Os Doze Trapalhões não merecem ajuda. Agora, nova Champions precisa de ajustes

Leonardo Bertozzi

Uma das mais interessantes histórias de bastidores envolvendo o fiasco da Superliga europeia foi contada pelo jornalista Raphael Honigstein, do site The Athletic, em seu Twitter.

Honigstein relata que, conversando com um dirigente de clube alemão, apontava que os doze superclubes envolvidos no projeto deviam ter ótimas ideias para superar os obstáculos que encontrariam, já que suas reputações estariam em jogo.

Ouviu a seguinte resposta: "Nunca subestime a incompetência das pessoas".

Cada novo detalhe que surge sobre as 48 horas que provocaram um terremoto no futebol europeu evidencia a incapacidade dos envolvidos em tratar a ideia com inteligência e racionalidade. 

Vaidades, temores e traições foram expostas e deixaram ridicularizados alguns dos homens mais ricos e poderosos do esporte.

Matéria assinada por Tariq Panja e Rory Smith no New York Times conta que, dois dias antes do comunicado oficial, os responsáveis por tocar a Superliga nem tinham a assinatura dos doze clubes que fariam parte.

Na quarta-feira, só havia sete times comprometidos. Chelsea e Manchester City souberam na sexta e tinham um dia para se decidirem. Fizeram isso sem muita convicção - o que torna nada surpreendente o fato de também terem sido os primeiros a pular fora.

Bertozzi ironiza declaração do 'filantropo' Florentino Pérez: 'Vou passar o Pix do Real Madrid para quem quiser doar'

Tudo isso enquanto Andrea Agnelli, o presidente da Juventus, era desmascarado como agente duplo. Conspirava para a Superliga enquanto presidente da Associação Europeia de Clubes (ECA), responsável por discutir os interesses de mais de 200 times do continente.

O presidente da Uefa Aleksander Ceferin, antes amigo de Agnelli a ponto de ser padrinho de sua filha, soube dos planos da Superliga, o procurou para confirmar a informação e ouviu que se tratava apenas de boato.

Quando Ceferin discutiu com Agnelli a divulgação de um comunicado para desmentir a notícia, o italiano simplesmente deixou de responder às tentativas de contato.

Foi Agnelli o responsável pela ansiedade por soltar a bomba da Superliga antes que a Uefa anunciasse, na manhã de segunda-feira, o novo formato da Champions. A notícia vazou, e a Uefa teve tempo de se manifestar condenando a iniciativa enquanto ela ainda não era oficial.

Depois da já histórica entrevista de Florentino Pérez ao programa El Chiringuito, o destino já estava selado. Bastou a primeira deserção para cair o castelo de cartas.

Jornalista da BBC diz que Chelsea prepara solicitação para sair da Superliga; Bertozzi explica

Nem todos estavam na mesma página, nem todos tinham a mesma convicção. Agora os Doze Trapalhões são motivo de piada para a comunidade do futebol. 

Mais do que isso, Agnelli pode até ser retirado da presidência da Juventus, por ter tornado a si mesmo - e por consequência, ao clube - um pária político.

Ao contrário das ocasiões em que as ameaças dos superclubes resultavam em reformas significativas no formato das competições, desta vez elas já estavam conquistadas em grande parte.

A fórmula de disputa da Champions a partir da temporada 2024/25 era exatamente o que havia sido aprovado com a colaboração e anuência da ECA.

Mas, agora, o equilíbrio de poder mudou. Os Doze Trapalhões se isolaram e vão demorar para recuperar um lugar de prestígio à mesa. Ele será ocupado por quem ficou ao lado da Uefa, como Paris Saint-Germain e Bayern. Como os ingleses lideraram a destruição interna do projeto, talvez sejam vistos com alguma benevolência. Mas pode levar tempo.

Nasser Al-Khelaifi, o presidente do PSG, agora é o presidente da ECA, em substituição a Agnelli. Por ter se negado a fazer parte da Superliga, o dirigente (que comanda um grupo de mídia que compra direitos de TV da Uefa) ganhou prestígio não apenas com a entidade, mas com o grande bloco de clubes que agora representa.

Entramos, então, em outra questão: se o modelo aprovado da Champions era o desejado pelos superclubes, mas neste momento eles estão politicamente fragilizados pela própria incompetência, não seria o caso de rever questões importantes?

O modelo de disputa é confuso - 36 times, sem grupos, jogando cada um contra dez adversários diferentes, com tabela ponderada pelo ranking para que todos tenham um calendário de dificuldade semelhante. Os oito melhores avançam diretamente às oitavas, os times que terminam entre 9º e 24º jogam uma fase intermediária em mata-mata.

Uma maratona de 180 jogos para eliminar apenas doze equipes.

Das quatro novas vagas diretas, apenas uma vai para um campeão nacional, classificado das fases preliminares. Outra é do terceiro colocado da quinta melhor liga pelo ranking (França), e as duas restantes ficam reservadas a times com os melhores coeficientes (desempenho nas competições europeias por cinco temporadas) entre os classificados para algum dos torneios continentais.

Para explicar melhor: se já estivesse em vigor para esta temporada, Tottenham e Arsenal seriam os beneficiados e poderiam jogar a Champions em vez da  Europa League.

O modelo, que serve como uma rede de segurança para equipes importantes que tenham uma temporada ruim, rompe com a lógica de que toda classificação para a Champions se conquista nas ligas nacionais, desde sempre um pilar da competição.

Por que a Uefa, que falou abertamente em traição, deveria manter o compromisso assumido? O próprio comunicado que detalha as mudanças admite que ainda é possível fazer ajustes, com as discussões acontecendo até o final deste ano.

