Stafford: sem ele no ano passado, o time teve 0 vitórias e 8 derrotas. 

Haverá, infelizmente, times tendo atletas fora de algumas semanas por conta da covid-19. Enquanto a vacina não vier é um risco que é latente e é imprevisível. Se um quarterback sair o impacto é imponderável como um todo – mas tende a ser “setinha apontada para baixo”. No caso dos Lions, mesmo que Stafford provavelmente não perca jogos, perderá treinamentos da pré-temorada e isso gera um impacto.

Seja como for: a temporada de 2020 pode ser ainda mais imprevisível que a NFL já nos proporciona. Digo isso com pesar, porque ninguém quer ver essas grandes estrelas fora de atuação. Este ano porém, virou isso. Imponderável, triste e, acima de tudo, imprevisível. 

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F1 2020 é o melhor game de Fórmula 1 da história

Antony Curti
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Em F1 2020, será possível ser o dono da própria equipe
Em F1 2020, será possível ser o dono da própria equipe []

A difícil e criticada missão de realizar um jogo de esportes anual foi realizada com competência pela Codemasters em mais uma oportunidade. Em comparação ao futebol e aos esportes americanos, a produtora de um jogo anual de Fórmula 1 tem uma vantagem: não são apenas os elencos – qual piloto está aonde – que mudam. O desempenho dos carros também (a Ferrari de 2020 que o diga).

Então, por esse simples motivo, um lançamento de um game de Fórmula 1 acaba abarcando mais novidades. Ademais, circuitos são incluídos e retirados – bem como a pintura dos carros muda. A Codemasters, então, poderia se dar por satisfeita em atualizar isso tudo, o que por si já daria um trabalho relevante e que geraria vendas. 

Ou, então, a produtora britânica poderia chegar à conclusão que poderia lançar dois jogos diferentes: um com Modo Carreira de piloto e outro com Modo Carreira sendo piloto e dono de uma equipe. Caso a ganância típica de Redwood – digite o nome dessa cidade da Califórnia e veja qual produtora de games esportivos está lá sediada – tomasse conta, poderiam até mesmo colocar essa segunda opção de carreira como DLC pago e/ou parte integrante da versão premium do game. 

Optaram, porém, de fazer algo meio que inédito nos últimos anos: tudo isso vem no pacote base. Isso inclui carros clássicos, os quais TODOS também poderiam ser DLC ou parte da versão mais cara do jogo e não o são. Falando neles, que tal começarmos a análise voltando no tempo? 

A carreira de Michael Schumacher em 4 carros

Parte da versão deluxe do game é o pacote de alguns dos mais icônicos carros pilotados por Michael Schumacher em sua carreira. O primeiro deles é a Jordan de 1991 (Jordan 191), o primeiro bólido guiado pelo alemão em sua carreira. Com o piloto titular da Jordan, Bertrand Gachot, preso – literalmente – no final de semana do Grande Prêmio da Bélgica, Schumacher foi chamado como substituto e fez o oitavo tempo do treino qualificatório. Na corrida, o carro lhe deixou na mão na primeira volta por conta de um problema na caixa de embreagem. Mas a marca estava dada e Schumacher ganhou a atenção de outras equipes, ganhando vaga na Benetton. 

 Foi na equipe italiana (ou seria inglesa?) que Schumacher ganhou seus dois primeiros títulos mundiais. Em 1994, em meio a uma série de polêmicas e tragédias, o B194 era um dos carros mais equilibrados do grid após a FIA banir auxílios eletrônicos, controle de tração, de largada e a suspensão eletrônica que fizera da Williams a melhor equipe do campeonato nos dois anos anteriores. Mesmo cumprindo suspensão durante o ano, Michael venceu o título após – e tome polêmica – colidir com Damon Hill na última prova do campeonato, em Adelaide. 

Versão especial do F12020 terá carros que Schumacher usou na carreira, como o B194 do primeiro título
Versão especial do F12020 terá carros que Schumacher usou na carreira, como o B194 do primeiro título []

 O impacto do B194 foi relevante para a Fórmula 1 – em termos de design, sobretudo. Embora o modelo do ano anterior já contasse com bico elevado e fazendo o carro parecer um tubarão, foi ele que consagrou o desenho que seria adotado pelas demais equipes no ano seguinte. Em 1995, Schumacher teve no B195 um carro melhor e um motor ainda mais potente que o Ford do B194. Flavio Briatore deu um “jeitinho” – um dia conto essa história aqui – e colocou a Benetton com motor Renault, o melhor do grid. O campeonato foi totalmente dominado por Schumacher e foi sua consagração como melhor piloto da modalidade naquele momento. Com Nigel Mansell em franca decadência, Ayrton Senna tendo nos deixado em Imola no ano anterior e Alain Prost aposentado, não havia concorrência para Michael. 

 A menos que a bagunça da Ferrari – soa familiar com 2020 – fosse a própria concorrência. Schumacher topou o desafio e foi para a scuderia italiana para 1996. Foram quatro anos de casa sendo arrumada, com o primeiro título pela equipe vindo em 2000. Esse carro está listado entre os clássicos do jogo, o Ferrari F1-2000 no qual Michael venceu seu principal concorrente da época, o finlandês Mika Häkkinen. 

Na versão “padrão” dos jogos, vários carros do F1 2019 voltam e há a adição da McLaren (MP4/5B) e da Ferrari (641) do campeonato de 1990, os quais eram do pacote premium do game. Os carros mais antigos, Lotus/McLaren/Ferrari da década de 1970, saíram. Então você não vai poder mais brincar de Hunt vs Lauda.

Volta do Split Screen 

Jogar online é algo que não me apetece e acho que nunca me apeteceu. Cada vez mais sinto falta dos multiplayers “caseiros”: tela dividida, cada um com um controle e na mesma TV a competição rolando. Talvez eu seja uma criança que jogou muito Goldeneye 007 e Mario Party e tenha apego emocional a isso, mas realmente sinto falta.

Para quem é como eu, a boa notícia é que a Codemasters voltou a incluir esse modo no jogo. Entendo as limitações técnicas em versões anteriores – dois carros na tela fazem com que a demanda da CPU seja maior – mas não custava nada se empenhar nisso e o fizeram. 

Novos circuitos, novo modo de jogo: seja dono de uma equipe

Zandvoort (Holanda) e o circuito de rua de Hanói (Vietnã) estão presentes no game mesmo que a pandemia tenha retirado ambos do calendário de 2020. O primeiro é maravilhoso, já se tornou uma de minhas pistas preferidas e talvez a que eu tenha mais jogado. O segundo é uma obra de Hermann Tilke e, ao contrário de Baku, não me apeteceu – lembra bastante aqueles circuitos antigos de rua da Indy. 

Embora novas pistas tenham “surgido” no calendário adaptado de 2020, a Codemasters não se pronunciou para além de “não vamos colocar nada novo”. Seria bacana ter Imola e Mugello mesmo como DLCs – mas é entendível a postura da produtora, dado que dá um trabalho imenso escanear as pistas para o feedback correto para quem joga de volante. 

A grande cereja do bolo, porém, é o modo carreira no qual você é piloto e dono da equipe – ainda existe o modo no qual você é apenas piloto, frisando. Aparte da situação pitoresca de Lance Stroll e seu papai na Racing Point, é algo meio difícil de acontecer hoje em dia. Mas é incrível de se imaginar e ter esse poder. 

Para além da árvore de desenvolvimento do carro que você tem no modo carreira como no F1 2019, há outras possibilidades. Contratar o segundo piloto – o filho de Michael Schumacher, Mick, é uma possibilidade aliás – melhorar as instalações, contratar um coach de entrevistas, escolher patrocinadores – cada qual com um valor e um bônus em função de dados objetivos. É um modo carreira “com esteroides” e ainda mais completo. Ser dono da própria equipe deve ser um sonho para boa parte dos fãs de Fórmula 1 e, bem, aqui temos essa possibilidade. 

Ainda falta a Codemasters atualizar o desempenho dos carros de acordo com o que já aconteceu na temporada – como o motor Ferrari sendo bem pior do que “o melhor” que está no jogo – mas isso deve vir numa atualização das próximas semanas. 

Fato é que o sentimento de progressão é incrível. Ainda mais do que acontecia no modo carreira de piloto, dá vontade de fazer todos os treinos para ganhar pontos que são usados nas melhoras do carro. Joguei apenas uma temporada completa mas facilmente chegarei a mais de três quando o próximo lançamento da Codemasters chegar no meio do ano que vem. 

Veredito 

É cada vez mais raro que eu chegue aqui para você numa análise de game esportivo-anual e fale para você comprar o jogo no lançamento. Afinal, a maior parte deles contam com mudanças de pura perfumaria. O Madden NFL 21, por exemplo, não trará praticamente nenhuma mudança no modo carreira de treinador/dono de time. O NBA 2k20 também não trouxe tantas mudanças – para além do gameplay, sobretudo na defesa. 

F1 2020, porém, é uma bazooka de mudanças, como você viu acima. Isso porque nem falei do gameplay, o qual achei melhor por conta de uma inteligência artificial mais agressiva. Ainda nesse sentido, senti os carros com mais pressão aerodinâmica do que no ano passado – e os freios estão bem mais fortes, se você coloca 100% de pressão no setup vai facilmente travar as rodas. 

Jogo games de F1 desde criança, com as versões de Nintendo 64, PC e PlayStation. Passei pelo PS2 e pela evolução da Codemasters no PS3. Após tantos anos, com tantas possibilidades de jogo, digo sem medo de errar que este é o melhor jogo de Fórmula 1 que já joguei na vida. Foram duas semanas testando o jogo – tanto no controle como no volante Logitech G29 – e minha vontade todo dia ao acordar é jogá-lo. Isso é o tanto que esse jogo é uma experiência completa. 

Veredito: Comprar agora.

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Curti: Como 2020 pode acabar sendo o ano mais maluco da MLB

Antony Curti
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Vindos do Wild Card ano passado, Nationals foram campeões e 2020 pode nos proporcionar cenas parecidas
Vindos do Wild Card ano passado, Nationals foram campeões e 2020 pode nos proporcionar cenas parecidas Getty

Uma temporada de 60 jogos – com 16 times nos playoffs – pode nos proporcionar um campeão que ninguém imaginaria em março deste ano. A marca de 2020 é a imprevisibilidade e ser um ano como nenhum outro. No beisebol, um esporte que tem como marca justamente essa imprevisibilidade, a tendência pode ser justamente essa. 

Cenários malucos não são nada improváveis nesta temporada. É plenamente possível, aliás. Algo coisa que podemos vislumbrar: começos avassaladores que podem colocar um time na pós-temporada sendo que em condições normais isso não aconteceria. Lembra-se dos Mets começando 10-1 há dois anos e depois não indo para a pós-temporada? Então. 

Se quiser, podemos pensar até no ano passado. Em abril do ano passado, o Seattle Mariners tinha início de 13-2. Ao mesmo tempo, a chegada de Bryce Harper – que historicamente começa bem as temporadas – deu um gás para o Philadelphia Phillies, que então liderava a NL East. Nenhum dos dois times jogou em outubro. 

