Será que a CBF e as entidades esportivas do nosso país estão se preparando para tratar suas futuras atletas com o respeito que elas merecem?
O que está acontecendo com a Seleção Brasileira Feminina de Futebol e minha opinião sobre esse momento.
Um breve resumo dos últimos acontecimentos:
Com apenas 10 meses de trabalho, Emily Lima, a primeira mulher a assumir a seleção feminina de futebol, foi demitida.
Emily disputou apenas 13 jogos, sendo sete vitórias, um empate e cino derrotas.
Ainda na Austrália, quando a seleção estava disputando amistosos, as jogadoras se reuniram com a diretoria, pedindo a permanência de Emily, argumentando que apesar dos recentes resultados, a comissão técnica estava fazendo um bom trabalho.
Quer saber mais? Veja o post de Juliana Cabral, aqui mesmo, no espnW.
E mesmo assim, o pedido das atletas foi em vão. Como uma forma de protesto, depois da demissão de Emily, cinco atletas já se aposentaram da seleção. E é claro que temos que nos lamentar por isso.
Mas a atitude dessas cinco atletas merece muitas palmas.
Obrigada Cristiane, Rosana, Fran, Andreia Rosa e Maurine. Não só agradeço pelo o que vocês fizeram, vestindo a camisa de nossa seleção, como eu sei que tudo isso que estão fazendo é porque estão pensando em nosso futuro.
No futuro de meninas como eu, que amam futebol e sonham em, além de um dia vestir essa camisa que vocês vestiram, poder ver o crescimento do futebol feminino no Brasil, com mais visibilidade, maior investimento e, claro, mais preocupação.
Não é, Confederação Brasileira de Futebol (CBF)?
Eu sei, futebol funciona com resultados. Mas ela só teve 10 meses de trabalho. E por isso, andei me perguntando: se as atletas pediram para Emily ficar porque acreditavam que, com ela, poderiam alcançar voos mais altos, porque ela foi demitida?
Foi então que eu vi o vídeo da Cristiane. E pensei: seria porque ela trabalhava demais? Ou porque ela dava muita importância para o futebol feminino? Acho que deve ter questões aí por trás, que não se falam abertamente. E mais questionamentos me passam pela cabeça.
Apesar da saída dessas atletas, outras preferiram ficar e continuar lutando lá dentro da seleção. Há pouco tempo, escrevi um texto aqui para o espnW chamado a 'União faz a força'. E é isso mesmo. Ao meu ver, se queremos conquistar algo, precisamos todos trabalhar juntos. Acho que a CBF só vai ouvir o que as atletas pedem se outras mais se posicionarem. Não dá mais para ficar de braços cruzados. Todas tem que se manifestar.
E não pode ser só neste momento não. Tem que ser constantemente, tem que ter reivindicação por mais investimentos, visibilidade, infraestrutura, melhor remuneração. Já passou da hora de tirar as leis do papel e por em prática. Eu quero muito ser jogadora profissional e representar o Brasil, mas será que a CBF e as entidades esportivas do nosso País estão se preparando para tratar suas futuras atletas com o respeito que elas merecem?
Será que a CBF e as entidades esportivas do nosso país estão se preparando para tratar suas futuras atletas com o respeito que elas merecem?
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