Os dilemas do Bahia para encarar 'decisão' contra o Palmeiras
O evidente crescimento técnico e tático do Bahia após a chegada de Enderson Moreira, que começou a colocar em prática os seus conceitos de jogo, ainda não havia sido premiado com um triunfo. Curioso perceber que, mesmo com a invencibilidade de sete jogos antes de enfrentar o América-MG, no último sábado, o tricolor vinha de quatro empates consecutivos. O desempenho ainda não havia gerado um resultado que valesse três pontos, e ele veio justamente antes da partida mais importante da temporada.
Não que o Bahia tenha feito um jogo brilhante contra os mineiros. Longe disso. Enderson, após o jogo na Arena Fonte Nova, falou em “superação” e em “acertar mais”, o que indica que o resultado era o mais importante. O Bahia se afastou da zona do rebaixamento, quebrou uma sequência sem triunfos e ganhou ainda mais confiança para enfrentar o Palmeiras, pela Copa do Brasil, nessa quinta-feira.
Para chegar às semifinais, Enderson Moreira terá que acertar um setor que ainda está abaixo dos demais: a defesa. Na sequência de oito jogos sem derrota, o Bahia sofreu gols em cinco. Se passar zerado contra o Palmeiras, no mínimo levará o confronto para os pênaltis. A expectativa é ver o time marcando em bloco baixo, aproximando os volantes dos zagueiros e prendendo os laterais, assim como fez contra o Fluminense, semana passada, no Maracanã. O Bahia não sabe jogar por uma bola, mas também sabe que pode decidir a partida nas penalidades. Se ousar ter a posse, como normalmente gosta de fazer, terá que buscar o controle absoluto do confronto. O ataque, que nos últimos oito jogos marcou 12 gols, depende da posse para poder funcionar – não é tão adepto ao jogo de ligações diretas.
O jogo contra o Palmeiras deve estar fazendo da cabeça de Enderson um trevo. Manter suas convicções e buscar o jogo de posse de bola no campo do adversário, ou tentar marcar atrás, funcionando como um time reativo? Tudo isso contra uma equipe que não sofre gols há cinco partidas e marcou 11 gols nos últimos cinco jogos como mandante. O fato é que, se acertar no plano tático, o técnico do Bahia ficará a um passo de entrar para a história do clube em tão pouco tempo.
Fonte: Elton Serra, blogueiro do ESPN.com.br
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