Pensando nisso, quais perspectivas temos para esses 60 jogos? Em primeiro lugar, ninguém sabe. O Washington Nationals, atual campeão, perdeu Juan Soto no início da temporada por conta da COVID-19. O Atlanta Braves não terá seus dois catchers titulares, tendo que subir William Contreras da Triple A, para a primeira série contra os Mets – pelo mesmo motivo. Não temos como prever essas coisas. 

No panorama das divisões, a NL East e Central podem apresentar várias possibilidades. Nationals, Mets e Braves apresentam-se numa potencial primeira prateleira – se os Phillies resolverem a questão de seus arremessadores, podem aparecer. A NL Central é completamente aberta e pode muito bem ter um Cincinnati Reds aparecendo forte, dado que seu ataque é competente e a rotação pode evoluir. 

A AL West, com os Astros meio que de ressaca após o escândalo, podem ter um Oakland A’s finalmente roubando o título – o ataque tem Matt Chapman e Marcus Semien, dois nomes subestimados. O Los Angeles Angels pode finalmente dar mais competitividade para além de Mike Trout, sobretudo por conta da chegada de Anthony Rendon (ex-Nationals) e do técnico Joe Maddon (ex-Cubs). 

A AL Central parece encaminhada para os Twins, sobretudo se conseguirem manter o ritmo forte de home runs – uma boa sequência em temporada de tiro curto parece possível. Os Indians, naquele que pode ser o último ano de Francisco Lindor no time, não apresentam mais tanto poder de fogo como outrora, mas não podem ser descartados.  Yankees e Dodgers devem dominar a AL East e NL West – embora um time classificado a mais dessas divisões não seja de se espantar. 

Como você leu acima, muita coisa pode acontecer. 

Ninguém imaginaria que o Washington Nationals iria tão longe depois de começar tão mal a temporada. Ora, sequer se apontava Washington como candidato ao título quando jogaram o Wild Card no início de outubro. Neste ano, com tudo isso que está acontecendo, coisas ainda mais malucas podem acontecer. Quer um exemplo?

No ano passado, mesmo com campanha de 106 vitórias, o Los Angeles Dodgers ruiu nos playoffs e sequer chegou à final da Liga Nacional – que havia conquistado nos dois anos anteriores. Imagine neste ano, com o time em alto aproveitamento, Mookie Betts e Cody Bellinger voando. Aí, como cabeça-de-chave número 1 da Liga Nacional, enfrentam o New York Mets, oitavos. Numa série de três jogos, o primeiro jogo tem Clayton Kershaw com apagão, Jacob DeGrom desfilando no montinho e Pete Alonso tem dois home runs e 5 corridas impulsionadas. 

De repente, a série está aberta. Então não duvide: surpresas podem (e até devem) acontecer em 2020. É o slogan deste ano. 

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Curti: Para os Dodgers, vale – e muito – manter Mookie Betts por 12 anos

Antony Curti
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Mookie Betts em treinamento dos Dodgers
Mookie Betts em treinamento dos Dodgers Getty Images

Free agent em 2021? Nada disso. Mookie Betts foi trocado do Boston Red Sox para o Los Angeles Dodgers e chegou-se a cogitar que seria quase como um empréstimo. Afinal, Betts seria free agent no final desta temporada e demandaria um contrato alto. Será que os Dodgers iriam renovar?

Renovaram. A peso de ouro, diga-se. Conforme nosso colega da ESPN americana Jeff Passan reportou ontem à noite, Los Angeles assinou por 13 anos e 392 milhões de dólares com Betts. Como se sabe, os contratos são 100% garantidos no beisebol – em oposto à NFL. Isso faz de Betts o segundo maior contrato da história do esporte. À sua frente, o mesmo jogador com que ele competia pelo prêmio de MVP da Liga Americana, Mike Trout (426,5 M totais). 

A maior média salarial não é de Trout, fica com Gerrit Cole, arremessador que recém assinou com o New York Yankees a 36 milhões – Trout vem logo atrás, com 35,5. Já Betts? Não chega no top 5, de acordo com a lista do ESPN Stats and Info. Mookie tem agora uma média de 30,2 milhões. 

Ok, mas vale?

Se você é torcedor do Boston Red Sox, deve achar essa pergunta ofensiva. Betts é um rebatedor top 10 do beisebol, um defensor top 10 do beisebol e tem apenas 27 anos. Ele faz tudo bem. É lógico que vale. 

Uma das melhores estatísticas para se medir valor no esporte é o wins above replacement – grosso modo, quantas vitórias o jogador contribui a mais ou a menos em relação a um substituto mediano. A expectativa do Baseball Prospectus para 2020 é que Betts novamente esteja no patamar de elite nessa estatística, contribuindo com um WAR na casa das 6 vitórias.  

Se compararmos a WAR de Betts com outro outfielder caro do beisebol, Bryce Harper, ele dá de lavada se pegarmos as seis primeiras temporadas da carreira. 41 a 26. Mike Trout está ainda mais acima, com 47. Mas só o fato de compararmos Mookie a Trout, o melhor jogador do esporte, já diz muita coisa. 

O ESPN Stats and Info, no pacote de pesquisa que nos envia, foi além e comparou esses números a lendas do esporte. Ted Williams (Red Sox) lidera o ranking de WAR nas seis primeiras temporadas com 54,2 – logo atrás, vem Trout. Betts aparece em sétimo e à frente de Barry Bonds e Mickey Mantle. Não é qualquer coisa. 

Agora vai? 

O Los Angeles Dodgers venceu a Liga Nacional em duas oportunidades desde seu último título de World Series, em 1988 e ruiu diante de Houston e Boston (de Mookie Betts) em 2017 e 2018. Depois, no ano passado, um apagão mesmo tendo a melhor campanha da temporada na MLB, com 106 vitórias. 

A tendência é que Mookie e Cody Bellinger estejam juntos por mais tempo – Bellinger, atual MVP da Liga Nacional, não é free agent até pelo menos 2023, tendo possibilidade de arbitragem até lá.  Com os dois e uma das melhores rotações do beisebol, Los Angeles deve seguir dominando a NL West. A expectativa, porém, é maior: trazer o troféu de volta para Chavez Ravine pela primeira vez em mais de 30 anos.  

E é justamente por conta disso que a duração do contrato não é temerária como em outros contextos. 12 anos para um atleta de 27 – com ele estando com 39 ao final dos contrato – parece preocupante. Ainda mais se considerarmos que o atleticismo é um elemento pra lá de importante para o jogo de Betts. Mas não estamos falando de qualquer jogador e, sobretudo, de qualquer time.  Como dito, os Dodgers não vencem uma World Series desde 1988. Manter Betts e Bellinger por mais 4 anos, ao menos, é um sinal forte de que o time chegará ao menos à final da Liga Nacional nesse período. 

Ao mesmo tempo, dificilmente Betts renovaria por duração menor. Então, é como passar a conta no cartão de crédito. Se depois dessa "compra" o Commissioner's Trophy estiver com os Dodgers, não será problema continuar a pagar essa conta em 2030. 

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Curti: 10 coisas que o beisebol me ensinou para a vida

Antony Curti
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. Getty

Quem já viu a série How i Met Your Mother, já deve ter percebido que, pelo fato da série se ambientar em Nova York, as metáforas e analogias com o beisebol são frequentes. O episódio Perfect Week, por exemplo, nada mais é do que uma alegoria com o jogo perfeito de um arremessador. 

O beisebol funciona como uma luva – trocadilhos à parte – para esse tipo de alegoria e comparação porque ele funciona muito como nossa vida. É um esporte de repetição, de hábitos. Ao jogar – muito – MLB The Show nesta semana, fiquei refletindo sobre isso. Sobre como o esporte faz com que entendamos e possamos digerir melhor algumas situações da vida. Então pensei nesta crônica. Em como algumas situações do esporte podem se refletir no nosso cotidiano. Espero que gostem. 

Às vezes, é necessário se sacrificar por um amigo: homem na terceira base e nenhum eliminado. Qualquer contato para o campo externo é útil para que ele faça o tag e anote a corrida. Você será eliminado, mas seu colega de time anotará a corrida. O time anotará a corrida. Quantas vezes, de uma forma ou outra, não tivemos que nos sacrificar por um amigo? Quantas vezes não acabou valendo a pena? 

A perfeição é quase impossível: Com mais de 218 mil jogos, apenas 23 são. Ou seja: jogos nos quais um arremessador consegue o mínimo de 27 eliminados e nenhuma base cedida. Alguém chegou em base, mesmo que por erro de um companheiro de equipe? Contente-se com o no hitter. 

E às vezes o universo conspira e não apenas o talento basta: O mais maluco disso tudo é que, por mais que tenhamos jogos perfeitos de arremessadores lendários como Cy Young e Sandy Koufax, outros são arremessadores desconhecidos. Dallas Braden, num dia das mães em 2010, teve um. O ERA de sua carreira? Ruim. Acima de 4.00.

Ninguém é feliz sozinho: Nolan Arenado e Mike Trout, te dedico. Tem média de chegada em base acima de 40% e toda hora consegue uma dupla? Isso de nada adianta sem a ajuda de seus amigos. A menos que por um milagre e/ou wild pitches, você só vai sair dessa segunda base se alguém te tirar dali com um contato ou olhos apurados para puxar uma fila de walks. Sozinho você estará sem seus amigos. E, sem eles, você literalmente não vai a lugar algum. 

Mesmo que você faça tudo certo, as coisas podem dar errado. 3-1 na contagem, momento da bola rápida. O arremessador lança uma bola no meio da zona de strike, o timing do seu swing é perfeito e a rebatida em linha vem. Por um acaso ou má sorte ou sabe-se Deus o quê, a rebatida que saiu a mais de 160 km/h vai em linha para a luva de um jogador do campo externo e você está eliminado. Fazer tudo certo não é certeza de que tudo dará certo. Às vezes a sorte precisa aparecer. 

Nem tudo está perdido mesmo que pareça: 3 a 0 no placar para o adversário, dois eliminados, dois strikes e parte baixa da nona entrada. Bases lotadas. Um home run vira a partida. Qual a chance? Era o que eu pensava em agosto de 2018 ao assistir Chicago Cubs e Washington Nationals. De repente, David Bote, que entrou como pinch hitter, explodiu a bola para fora do campo do Wrigley Field. Mesmo que tudo pareça perdido, enquanto houver esperança haverá motivo para acreditar – aquele momento me ensinou mais do que qualquer outro. 

Aproveite os momentos especiais: falando em momentos, pensei justamente nisso enquanto jogava o The Show no videogame. Como é gostoso e raro rebater um home run! Talvez isso venha da escassez desses momentos. Pete Alonso liderou o beisebol com incríveis 53 home runs na temporada passada. O número é alto, mas você já parou para pensar quantas vezes ele saiu frustrado do home plate? Mesmo que tenha saído sem o momento máximo. Foram 597 idas ao bastão e, grosso modo, em apenas 10% delas ele conseguiu o momento especial pelo qual se destacou no ano passado. Aproveite os momentos especiais, eles são raros. 

Nada como um dia após o outro: pelo fato das temporadas serem longas – 162 jogos, em anos normais – o beisebol é feito de fases. A vida também, não? Quantas vezes você não disse para os amigos, brincando, “vivo grande fase”. Isso para que na semana seguinte alguma notícia te derrubasse e as coisas entrassem num “tô num inferno astral”. A vida é assim. O beisebol é assim. Sequências boas vão acontecer, ruins também. Tentar manter a consistência e controlar o que você pode controlar me parece ser o aprendizado disso tudo. 

Leia também: Curti: Em temporada de 60 jogos, bullpen deve ser (ainda mais) importante na MLB em 2020

A vida é feita de dia após dia: Também pelo fato da temporada ser longa, isso é algo essencial. Quantas vezes você não fez planos de longo prazo e eles foram por água abaixo porque você ficou ansioso esperando os resultados que só viriam meses depois? Imagine se um time de beisebol pensasse assim sempre. Que se frustrasse porque começaram mal a temporada e jogassem a toalha. Ou se empolgassem com um início de 10-1, como os Mets há dois anos, para no final das contas sequer irem à pós-temporada? A vida não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona. E ela acontece no presente, no dia após dia. Não daqui 5 meses. Mas hoje, em cada um dos at bats e em cada um dos arremessos. 

No ano que vem as coisas vão ser melhores (esse deveria ser o slogan de 2020): Ah, como foi sofrido ser torcedor dos Cubs por anos e anos. Mas sempre que chegava agosto – ou setembro, às vezes – e estávamos matematicamente eliminados, tínhamos aquela sensação de esperança que acho que só o torcedor dos Cubs tinha. Ok, não vencemos a World Series desde 1908, mas ano que vem vai ser diferente. A última vez que tive que pensar assim foi na dolorosa eliminação para os Mets por 4 a 0 na final da Liga Nacional. Era o ano da profecia do De Volta para o Futuro 2. Era o nosso ano. Mas não foi. Tudo bem, tinha o ano que vem. E ele veio.

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MLB: Confira as transmissões e o que ficar de olho na volta da temporada

Antony Curti
Antony Curti
Aaron Judge do New York Yankees, é um dos candidatos a prêmio de MVP da Liga Americana
Aaron Judge do New York Yankees, é um dos candidatos a prêmio de MVP da Liga Americana []

Houve uma ameaça forte de não termos temporada. Felizmente isso não aconteceu e o Sindicato dos Jogadores e a Major League Baseball se entenderam quanto à proporcionalidade dos salários dos atletas em ano reduzido. 60 jogos, rebatedor designado universal, homem na segunda base em entradas extras: são novidades de um ano atípico – praticamente o slogan de 2020. 

Nesta semana, a temporada reduzida da MLB começa. Com confrontos dentro da divisão (40) e com a equivalente geográfica da outra Liga (20), as equipes preparam-se para buscar a sonhada World Series. 

As transmissões começam com o atual campeão, Washington Nationals, enfrentando um potencial campeão no New York Yankees. Mais vitoriosa na história do esporte, a equipe dos Yankees busca encerrar um jejum praticamente só vivido nos anos 1980: os Bronx Bombers não chegam/vencem a World Series desde 2009. Para os Nationals e sua forte rotação, o desafio será superar mais uma perda no ataque. De 2018 para 2019, perderam Bryce Harper – e, agora na última intertemporada, perderam Anthony Rendon. Os Nats confiam na constante evolução do outfielder Juan Soto para seguir com o ataque colocando corridas no placar. 

Sexta-feira com Liga Nacional e times competitivos

A sexta-feira tem rodada dupla com dois duelos interessantes da Liga Nacional – em ambos podemos falar de equipes que podem estar na pós-temporada. Às 17h, poderemos ver dois jovens incríveis que tomaram o beisebol de assalto no ano passado. Pete Alonso, do New York Mets, liderou em home runs e quebrou o recorde de calouro de Aaron Judge. Do outro lado, Ronald Acuña Jr, dos Braves, é uma das sensações do beisebol e uma máquina de roubos de base. 

Depois, o Milwaukee Brewers e o excelente Christian Yelich, ex-MVP da Liga Nacional, enfrentam um Chicago Cubs que, honestamente, não sabemos como vem para 2020. O núcleo do time está ali: Anthony Rizzo, Javi Baéz, Kris Bryant. A rotação tem altos e baixos. O técnico é novo: David Ross, catcher do time no ano do título (2016), agora assume o comando do time após a vitoriosa e, por que não dizer, esgotada passagem de Joe Maddon – agora no Los Angeles Angels. 

Na ESPN e no FOX Sports 2, ambas as séries acima seguem com transmissões no final de semana – respectivamente, sábado e domingo. No início da semana que vem, em inglês na ESPN 2, mais uma maratona de jogos. Confira abaixo as transmissões até 28 de julho. 

Leia também: Curti: Em temporada de 60 jogos, bullpen deve ser (ainda mais) importante na MLB em 2020

Calendário de transmissões

Quinta, 23 de julho

20h: New York Yankees vs Washington Nationals | ESPN 2

23h: San Francisco Giants x Los Angeles Dodgers | ESPN 2 

Sexta, 24 de julho

17h: Atlanta Braves vs New York Mets | ESPN 2 20h: Milwaukee Brewers x Chicago Cubs | ESPN 2

23h: Los Angeles Angels x Oakland A’s | ESPN App

Sábado, 25 de julho 

20:30h: New York Yankees x Washington Nationals | FOX Sports 2

Domingo, 26 de julho 

20:30h: Atlanta Braves x New York Mets | ESPN 

23h San Francisco Giants vs Los Angeles Dodgers | ESPN 2 

 Segunda, 27 de julho

 20:30h: New York Mets x Boston Red Sox | ESPN 2

Terça, 28 de julho 

 22h: Los Angeles Dodgers x Houston Astros | ESPN 2 

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MLB: Confira as transmissões e o que ficar de olho na volta da temporada

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Curti: Raheem Mostert encerrará greve kamikaze e conversa com os 49ers

Antony Curti
Antony Curti
Raheem Mostert em jogo dos 49ers na NFL
Raheem Mostert em jogo dos 49ers na NFL Getty

Se Raheem Mostert tivesse lido A Arte da Guerra, de Sun Tzu, provavelmente não teria cometido a insanidade que cometeu neste mês de julho. O running back do San Francisco 49ers assinou contrato de três anos em 2019 mas, em meio a uma pós-temporada histórica, achou que não estava recebendo o suficiente.  

Justo. Concordo com ele. As 220 jardas na final da NFC foram espetaculares – eu literalmente estava lá e pude admirar o que ele fez.  O problema é que se você entra numa batalha sem saber que pode vencer ou sem mostrar conhecimento do inimigo (valeu Tzu) a chance de você perder essa batalha aumenta exponencialmente. Foi o caso de Mostert. 

Ele ameaçou fazer greve um ano após renovar o contrato, num ano de pandemia, com as franquias não sabendo como ficará o teto salarial de 2021 – que é atrelado aos lucros da liga, os quais cairão por menos torcedores estarem presentes nos estádios – e sendo membro de um comitê de running backs. Ou seja: na posição mais fungível da liga, ele resolveu fazer greve e ameaçar não jogar justamente num time que utiliza do expediente de ter vários running backs. Não fez nenhum sentido.

Para piorar a situação, não é como se o mercado de running backs estivesse aquecido e tampouco como se nos últimos anos os times tivessem arriscado gastar escolhas de Draft para obter running backs grevistas. Le’Veon Bell e Melvin Gordon são dois exemplos: as franquias que contrataram os dois esperaram que eles virassem free agents em vez de gastar um capital que poderia e foi usado em outras posições. Calma, porque fica ainda mais complicado para Raheem: vale lembrar que antes de 2019 ele nunca produziu e que é um nome de quilate inferior aos outros dois que citei acima. 

Realmente não fez sentido e Mostert acabou percebendo a lambança que cometeu. O San Francisco 49ers foi corretamente duro na queda e John Lynch, que fora jogador e sabe do riscado nesses momentos, não deu o braço a torcer como general manager do time. Ao running back, conforme o insider Ian Rapoport disse mais cedo nesta segunda em suas redes sociais, restou colocar o rabo entre as pernas e lavar a roupa suja com a diretoria do time para “seguir em frente”. 

Mostert não tinha poder de barganha nenhum para fazer essa greve. O resultado era previsível e é mais uma demonstração do diminuto valor dos running backs na NFL de hoje. A outrora posição mais bem paga da NFL há 25 anos agora ficou como espectadora dos contratos de 50 milhões por ano dados aos quarterbacks. Mais do que nunca, a NFL é cada vez mais dos passadores. 

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Curti: Temporada curta fortalece favoritismo dos Yankees na Liga Americana

Antony Curti
Antony Curti
Aaron Judge, do New York Yankees
Aaron Judge, do New York Yankees Getty

Agora vai? 

O New York Yankees não chega à World Series há mais de dez anos. É uma seca digna de anos 1980 para aquela que além de ser a franquia com mais títulos do beisebol é, também, a com mais títulos nos esportes americanos. O time do Bronx bateu na porta do Clássico de Outono nas últimas temporadas – esbarrando no Boston Red Sox e no Houston Astros. Com ambos fragilizados em 2020 e com outros fatores que listarei, os Yankees apresentam-se como forças dominantes na Liga Americana.

Falando dos Red Sox, a equipe do Fenway Park já desde o ano passado não é a mesma e tampouco deve ser problema para os Yankees na divisão. A equipe sofreu com um bullpen pavoroso em 2018 e perdeu seu principal rebatedor, Mookie Betts, em troca para o Los Angeles Dodgers. Em realidade, o Tampa Bay Rays que apresenta-se como rival a ser batido por Nova York na divisão leste da Liga Americana.

Falando da Liga como um todo, o Houston Astros não vem fortes como no ano passado. O time está envolto na narrativa de roubo de sinais, perdeu seu treinador e, se não bastasse, um dos principais arremessadores do time – Gerrit Cole – assinou com os... Yankees. 9 anos, 324 milhões. 

Para além desse contexto de enfraquecimento de rivais históricos dos últimos anos – que, de certa forma, impediram que os Yankees voltassem à World Series – temos o contexto da pandemia e da temporada reduzida para 60 jogos. Isso pode ajudar Nova York. 

Vários jogadores que perderam jogos por lesão no ano passado devem estar aptos para jogo ao final de julho – como Giancarlo Stanton, Aaron Hicks, Aaron Judge e o arremessador abridor James Paxton. Menos jogos significa também menos desgaste e, em tese, menos chance dos Yankees serem bicampeões do título de Departamento Médico mais movimentado no beisebol – ano passado foram 30 jogadores passando pela lista de machucados de acordo com o ESPN Stats and Info.  

O torcedor dos Yankees sonha com a dupla Judge e Stanton, falando nisso, jogando junta por mais tempo do que já viu. Também de acordo com o ESPN Stats and Info, eles estiveram juntos no lineup em apenas 36% dos jogos possíveis desde 2018. Para além de ambos estarem prontos para jogar no final de julho, Judge tem um histórico de começar forte as temporadas: nos 60 primeiros jogos de cada temporada durante sua carreira, ele tem 1.039 de OPS (soma da estatística de chegada em base e força no bastão), um número de elite. 

Nem tudo são flores, claro. Aquele que no papel é o ace da rotação, Luis Severino, deve voltar apenas em 2021 – ele passou por cirurgia Tommy John em fevereiro. O herdeiro desse posto no ano passado, Masahiro Tanaka, é um sólido arremessador mas pode ser uma das vítimas do calendário adaptado de 2020. Os Yankees jogarão 60 jogos como os demais; Serão 40 contra a AL East e 20 contra a NL East. Contra esses times nas duas últimas temporadas, Tanaka tem ERA de 4.55 (número ruim) contra 3.66 de ERA contra as outras divisões. É algo a se monitorar. 

De toda forma, os Yankees vem fortes para 2020. São os favoritos ao título da Liga Americana e, em tese, a tendência por tudo o que eu falei acima é que voltem à World Series pela primeira vez desde 2009 – contra os Dodgers? O tempo dirá. 

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Curti: Em temporada de 60 jogos, bullpen deve ser (ainda mais) importante na MLB em 2020

Antony Curti
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Aroldis Chapman em ação pelo New York Yankees
Aroldis Chapman em ação pelo New York Yankees Icon Sportswire/Getty Images

Como já amplamente noticiado, a temporada de 2020 terá 60 jogos para cada uma das 30 equipes da MLB. Tiro curto, portanto. Desses 60, 40 serão contra adversários da mesma divisão e outros 20 contra a divisão correspondente da outra liga – portanto, AL vs NL West/East/Central e vice-versa.

Praticamente não temos precedente de uma temporada tão curta assim. Em realidade, será a temporada com menos jogos desde 1877, quando ela também teve apenas 60. Ante isso, uma realidade se avizinha: bullpen. Para os iniciantes no beisebol, trata-se do grupo de arremessadores especialistas que “fecha” os jogos, geralmente atuando no terço final das partidas. Um arremessador “titular”/”abridor” tem uma autonomia – salvo retirada por mau desempenho – de coisa de 90, 100 arremessos. Quando/se ele cansar, os especialistas entram em atuação.

Aí que tá: em 2020, com menos jogos e mais atletas em cada elenco, podemos ter os abridores sendo poupados em dados momentos para que estejam “frescos” para duelos divisionais importantes. Ou mesmo podemos ver uma preocupação com a ferrugem dos abridores pelo tempo parado e o momento atípico. Com isso, não seria estranho imaginar um maior uso de bullpen – até porque esse uso só cresce na última década. O Tampa Bay Rays, por exemplo, chegou a usar “abridores” da mesma forma que times usam fechadores (closers) para a primeira entrada. 

Os Rays, inclusive, podem ser um dos times mais beneficiados caso os arremessadores de alívio (bullpen) sejam mais usados. No ano passado, esse coletivo de Tampa Bay liderou a MLB em entradas arremessadas, com 772 – ou seja, volume. Mas não só: também qualidade. Foi o melhor bullpen do beisebol, com ERA de 3.66. Adversários de divisão dos Rays, o New York Yankees já há algum tempo tem um dos melhores bullpens do beisebol. Para além de estatísticas, são nomes fortes: Zack Britton, Tommy Kahnle, Adam Ottavino e o míssil cubano Aroldis Chapman.  

Algo curioso para vermos nessa questão é se veremos abridores saindo do bullpen como às vezes acontece na pós-temporada. Esse expediente pode ser usado à rodo pelo Los Angeles Dodgers, que tem uma rotação profunda de arremessadores abridores mesmo com a saída de Hyun-Jin Ryu. Por outro lado, o atual campeão, Washington Nationals, pode sofrer. Embora as coisas tenham melhorado na pós-temporada, o trabalho dos arremessadores de alívio (relievers) dos Nats foi pavoroso de março a setembro. O time teve 5.66 de ERA do bullpen durante a temporada regular. 

Bullpen, pela própria natureza das coisas na MLB de hoje, é algo cada vez mais importante. Como destacado pelo ESPN Stats and Info em pacote de estatísticas que recebemos, no ano passado 8 dos 11 melhores bullpens da MLB foram à pós-temporada. Dos três que não foram, Indians e Cubs poderiam ter ido – e os Giants acabam sendo a exceção que confirma a regra. Em 2020, podemos ver isso acontecendo ainda mais. 

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Qual Cam Newton vai aparecer em New England? 2018 pode ser a resposta

Antony Curti
Antony Curti
Cam Newton assinou por um ano com os Patriots
Cam Newton assinou por um ano com os Patriots Twitter: thachermac


Numa movimentação um tanto quanto inesperada para o final de junho, o New England Patriots contratou o quarterback Cam Newton em contrato de um ano e sete milhões de dólares segundo Adam Schefter, repórter da ESPN americana. Não que Newton não fosse ventilado nos Patriots, afinal a equipe da AFC East perdeu Tom Brady e é uma das poucas que não contam com um nome forte na posição. 

Mas o timing da decisão surpreendeu. Afinal, mesmo num ano atípico como 2020, é raro ver decisões como essas às portas do training camp – que costumeiramente começa em meados de julho. As últimas impressões de Newton, contudo, não são as melhores. MVP (jogador mais valioso) da liga em 2015, quando conduziu o Carolina Panthers à campanha de 15-1 e ao Super Bowl 50, Newton esteve na parte baixa das estatísticas de 2016 em diante. Em 2019, vindo de cirurgia no ombro e com lesão no pé, Newton teve atuações desastrosas nas duas semanas em que foi a campo. Contra o Los Angeles Rams e o Tampa Bay Buccaneers, duas derrotas, uma interceptação, nenhum passe para touchdown e o rating na casa dos 70.0 – número bem abaixo da média da NFL atual. 

2019, contudo, não pode ser a referência mesmo que seja a lembrança mais recente. Como dito acima, Cam estava com lesão séria no pé, não aparentava estar curado do ombro e jogou no sacrifício. O mesmo pode ser dito da semana 10 da temporada 2018 em diante. Por que esse corte temporal?

T.J. Watt. Em partida contra o Pittsburgh Steelers num Thursday Night Football na semana 10 de 2018, Newton sofreu um forte impacto por Watt. Lance de jogo, frise-se, não houve maldade do então calouro. Dali em diante, Cam não foi o mesmo e a lesão no ombro não foi tratada corretamente. Arrisco dizer, houve negligência do Carolina Panthers, que só tirou Cam dos dois jogos finais daquela temporada – quando o time já estava fora da disputa. 

Cam Newton, 2018, Semana 11 à 15: 7 TDs, 8 INTs, 7.3 jardas por passe.
Cam Newton, 2018, Semana 1 à 9: 15 TDs, 4 INTs, 7.2 jardas por passe. 

A diferença é significativa. Antes do jogo contra os Steelers, aliás, os Panthers tinham campanha de 6-2 e brigavam forte para chegar à pós-temporada – ao menos pelo wild card, dado que o New Orleans Saints era um rolo compressor naquele momento e Drew Brees duelava com Pat Mahomes pelo MVP da liga. 

Esse Cam Newton, saudável, tem que ser o ponto de referência agora em New England. Claro, supondo – e assim supomos, dado que ele passou por exame médico antes da contratação – que ele esteja na mesma forma do espaço estatístico que separei acima. Acima de tudo, a contratação do camisa 1 dá fôlego à Dinastia dos Patriots. Ao contrário do que vimos com outros times dominantes nesta década – Golden State Warriors, San Francisco Giants – não haverá um ano para se esquecer se o Cam Newton de 2018 aparecer. 

A defesa dos Patriots é uma das melhores da NFL, retorna boa parte dos titulares e Cam é um quarterback competente. Claro: precisamos respeitar o Buffalo Bills (e sua defesa, sobretudo) e não dá para cravar New England vencendo a divisão como outrora fazíamos. Mas uma coisa é certa: a briga vai ser boa. A chegada de Cam Newton só torna essa narrativa ainda melhor. 

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Para variar, Mike Trout é favorito para o MVP da Liga Americana

Antony Curti
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Mike Trout
Mike Trout Ezra Shaw/Getty Images

Ao contrário das outras grandes ligas americanas, no beisebol há premiações separadas por Ligas – equivalente às conferências nos outros esportes. Não há, portanto, um MVP único. Isso dá um charme a mais e é explicado pela própria história, com as ligas nascendo e germinando de maneira distinta – do início do século XX até a década de 1990, um time da Liga Americana só enfrentaria um time da Liga Nacional na World Series. 

Não que faça muita diferença para Mike Trout. O outfielder do Los Angeles Angels seria favorito na Liga Nacional e mesmo num prêmio unificado de MVP (jogador mais valioso) do beisebol. No ano passado, Trout foi eleito o MVP mesmo tendo jogado praticamente 30 jogos a menos por conta de lesão: foram 134. Nesses, chegou a brigar pelo topo do número de home runs. Ele terminou o ano com 45, melhor marca da carreira – tendo o excepcional 1.083 de OPS (soma da estatística de chegada em base e força no bastão, qualquer coisa acima de 1000 é de elite). 

Trout é o melhor e mais completo jogador do beisebol – além de ter uma narrativa forte de “andorinha única fazendo verão no Los Angeles Angels”. É bem verdade que o time conta com Albert Pujols, mas ele não é o mesmo há algum tempo. E também conta com Shohei Ohtani, arremessador/rebatedor que encanta os olhos. A verdade que resta, contudo, é que Trout é o melhor jogador do time. Se temos algo como “mais valioso”, certamente é ele. 

Leia também: Agora na Liga Nacional, Mookie Betts é o favorito para o MVP

Depois de Trout, um abismo nas odds. Trout é favorito pagando 2.05 a cada dólar apostado. O segundo da lista é Aaron Judge, do New York Yankees, pagando 11.00 a cada dólar apostado. Em termos de odds, é uma diferença significativa. Também dos Yankees, Gleyber Torres é o terceiro colocado, pagando 17.00 para cada dólar apostado. Francisco Lindor, talentoso infielder como Gleyber e que deve vir para a última temporada no Cleveland Indians, paga os mesmos 17.00 para cada dólar. 

É difícil que o prêmio fuja desses quatro, ainda mais numa temporada de tiro curto. Neste ano, são 60 jogos apenas por conta da pandemia de covid-19 e na demora da MLB e seus times se acertarem com o sindicato de jogadores (MLBPA). 

Abaixo, as odds dos principais favoritos ao prêmio de jogador mais valioso da Liga Americana.   

1-  Mike Trout (LA Angels), pagando 2.05 para cada dólar apostado 
2- Aaron Judge (NY Yankees), pagando 11.00 para cada dólar apostado
3- Gleyber Torres (NY Yankees), Francisco Lindor (Indians), pagando 17.00 para cada dólar apostado
4-Yoan Moncada (CHI White Sox), pagando 18.00 para cada dólar apostado

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Agora na liga nacional, Mookie Betts é favorito para MVP

Antony Curti
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Mookie Betts, em ação pelo Los Angeles Dodgers
Mookie Betts, em ação pelo Los Angeles Dodgers Getty Images

Ao contrário das outras grandes ligas americanas, no beisebol há premiações separadas por Ligas – equivalente às conferências nos outros esportes. Não há, portanto, um MVP único. Isso dá um charme a mais e é explicado pela própria história, com as ligas nascendo e germinando de maneira distinta – do início do século XX até a década de 1990, um time da Liga Americana só enfrentaria um time da Liga Nacional na World Series. 

Assim, em tese, é mais fácil vencer uma premiação e ser eternizado, dado que você está competindo com jogadores de 15 times e não com o esporte inteiro. Mookie Betts agradece. O outfielder saiu do Boston Red Sox neste ano e ser MVP na Liga Americana é uma tarefa um tanto quanto ingrata com Mike Trout sendo o melhor jogador de beisebol da galáxia. 

A saída de Betts da Liga Americana para a Liga Nacional facilitou sua vida. A missão do agora jogador do Los Angeles Dodgers nesta temporada curta de 60 jogos é se juntar a Frank Robinson – em 1966, ele tornou-se o único jogador da centenária história do beisebol a vencer o MVP das duas ligas em sua carreira. 

Betts é “favoritaço” para o prêmio. Sendo um jogador completo e no melhor elenco da Liga Nacional, ele ainda deve ter produção ofensiva – corridas anotadas e impulsionadas – pelo fato das duas ligas terem a regra do rebatedor designado nesta temporada. Ainda, vale lembrar: ele é o pacote completo (5-tool), com velocidade, rebatida de força, contato, habilidade defensiva e força no braço. 

Nos cassinos de Las Vegas, o jovem Ronald Acuña Jr. do Atlanta Braves é o segundo colocado da lista. Aos 21 anos, Acuña liderou a Liga Nacional em bases roubadas no ano passado e ultrapassou a marca de 100 corridas impulsionadas. Seu OPS, porém (estatística que mede chegadas em base + força no bastão) não foi de elite, abaixo dos .900. Em terceiro, o MVP de 2018, Christian Yelich, do Milwaukee Brewers. Ele liderou a Liga Nacional em 2018 em aproveitamento no bastão (.329), chegadas em base (.429), slugging (.671) e OPS (1.100), mas seus jogos perdidos por lesão atrapalharam a caça ao bi-MVP. 

Juan Soto, jovem do atual campeão Washington Nationals, aparece em terceiro na lista de odds de Vegas. Por fim, o atual MVP da Liga Nacional, Cody Bellinger, é o quinto. Estar no mesmo time de Betts (os Dodgers) com certeza derrubaram as odds de Bellinger, dado que a presença do ex-Boston certamente lhe colocará uma sombra em 2020. Ele está empatado em odds com o jovem Fernando Tatis Jr, que vem para sua segunda temporada com o San Diego Padres – bem como com Bryce Harper, estrela do Philadelphia Phillies que já foi MVP da Liga Nacional quando em passagem pelo Washington Nationals. 

Abaixo, a lista dos favoritos nas principais casas de apostas. 

1- Mookie Betts (LA Dodgers), pagando 3.85 para cada dólar 

2- Ronald Acuña Jr. (Braves), pagando 7.00 para cada dólar

3- Christian Yelich (Brewers), pagando 8.00 para cara dólar

4- Juan Soto (Nationals), pagando 9.00 para cada dólar

5- Cody Bellinger (LA Dodgers),  Fernando Tatis Jr. (Padres), Bryce Harper (Phillies), pagando 13.00 para cada dólar. 

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EA perdeu totalmente a vergonha e não há mudanças para o franchise no Madden 21

Antony Curti
Antony Curti
Divulgação EA
Divulgação EA []

É, amigos, o momento que todos temíamos finalmente chegou: a virtual morte do Madden na atual geração de consoles. Perfumarias (e não melhoras) em relação à versão Madden 20 acabou por ser a realidade do que vimos nos trailers e nas informações oficiais que a EA Sports apresentou neste mês. 

No final das contas, é algo natural: os últimos Maddens de cada console acabam sendo mais uma atualização de elencos do que qualquer outra coisa. Parece ser o caso aqui. O Madden NFL 21 de Xbox One e PlayStation 4 não apresenta nenhuma novidade em relação ao modo franchise – aquele que outrora colocou o jogo no mapa e o preferido de quem joga offline. O modo “carreira” de um jogador foi expandido – agora será possível jogar como running back e wide receiver além de quarterback e o modo não acaba após o Draft – e o Ultimate Team segue como grande cassino-carro-chefe do jogo tal como acontece no FIFA. 

 

Há novidades no gameplay?

Aparentemente, sim. A princípio, a EA anunciou uma reforma no Superstar XFactor (o fatality, digamos, dos melhores jogadores). “Explore mais de 50 novas habilidades, saídas fresquinhas de nossos laboratórios”, diz o comunicado. No ano passado, a EA testou o recurso – que... Já existia em Madden 08, foi retirado e voltou como novidade – e algumas habilidades extrapolavam o bom senso. Aaron Donald ficava muito mais imparável, por exemplo. 

Ainda, há novidades no gameplay do ataque e da defesa. No ataque, a presença do “skill stick” para criar combos. Ou seja, mais uma aproximação do gameplay, nesse sentido dos combos, com jogos de luta. Adicionalmente, correr com a bola estará mais fluído.  Na defesa, o mesmo skill stick (o analógico do controle) será usado para movimentos de pass rush (apressamento de passe) e outros combos. O tackle também é uma promessa de melhora em termos de precisão por parte da EA. 

Por ora, essas são as novidades. Como estamos praticamente em julho e, portanto, no final do ciclo de desenvolvimento do game, a tendência é que o que foi omitido agora nos comunicados não seja endereçado. A menos, claro, que haja uma fúria da comunidade – coisa que até acontece mas que a EA passa por cima na maior parte dos casos.

No trailer oficial, há 16 mil likes e... 41 mil dislikes. Assim, não espere muitas novidades no modo franchise, que deve voltar praticamente intacto em relação ao ano passado. Graficamente, o jogo segue praticamente o mesmo. Não que isso tudo seja problema, chega um ponto que não dá para onde ir mesmo. O problema em si é esse pacote de perfumaria ser vendido a preço cheio, por cerca de R$ 250,00 aqui no Brasil.

Madden NFL 21 estará disponível no dia 28 de agosto para PlayStation 4, Xbox One e PC. No final do ano, o game deve receber lançamento para a nova geração de consoles. 

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EA perdeu totalmente a vergonha e não há mudanças para o franchise no Madden 21

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O que você precisa saber sobre a volta da MLB em julho

Antony Curti
Antony Curti
Nationals comemora o seu primeiro título da MLB
Nationals comemora o seu primeiro título da MLB Getty

Demorou, teve treta e corremos um forte risco de não ter beisebol em 2020. Não é como se uma temporada já tivesse sido severamente afetada em meio a discussões entre a Major League Baseball e o sindicato de jogadores (MLBPA). Em 1994, a temporada foi interrompida por uma greve dos atletas e sequer World Series houve. 

Em 2020, o cenário era diferente: por conta da pandemia de COVID-19, o spring training (pré-temporada) foi suspenso, a abertura da temporada adiada de maneira indefinida e quando houve sinais de reabertura nos Estados Unidos, o impasse veio: jogadores toparam receber de maneira proporcional ao número de jogos – donos de times, após inicialmente concordarem com isso, sugeriram que esse valor seria uma porcentagem do proporcional. Aí veio o caos. 

Felizmente, depois da tempestade, o consenso – embora ano que vem seja ano de negociação de novo acordo coletivo-trabalhista e aí já viu o que vai acontecer. Basicamente, a liga voltou ao previamente acordado, com os atletas recebendo 100% do valor proporcional ao número de jogos. Se tudo der certo, seria como se eles recebessem 37% do valor original – porque 60 jogos é 37% dos 162 de situações normais. 

Então é isso, assim fica: 60 jogos, com a pré-temporada começando dia 1º de julho, o Opening Day (abertura da temporada) no dia 24 de julho e neste ano, 10 times nos playoffs. Como fica o calendário? Adaptado à realidade atual. Para minimizar viagens, os times terão 40 jogos contra adversários da própria divisão – 10 contra cada um, portanto – e mais 20 jogos contra cinco adversários interliga de proximidade geográfica. Por exemplo, teremos mais New York Yankees vs New York Mets do que o costume proporcional de outras temporadas. 

Dentro de campo, dois testes de regras

As maiores diferenças parecem estar dentro de campo. No caso, a MLB aproveitará o contexto de menor temporada para testar duas regras novas. A primeira é do rebatedor designado “universal”, sendo usado nas duas ligas em vez de aparecer na Liga Americana e na Liga Nacional, não. Assim, arremessadores da Liga Nacional não irão mais ao bastão como acontece desde... Desde sempre. 

Ainda, as entradas-extras – prorrogação do beisebol – terão um elemento para agilizar as coisas. Cada metade de entrada começa com o time rebatedor com um jogador na segunda base, em posição de anotar corrida. Isso deve evitar que jogos se estendam da 12ª entrada em diante, coisa que complicaria demais a vida numa temporada de calendário com tiro curto.  Adicionalmente, os times terão 30 jogadores no elenco de início de temporada – algo que deve ter sido pensado como margem de manobra no caso de equipes terem atletas que forem diagnosticados com a COVID-19.

Matrix existe, e este arremessador da MLB escapando da morte com uma bola quase rasgando seu pescoço vai te provar


Os protocolos de segurança 

Ante tudo isso, haverá protocolos para minimizar o risco biológico. Ou seja, que jogadores, técnicos e empregados dos times acabem contraindo o novo coronavírus. Então, celebrações com abraços e apertos de mão estão proibidas. Jogadores e empregados sentarão longe, um do outro, nas arquibancadas dos estádios. Distância entre os que estão no campo será encorajada. Ainda, entre outras medidas, uma bola que for tocada por vários jogadores será descartada. E, por óbvio, os hábitos culturais do beisebol, como as cuspidas no chão... Bem, você imagina.

Atletas serão monitorados múltiplas vezes por dia quanto à sua temperatura. Haverá, também, testes de COVID-19 por várias vezes numa semana. Torçamos para que, daqui em diante, as coisas entrem nos eixos e que continuem em melhora. O beisebol faz falta – como o Ubiratan Leal escreveu uma vez, é como um livro que você lê todos os dias. Que bom que a leitura vai voltar. 

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O que você precisa saber sobre a volta da MLB em julho

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F1 2020 terá "Lance Stroll Simulator" como carro chefe (ou melhor, seja dono da equipe)

Antony Curti
Antony Curti
Em F1 2020, será possível ser o dono da própria equipe
Em F1 2020, será possível ser o dono da própria equipe []

A Codemasters poderia ser sacana e criar dois jogos: um no qual você é piloto e outro no qual você administra uma equipe de Fórmula 1. Afinal, foi o que a EA Sports – sempre ela... – fez por anos com a série FIFA. Havia o jogo “padrão” e o FIFA Manager. Até 2014, a produtora de Redwood ainda tinha a coragem de lançar um jogo exclusivo da Copa do Mundo, que meses depois era vendido a coisa de 40 reais nos sites de varejo. 

Porém, a produtora do jogo exclusivo de F1 optou por um caminho que enriqueceu seu principal produto. A versão deste ano de seu principal game trará o modo carreira como em outros anos – começando a carreira na F2, mas sem nenhuma historinha nem rivais – e um modo carreira no qual você é o dono da equipe. É o "MyTeam". 

Na prática,  como vi num comentário brincalhão no YouTube, é um Lance Stroll Simulator –  mas aí no caso não é seu papai que comprou a equipe. Vamos imaginar como um Bruce McLaren Simulator para a ideia ficar menos pejorativa. Como vai funcionar o “MyTeam”?

Como você imaginou mesmo. Você cria a equipe, coloca o nome, assina com patrocinadores (fictícios, para dar mais liberdade na criação do modo de jogo), melhora suas instalações e etc. As duas partes mais interessantes, porém, vem na escolha do motor – Ferrari, Renault, Mercedes e Honda são as opções, com durabilidade e desempenhos diferentes – e na dos pilotos. Você obviamente não poderá contratar Lewis Hamilton de primeira, então prepare-se para pescar algum talento da F2. O bacana é que os pilotos terão ratings, como os jogadores no FIFA, por exemplo. Hamilton, a propósito, é o com maior “nota”. 

Versão especial do F12020 terá carros que Schumacher usou na carreira, como o B194 do primeiro título
Versão especial do F12020 terá carros que Schumacher usou na carreira, como o B194 do primeiro título []

E as outras novidades?

Pelo o que vi nos vídeos de divulgação, a Codemasters melhorou a inteligência artificial do jogo. Além disso, há dois novos circuitos que originalmente teriam grandes prêmios em 2020 mas um deles já foi cancelado – Holanda/Zandvoort, voltando à modalidade – e o outro, adiado – Circuito de rua em Hanói, Vietnã. 

Para atrair jogadores casuais, há um modo de direção “facilitada” para iniciantes e o jogo finalmente volta com o multiplayer caseiro, com batalhas em tela dividida ao melhor estilo do Mario Kart no Nintendo 64 (mas sem cascos de tartaruga, claro).  Por fim, para os jogadores hardcores, há uma edição especial e obviamente mais cara, que conta com carros que Michael Schumacher guiou em sua carreira – como a Jordan de 1991 em seu primeiro GP, as duas Benettons do bicampeonato 94/95 e a primeira Ferrari na qual o alemão foi campeão, em 2000.

F1 2020 será lançado no dia 10 de julho para PlayStation 4, Xbox One, PC e Google Stadia. Assim que houver o lançamento e jogarmos o mínimo para um review digno, estará aqui no blog. 

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Curti: Jamal Adams tem pouca barganha para pedir troca – então, ele vai causar

Antony Curti
Antony Curti
Jamal Adams durante vitória dos Jets sobre os Cowboys na temporada 2019 da NFL
Jamal Adams durante vitória dos Jets sobre os Cowboys na temporada 2019 da NFL Getty

Jamal Adams está no mercado. A afirmação, em realidade, é a conclusão de uma longa novela que há algum tempo se arrasta nas entrelinhas e nas especulações. Em meio a um time com muitos buracos e algumas decepções, Adams conseguiu ir ao Pro Bowl e, no ano passado, foi eleito para a seleção All-Pro, dos melhores jogadores da liga.

Mas, para ele, ainda é pouco. Normal, Adams é um jogador talentoso e pode ser um dos melhores safeties de sua geração. A seu ver, ao que tudo indica, isso não deve acontecer no New York Jets. O time teve uma temporada complicada em 2019, primeiro ano de Adam Gase no comando do time.

É aí que mora a situação: Gase x Adams. Não é de hoje que sabemos que Adam Gase é um técnico que não tolera personalidades fortes. Em sua passagem anterior, em Miami, Gase despachou vários jogadores com base na filosofia de “mudança de cultura” no vestiário. Um exemplo foi Jarvis Landry, que vinha de liderar a NFL em recepções.

Em outubro do ano passado, listei no ESPN League como Adams poderia acabar sendo trocado mesmo que fosse o melhor jogador do time. Com o quarterback Sam Darnold perdendo jogos, a temporada foi pro vinagre – então uma troca para capitalizar no futuro seria plausível. Então, não rolou.  Agora, parece que Adams não quer mais esperar. Ele sabe de seu valor como um dos melhores safeties da liga e sabe que com ajuda de melhores companheiros defensivos, pode muito mais – além de na chegada a um novo time carente na posição, ter a barganha de pedir um mega contrato. 

Os Jets, porém, têm a barganha de “não precisar fazer nada”. Não é como se, com o elenco atual e a AFC East do jeito que está – Bills em ascensão, Patriots ainda com boa defesa e Dolphins arrumando a casa – o time estivesse a um Jamal Adams de vencer o Super Bowl ou mesmo de ter mais de 10 vitórias na temporada. Ademais, os Jets acionaram a opção de quinto ano de Adams – então ele ainda teria dois anos no contrato.  

Então, Adams precisa causar e, como Ian Rapoport falou no Twitter, usar a imprensa como meio de pressionar o time. Foi o que ele fez o que está fazendo. Inclusive, chegou a listar times pelos quais ele jogaria. Tampa Bay, Baltimore, Dallas, Houston, Kansas City, Philadelphia, San Francisco e Seattle. Em comum, todos times que brigam por playoffs – e vários com carência na posição de safety. 

Agora é a vez de Adam Gase. O que ele fará sobre? A troca vem ou o que virá é o silêncio como resposta? A forma pela qual Gase e a diretoria do time vão lidar com isso tudo podem dar a tônica do vestiário dos Jets em 2020. Joe Douglas, oficialmente o general manager – que por óbvio vai ouvir seu treinador – parece ser um cara ponderado que não segue a imprensa ou a torcida em suas decisões. Seja como for, cenas dos próximos capítulos.

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Curti: Afinal, vai ter MLB em 2020? (tá cada vez mais complicado)

Antony Curti
Antony Curti

O 4 de julho é uma data simbólica em todos os anos. Fora os feriados tradicionais nos Estados Unidos, talvez seja o mais importante: é o Dia da Independência, quando as 13 colônias foram libertas do domínio inglês e quando em 1995, Will Smith conseguiu expulsar os Aliens do Planeta Terra. Fora isso, é um feriado no meio do verão do hemisfério norte no qual as famílias aproveitam para comer cachorro-quente e se divertir nos estádios ao redor do país. 

Essa última parte não vai acontecer em 2020. Com a pandemia da COVID-19, aglomerações viraram nostalgia e a perspectiva é que elas não voltem a acontecer tão cedo. Ante tudo isso, parece que a não-volta do beisebol da MLB parece algo atrelado a questões de saúde, certo? Antes fosse. No panorama atual, a problemática tem raiz puramente financeira. 

Em março, às portas do caos e da pandemia, as franquias da MLB comprometeram-se a pagar salários proporcionais em função ao número de jogos numa dada temporada de 2020. Se o salário é x e o número de jogos normal é 162, numa temporada de 81 jogos o salários dos atletas seria x/2. O problema é que, num segundo momento, os donos de franquia repensaram esse modelo.

Nationals comemora o seu primeiro título da MLB
Nationals comemora o seu primeiro título da MLB Getty

Como não haverá público a curto e médio prazo, a tendência é que a bilheteria dos times seja severamente afetada. Isso é problema para as equipes porque boa parte da receita vem dessa bilheteria – afinal, são 81 jogos em casa por ano. Sem a bilheteria, como pagar 100% dos salários proporcionais? Foi o argumento dos donos. Argumento esse que não foi engolido pelos jogadores, ainda mais lembrando que as franquias são empresas milionárias e, recentemente, a MLB renovou contrato de TV com a Turner Sports. 

Em resumo, os jogadores, parte hipossuficiente dessa relação, querem que o que foi acordado seja cumprido: montem um calendário e nos digam quando e como vamos jogar e que vamos receber 100% de nossos salários em função do número dos jogos. Os donos, começaram a “trucar” a situação e o contexto todo é de falta de confiança e de rachaduras para todos os lados. 

Ante tudo isso, tivemos um especial do SportsCenter americano na noite de segunda e o comissário da MLB, Rob Manfred, mostrou-se bastante pessimista com as perspectivas. “Não estou confiante”. Essas foram as palavras.

Se a frase foi dita para aumentar o poder de barganha da liga/times ou se é uma lamentação, o tempo dirá. Mas a questão é que a maior parte das pessoas fica cada vez menos otimista em relação à volta do beisebol em 2020. Os prazos estão passando, a relação entre times e jogadores está danificada e a temporada hipotética apresenta-se com perspectiva de ser cada vez com menos jogos e, pior: de bater em novembro com o clímax da temporada regular da NFL e com as eleições presidenciais. Não é um nem de perto um cenário positivo para o beisebol. 

Como “molho especial” desse imbróglio, lembramos o histórico da modalidade. O Sindicato de Jogadores do beisebol tem um DNA bastante aguerrido se comparado ao seus pares das outras ligas de esportes americanos. Em 1994, a temporada foi interrompida por greve e não voltou mais. Em 2002, quase houve outra greve. Agora, uma relação que historicamente não foi boa – entre donos e times e jogadores – coloca a fragilizada popularidade do beisebol em xeque novamente. 

No fundo, nem times nem jogadores vão perder tanto nessa história como o esporte em si. Torçamos para que um dos lados ceda – ou que cada lado ceda um pouco. Porque as perspectivas não são boas. A pandemia nos tirou muitas coisas neste ano e pode tirar mais uma: a temporada da MLB. 

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No auge da franquia, MLB The Show 20 apresenta poucas novidades em relação ao 19

Antony Curti
Antony Curti

Para além de Uncharted e Last of Us, um dos trunfos de exclusividade da Sony nos Estados Unidos é o fato de só o PlayStation 4 contar um um simulador de beisebol. O console da Microsoft conta com o "RBI Baseball", mas não é a mesma coisa. Durante a atual geração, esse trunfo foi um dos motivos que me fez continuar com a Sony em vez de experimentar o Xbox One. 

Bom, o trunfo não seguirá por muito tempo: mesmo o jogo sendo produzido por um estúdio da Sony (o San Diego Studios), no ano que vem essa exclusividade cai e estaremos diante de um paradoxo: um estúdio first party produzindo para outras plataformas. Antes disso, porém, vamos à última versão exclusiva do quarto filho de Ken Kutaragi: mudou algo?

Não. Sinceramente, quase nada. MLB The Show foi "vítima" de si mesmo. Enquanto a Eletronic Arts manipula seus lançamentos de maneira que retira modos de jogo para depois colocá-los como novidades – vide a "volta" do Pro Bowl no Madden 20 sendo que no Madden 08 ele já existia – a Sony não fez isso na evolução do The Show. Essa evolução foi constante durante a segunda metade desta década. O San Diego Studios sempre melhorou uma coisinha ou outra, seja nos modos de jogo ou no gameplay. Como bônus, embora tenha microtransações, o jogo nunca foi "Pay To Win" como seus pares Madden, FIFA e NBA 2k. É possível, sim, comprar "cartas" no modo semelhante ao Ultimate Team da EA – mas não chega a ser um grande cassino que quebrará economias familiares. 

Em resumo: o jogo chegou no ápice. Tanto em gameplay como em modos de jogo. Fica difícil "ter para onde ir". Até por conta disso a chegada da nova geração, ao final deste ano, será um grande bônus para o The Show e outras franquias esportivas com lançamentos anuais: ao menos ficará nítido que os gráficos vão melhorar. 

[]

E então, mudou algo?

Como disse, pouca coisa. Basicamente, rebater está mais realista porque está de acordo com o contato que você faz no home plate. A zona de contato aliás, recebeu um feedback a mais com duas bolinhas – a de cima vai gerar bola voadora, a de baixo vai gerar contato rasteiro e ruim. Então posso dizer que está mais prazeroso rebater nesta versão. Contato perfeito e timing perfeito dá o feedback de "PERFECT" na jogada e, com isso, a bola em jogo tende a ser mais efetiva para o ataque – gerando mais home runs, rebatidas em linha e rebatidas rasteiras mais fortes. Um exemplo é este home run abaixo que tive, note o feedback no canto inferior esquerdo.

Ainda, na defesa, o jogo seguiu sua evolução em fazer as defesas, sobretudo no campo externo, mais de acordo com a realidade. Jogadores bons em defesa no campo externo raramente erram – os ruins errarão a defesa com mais frequência, algo que se vê na vida real e que pouco se via em versões anteriores do jogo. 

Sobre os modos de jogo, continuo focado no March to October, um modo franchise mais simplificado e ágil. Ele te leva para momentos-chave das partidas – o que no beisebol em videogame é pra lá de importante, porque jogar 162 partidas completas é algo que demora. Eu mesmo joguei, em toda minha vida, apenas duas temporadas completas de 162 jogos em quase 10 anos com a franquia The Show (e uma delas ainda foi no PlayStation 3). Então a agilidade e simular alguns jogos – com base se seu time está "quente" ou "frio" é importante. Abaixo, demonstro na Live que fiz em meu canal um pouco desse modo. 

O Franchise Mode (mais completo que o March to October) e o Road to The Show (modo carreira com apenas um jogador) seguem tão parecidos com a versão do ano passado que, sinceramente, é melhor você ler sobre no meu review do MLB The Show 19. Seria perda de tempo copiar e colar para falar as mesmas coisas. 

No final das contas, como disse acima, o MLB The Show 20 foi vítima do próprio empenho em versões anteriores e da própria limitação que jogos esportivos têm em si mesmos para lançamentos anuais. Com a geração nova, o debate "será que não seria melhor um serviço de assinaturas em vez de lançamentos anuais com poucas novidades?" novamente cairá porque, bem, graficamente haverá evolução. Então voltaremos nisso lá para 2023, podem contar comigo nesse debate. 

Enquanto isso, mais do mesmo. Se por um lado o MLB The Show 20 é o melhor jogo de beisebol já feito, pouco faz sentido pagar o preço inteiro que a Sony cobra na PSN – 250 reais. Ainda mais com a versão do ano passado pela metade do preço. Se você não tem a versão 18 ou 19, certamente vale a pena o investimento – costumo fazer isso com o FIFA, que é o jogo esportivo que jogo menos. Se não, aí espera por uma promoção bacana. Até porque, com a COVID19, a temporada não começou de toda forma. 

Veredito: Esperar promoção para comprar. 

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Curti: Draft Simulado 2.0 (o que eu faria como general manager)

Antony Curti
Antony Curti

Simulações de Draft são imperfeitas. Mas ao mesmo tempo, divertidas. É quase impossível acertar mais de 10 escolhas, mas a gente tenta mesmo assim. O exercício é importante porque ele é o grande exercício prático de intersecção entre as duas grandes áreas de cobertura do Draft da NFL: necessidades dos times com o valor dos prospectos. 

Claro, nem sempre os times escolhem puramente para preencher seus buracos – como veremos adiante no texto. Um bom exemplo é 2014, quando o New York Giants escolheu Odell Beckham Jr por ser o melhor jogador disponível no entendimento da diretoria do time. Em 2005, o Green Bay Packers escolheu Aaron Rodgers na 24ª escolha mesmo sabendo que ainda poderia contar com mais alguns anos do quarterback Brett Favre. Então, são três motivações básicas para um time: 

i) Necessidade no elenco 
ii) Antever necessidade futura no elenco 
iii) Melhor jogador disponível 

Usei as três para motivar as escolhas que você verá adiante. Ainda, fiz algumas trocas – o que obviamente vai diminuir ainda mais o índice de acerto. Na realidade, a ideia aqui não é nem de falar sobre acertos ou previsões: é o que eu faria como general manager. Para a prévia do que eu acho que os times podem fazer, confira no link abaixo o Draft Simulado 1.0. 

Nota: Atualmente, não se usa mais DE/OLB, preferindo-se a nomenclatura EDGE (ponta) para jogadores que prioritariamente pressionam o quarterback. As defesas da NFL praticamente não jogam mais com 4-3 e 3-4 como base, usando a formação nickel (5 defensive backs) em mais de 50% dos snaps. Daí, LB, EDGE e iDL (interior defensive lineman) fazer mais sentido em 2020.

Leia também:

Necessidades dos 32 times para o Draft 2020
Curti: Draft Simulado 1.0 (o que eu acho que os times vão fazer)
Curti: Os 5 melhores quarterbacks do Draft 2020
Curti: Os 5 Melhores Running Backs do Draft 2020
Curti: Os 5 melhores wide receivers do Draft 2020

1- Cincinnati Bengals: Joe Burrow, QB, LSU
Necessidades dos Bengals: QB, OL, LB

O melhor prospecto na posição de quarterback para um time que precisa urgentemente de ajuda na posição. Fome com a vontade de comer. 

2- Washington Redskins: Chase Young, EDGE, Ohio State
Necessidades: EDGE, OL, TE

Ryan Kerrigan tem 31 anos e vem de temporada com baixa produção. Chase Young é um dos melhores prospectos da década entre os apressadores de passe. Sendo general manager, gostaria de começar o relacionamento com meu novo head coach, Ron Rivera, de forma a agradar uma mente defensiva que sempre valorizou a linha defensiva. 

3- TROCA! Miami Dolphins via Detroit: Tua Tagovailoa, QB, Alabama
Necessidades: QB, OT, S

Miami precisa de seu quarterback do futuro e o melhor disponível é Tua Tagovailoa. Há riscos de lesões e etc mas só se vive uma vez. Miami já deixou de arriscar num Drew Brees lesionado e se arrependeu. Já deixou de apostar em Matt Ryan em 2008 e idem. Tua, saudável, está na mesma prateleira de Burrow.

4- New York Giants: Jedrick Wills, OT, Alabama
Necessidades: EDGE, OL, LB

Embora o meio da defesa seja uma senhora necessidade, os Giants precisam aproveitar a abundância de bons jogadores de linha ofensiva neste Draft. Considerando que Nate Solder eventualmente será cortado em alguns anos, é necessário planejamento para isso – e/ou soluções para o HOJE no lado direito, que tem Cam Fleming como tapa buraco. Wills é técnico e tem experiência justamente no lado direito, podendo ser lapidado para substituir Solder como left tackle no futuro. 

5- Detroit Lions: Jeff Okudah, CB, Ohio State
Necessidades: CB, DL, iOL

Jeff Okudah é um cornerback polido que tem tamanho, técnica e capacidade de jogar tanto em zona como homem-a-homem. Os Lions precisam sair deste Draft com a secundária reforçada, ainda mais após a troca de Darius Slay. 

6- Los Angeles Chargers: Justin Herbert, QB, Oregon
Necessidades: QB, OT, WR

Justin Herbert não está no mesmo nível dos dois outros quarterbacks mas, a meu ver, também não merece as críticas que vem recebendo às vésperas do Draft. Herbert precisa arrumar algumas questões como a base de lançamento, por exemplo, mas um ano como reserva podem resolver isso – Tyrod Taylor, o quarterback mais ponte da década, está lá para isso.

7- Carolina Panthers: Isaiah Simmons, LB, Clemson
Necessidades: iDL, CB, LB

Seria uma dádiva imensa para a torcida dos Panthers se isso acontecesse. Sei que iDL também é necessidade, mas a aposentadoria de Luke Kuechly deixou um rombo no coração da torcida e, bem, da defesa também. Simmons vale quase como que por dois jogadores e na sétima posição, sua saída está mais do que adequada. Ele pode ter o mesmo impacto nessa unidade que Kuechly teve no início da década. 

8- Arizona Cardinals: Tristan Wirfs, OT, Iowa
Necessidades: OT, WR, S

Se sou Steve Keim, general manager dos Cardinals, penso no trade down com carinho aqui. Pode haver times querendo saltar para o final do top 10 com o objetivo de ter um wide receiver de calibre. De toda forma, Arizona precisa pensar no futuro na posição de offensive tackle. Tristan Wirfs tem a agilidade, tendo histórico de atleticismo para além do futebol americano. Pensando no Air Raid dos Cardinals e do técnico Kliff Kingsbury. 

9- Jacksonville Jaguars: Jeff Gladney, CB, TCU
Necessidades: iDL, EDGE, WR, CB

Suponho que aqui a necessidade maior seria… Várias. Então seria interessante se Jacksonville trocasse para baixo para acumular escolhas. No mundo real, é justamente o que vai acontecer, porque algum time vai apertar o gatilho buscando os offensive tackles que faltam. Na minha simulação, estou mais acanhado como general manager desses times. Então não subo e os Jaguars escolhem na 9 mesmo. No caso, endereçando a posição de cornerback, que foi “dizimada” após as trocas de A.J. Bouye e Jalen Ramsey. A reposição seria Jeff Gladney, cornerback versátil que julgo mais técnico que C.J. Henderson (mais atlético e que provavelmente vai sair no top 10). 

10- Cleveland Browns: Andrew Thomas, OT, Georgia
Necessidades: OT (lado esquerdo), S, LB

Os Browns já reforçaram o lado direito da linha com a contratação (a preço de barganha, aliás) de Jack Conklin na free agency. O lado direito, que é problema desde a aposentadoria de Joe Thomas, seria pra lá de reforçado com o forte e técnico Andrew Thomas – que fez um excepcional trabalho em Georgia. 

11- New York Jets: Mekhi Becton, OT, Louisville
Necessidades: EDGE, OL, WR

Juro que queria dar alvos para Sam Darnold, mas sua propensão a fumbles e turnovers como um todo me fazem ficar mais inclinado à linha ofensiva. Becton é um prospecto físico que precisa de lapidação na sua técnica, mas com bom teto de produção na NFL. 

12- Las Vegas Raiders: CeeDee Lamb, WR, Oklahoma
Necessidades: WR, CB, S

Os Raiders precisam de ajuda para o corpo de recebedores após o projeto Antonio Brown ir para o espaço no ano passado. Como jogadores no lado de fora, apenas Tyrell Williams inspira alguma confiança e mesmo assim nem tanta. Vamos com o melhor wide receiver disponível no board aqui com Lamb. 

13- San Francisco 49ers: Jerry Jeudy, WR, Alabama
Necessidades: WR, iOL, CB

É necessário que o time dê armas para Jimmy Garoppolo. Jerry Jeudy é um prospecto fantástico em jardas após a recepção e no bem desenhado sistema ofensivo de Kyle Shanahan tem tudo para voar baixo. 

14- TROCA! Dallas Cowboys via Tampa Bay: K'Lavon Chaisson, EDGE, LSU
Necessidades: EDGE, DB, TE

Com os principais nomes na linha ofensiva já saindo do board, troco como Tampa Bay para um time que precisa passar “por cima” de Atlanta, dado que suas necessidades são parecidas. Os Cowboys perderam Robert Quinn na free agency e precisam dar ajuda para Demarcus Lawrence. Encontram no melhor EDGE disponível com Chaisson, jogador rápido e com ótimo contorno de arco para apressar o quarterback adversário. 

15- Denver Broncos: Henry Ruggs III, WR, Alabama
Necessidades: WR, OT, CB

Acho difícil que Denver fique quietinho esperando os recebedores saírem do board, sendo um time fortemente candidato a ir pra cima e buscar um wide receiver. No caso, fico esperando Henry Ruggs ou o terceiro que sobrar porque não vejo necessidade de subir aqui, especialmente por Ruggs. Sendo ele a escolha, será interessante vê-lo de laranja com o forte braço de Drew Lock: a principal virtude do prospecto de Alabama é a velocidade. 

16- Atlanta Falcons: Javon Kinlaw, iDL, South Carolina
Necessidades: CB, iDL, EDGE

Há três necessidades aqui e todas são na defesa – natural, o time tem 239 jogadores do ataque que já foram escolhas de primeira rodada no Draft. O melhor prospecto disponível em meu board é Javon Kinlaw, que reforça o pass rush de Atlanta pelo miolo da linha e que poderá ajudar (e muito) o sólido Grady Jarrett na função. 

17- Tampa Bay Buccaneers via Dallas: Justin Jefferson, WR, LSU
Necessidades: OT, RB, iDL

Não é uma necessidade do time, mas para além de Mike Evans e Chris Godwin (que têm histórico de lesão, ambos), não há muitas alternativas no corpo de wide receivers. Os Buccaneers poderiam dar um slot para Tom Brady e Justin Jefferson é o nome para isso. Sua rota slant é fatal e Brady deve usar e abusar desse expediente no meio do campo. 

18- TROCA! Green Bay Packers via Miami: Jalen Reagor, WR, TCU
Necessidades: WR, LB, TE

Com a saída de Justin Jefferson na escolha anterior, deve começar uma caçada aos wide receivers e Green Bay não pode ficar esperando na escolha 30 como se nada estivesse acontecendo. Ao mesmo tempo, os Dolphins não têm muitos offensive tackles de alto nível ainda disponíveis, então ficam felizes em descer. Jalen Reagor é rápido e um playmaker que pode ajudar bastante o ataque dos Packers, que no corpo de recebedores não conta com titulares de calibre para além de Davante Adams. 

19- Las Vegas Raiders: CJ Henderson, CB, Florida
Necessidades: WR, CB, S

Secundária em Las Vegas é problema na posição de cornerback. Fiquei tentado a um safety aqui com Grant Delpit caindo, mas os Raiders já investiram em veteranos para o setor. Então vamos de cornerback com o atlético C.J Henderson que tem tudo para ser o segundo cornerback escolhido na vida real e que dificilmente deve ter a queda que coloquei aqui. 

20- Jacksonville Jaguars: Derrick Brown, iDL, Auburn
Necessidades: iDL, EDGE, WR, CB

Os Jaguars sofreram várias perdas defensivas nas últimas temporadas e o miolo da linha defensiva preocupa. Derrick Brown dificilmente deve cair tão longe, mas aqui na simulação cai porque eu, pessoalmente, não sou tão fã de seu estilo de iDL pesado e não tão apto para o pass rush para além do bull rush. De toda forma, os Jaguars agradecem. 

21- Philadelphia Eagles: Brandon Aiyuk, WR, Arizona State
Necessidades: WR, DB, LB

Num mundo mágico, teríamos DeSean Jackson em profundidade, Alshon Jeffery como flanker e todo mundo saudável. Não foi o que aconteceu ano passado. Aiyuk é uma arma interessante em profundidade e sólido em jardas após a recepção – vai ajudar muito em profundidade de talento para os Eagles. 

22- Minnesota Vikings: Tee Higgins, WR, Clemson
Necessidades: WR, CB, iOL

Após a saída de Stefon Diggs, via troca, precisamos de uma peça de reposição. Vou com Higgins, jogador de boa envergadura e trabalho em bolas contestadas. É meu melhor wide receiver disponível. 

23- New England Patriots: Grant Delpit, S, LSU
Necessidades: QB, TE, WR

Não vamos de quarterback aqui – mas, dadas as necessidades dos Patriots, vamos de melhor jogador disponível. Raramente as equipes optam pela abordagem de reforçar o que já é bom, mas dada a força da defesa de New England, talvez Bill Belichick queira deixar a secundária ainda mais forte – ao mesmo tempo que antevê a reposição de Devin McCourty, que terá 33 anos durante a temporada 2020. Delpit tem seus problemas em tackle, mas se bem lapidado ao estilo Do You Job, pode maximizar suas habilidades. 

24- New Orleans Saints: Denzel Mims, WR, Baylor.
Necessidades: LB, WR, OL

A maior necessidade é linebacker mas não julgo que nenhum dos disponíveis sejam dignos de primeira rodada. Então, vamos reforçar o que já é bom. Com Michael Thomas e o recém-chegado Emmanuel Sanders o setor vai bem, mas toda ajuda no potencial último ano de Drew Brees é interessante. Denzel Mims é um recebedor com velocidade e pode ser alternativa para os Saints em profundidade. 

25- Minnesota Vikings: Jaylon Johnson, CB, Utah.
Necessidades: WR, CB, iOL

O corpo de cornerbacks dos Vikings silenciosamente foi ficando deteriorado nas últimas temporadas e beira o desespero.  No momento, o time tem duas apostas no setor: Nate Meadors e Mike Hughes. O primeiro não foi draftado e o segundo, escolha de primeira rodada em 2018, tem suas inconsistências e apanha de wide receivers mais físicos. Ajuda para o setor é necessária, até porque na secundária a equipe tem uma das melhores duplas de safeties da NFL em Anthony Harris e Harrison Smith. Com dois bons safeties, o time pode arriscar num cornerback agressivo – é o caso de Johnson. 

26- Detroit Lions via Miami: Curtis Weaver, EDGE, Boise State
Necessidades: CB, DL, iOL

Um dos jogadores mais subestimados da classe de EDGEs, Weaver aparece atrás de Yetur Gross-Matos e AJ Epenesa talvez porque jogou em uma escola com menos fama, Boise State – Gross-Matos e Epenesa jogaram em escolas da Big Ten, conferência com maior exposição nacional. Gosto de seu trabalho na primeira passada, agressividade e contorno de arco. Pode ser uma boa para os Lions, que precisam ajudar Trey Flowers – que não é um “artista nato” de sacks. 

27- Seattle Seahawks: Neville Gallimore, iDL, Oklahoma 
Necessidades: EDGE, OT, WR

A maior chance aqui é de Seattle descendo e acumulando escolhas como geralmente faz. O meio da linha defensiva precisa de ajuda mesmo que Poona Ford e Jarran Reed até façam um trabalho digno. De toda forma, o teto de Neville Gallimore é pra lá de interessante no pass rush e os Seahawks podem pensar com carinho em replicar a fórmula da primeira metade da década passada, quando tinha muitos jogadores no setor para uma rotação descansada e agressiva que indiretamente ajudava a Legion of Boom. Prefiro isso a apostar em algum EDGE que não tem valor de primeira rodada tal como o time fez ano passado. 

28- Baltimore Ravens: Jonah Jackson, iOL, Ohio State
Necessidades: WR, EDGE, LB

A aposentadoria do excelente e futuro hall of famer Marshal Yanda acabou deixando uma lacuna no meio da linha. Jonah é um jogador inteligente e o melhor da classe entre os iOLs. Refinado com as mãos, tem o atleticismo para ajudar no jogo terrestre e num ataque com Lamar Jackson & Amigos, isso é pra lá de importante. 

29- Tennessee Titans: Bryce Hall, CB, Virginia
Necessidades: EDGE, RB, CB

Logan Ryan não renovou contrato e Malcolm Butler não vem jogando no nível de seu início de trajetória em New England, inclusive tendo perdido parte da temporada passada com lesão no punho. Jogador de instintos apurados, acabou perdendo valor para o Draft deste ano depois de se machucar no início da temporada passada – então, pode ser uma barganha aqui. 

30- Miami Dolphins via Green Bay: Antoine Winfield Jr, S, Minnesota
Necessidades: QB, OT, S

Miami sabe que haverá algum sólido safety disponível aqui, então, seria interessante descer. Filho de excelente ex-CB da NFL, Antoine Winfield Jr tem o “faro” da bola e poderia ser um playmaker agressivo e pra lá de interessante para os Dolphins – ainda mais porque a dupla de cornerbacks promete e dá segurança com a chegada de Byron Jones e Xavien Howard do outro lado. O time ainda poderia subir para o topo da segunda rodada por Josh Jones ou algum outro offensive tackle, dado que estará bem estocado aqui. 

31- TROCA! Indianapolis Colts via San Francisco: Jordan Love, QB, Utah State
Necessidades: WR, CB, QB

Jordan Love tem o físico, o braço forte e outras intangíveis – mas falta lapidação no processamento mental do jogo. Um ano de banco atrás de Philip Rivers pode fazer com que a excelente comissão técnica dos Colts possa lapidar esse ponto, bem como questões de mecânicas de lançamento. Rivers tem contrato de apenas um ano, lembrando. 

32- TROCA! Atlanta Falcons via Kansas City Chiefs: AJ Epenesa, EDGE, Iowa
Necessidades: CB, iDL, EDGE

Os Falcons precisam de ajuda no setor e já subiram para o final da primeira rodada no ano passado na busca por reforço de linha ofensiva. Agora o fazem para o outro lado da bola. Epenesa teve 2019 decepcionante se pensarmos que ele brigava com Chase Young pela empolgação de melhor da classe. O atleticismo deixa a desejar e no Combine os números não foram dos melhores. Mas com ajuda ao seu lado e contando com bom trabalho técnico, disciplina no jogo terrestre e leitura de jogo, pode render frutos aos Falcons.

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Curti: Draft Simulado 2.0 (o que eu faria como general manager)

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