Dificilmente se mexerá no número previsto de rodadas, pois o valor dos direitos de televisão está diretamente ligado à entrega de jogos, mas transformar as vagas por coeficiente em mais duas vagas para campeões nacionais passaria uma mensagem importante, além de recompensar quem nunca tentou descer do barco por egoísmo.

Seria um justo castigo a quem conseguiu a façanha de apresentar um projeto rejeitado até pelos próprios torcedores e implodi-lo em dois dias.

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Humilhação e desonra. Superliga foi sem nunca ter sido

Leonardo Bertozzi

O fato de que nunca rolará uma bola pela Superliga Europeia só deve surpreender os menos familiarizados com a dinâmica do futebol europeu nas últimas três décadas. As principais mudanças nas competições continentais aconteceram através de ameaças e chantagens dos grandes clubes, cientes da importância que têm para a valorização dos torneios e interesse do grande público.

Desta vez, porém, as coisas não saíram exatamente como os superclubes esperavam. O fiasco que fez com que a Superliga sobrevivesse por pouco mais de 48 horas, entre o comunicado oficial e a saída completa dos seis ingleses envolvidos, deixa seus organizadores com cara de tolos.

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Não é que eles saiam sem contrapartidas - boa parte das polêmicas reformas promovidas pela Uefa já havia sido acertada antes com os clubes e atendia seus interesses, como o aumento de jogos da Champions League a partir de 2024 e a garantia de duas vagas por coeficiente, o que praticamente impede que um time gigante fique de fora em um ano ruim.

Mas, desta vez, a urgência por mais dinheiro fez com que achassem que valeria a pena tentar esticar a corda ao máximo nas ameaças. Abraçaram uma promessa de bilhões, sem qualquer garantia prévia de contratos televisivos e comerciais - ou alguém acredita que eles ganhariam dinheiro de presente do banco investidor?

Os clubes da Superliga já imaginavam que haveria reações adversas, mas que o tempo trataria de fazer a poeira abaixar, e não restaria às instituições outra alternativa além de sentar à mesa e ouvir suas demandas.

Só não teve poeira: teve uma tempestade.

Klopp e Guardiola, técnicos de times envolvidos, reiterando a oposição ao torneio.

Delegação do Liverpool xingada na chegada ao campo do Leeds - e no dia seguinte os próprios jogadores do Reds repudiando em conjunto a ideia da Superliga.

Torcida do Chelsea em massa na porta do estádio para protestar contra o envolvimento do próprio clube e comemorando como um gol ao saber dos planos de desistência.

Mobilização de liga, federação, governo e até a família real na Inglaterra por uma reação enérgica, podendo envolver até criação de leis.

A arrogante entrevista de Florentino Pérez na noite de segunda-feira confirmou-se como uma grande piada, com mentiras evidentes, como a declaração de que o Paris Saint-Germain nunca havia sido procurado.

Obviamente foi não apenas procurado, mas também pressionado nos bastidores a fazer parte. Mas o PSG e seus donos têm interesses muito mais convergentes aos da Uefa, e agora tem ainda mais força política dentro da entidade.

Porque não se trata de apresentar a disputa como uma batalha maniqueísta do bem contra o mal. As organizações do futebol têm seus problemas e escândalos, e a fiscalização da comunidade do futebol precisa ser constante e vigilante, porque seus comandantes são eleitos para defender o interesse de todos, do grande ao pequeno.

Florentino Pérez é o presidente da Superliga
Florentino Pérez é o presidente da Superliga Getty Images

Mas os superclubes precisavam saber que não são os únicos poderosos, e podem ser confrontados por jogadores, técnicos, torcedores e instituições.

A Uefa sabe que precisa deles, e o discurso do presidente Ceferin aos ingleses, quando dizia que "tudo bem admitir um erro", mostra isso. Mas eles não chegarão olhando de cima para baixo e terão de admitir que o trabalho é conjunto.

Hoje, seus representantes estão humilhados e se desculpando, como fez o dono do Liverpool, John Henry, em um vídeo publicado na manhã desta quarta. Andrea Agnelli, presidente da Juventus, acusado de traição, ficou com o filme queimado até com seus pares.

Sobrou para Florentino afundar junto com o barco e ouvir seus bajuladores jurando que ele venceu.

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Quem acredita na Superliga como a salvação do futebol?

Leonardo Bertozzi

A entrevista de Florentino Pérez ao programa El Chiringuito nas primeiras horas desta terça-feira (20), se vista por um desavisado, seria a apresentação de um visionário verdadeiramente preocupado com a comunidade do futebol. 

O presidente do Real Madrid, e da recém-fundada Superliga, foi capaz de apresentar a proposta da nova competição como a salvação do futebol, a única possibilidade de impedir os clubes modestos de quebrarem.

Ruptura, negociação e mais: Bertozzi analisa Superliga e fala sobre interesses da iniciativa; assista


Para ele, criar uma liga fechada em que se repetem os confrontos dos mesmos times independentemente do que façam no campo é a maneira mais prática de gerar bilhões - mas fiquem tranquilos, que uma vez gerados, eles serão distribuídos para os outros também.

É claro que nem ele acredita nisso, mas é capaz de falar com a convicção de quem precisa ser visto como o líder de um movimento antissistema, como se o real escopo da panelinha revelada no domingo fosse desafiar o poder das instituições do futebol.

Incrivelmente, há quem seja capaz de comprar este discurso.

O desejo dos clubes de controlar o negócio é legítimo, e todos sabem que não há santo de nenhum lado da disputa. Mas se houvesse real preocupação com a essência do esporte, a iniciativa manteria as portas abertas para todos que tivessem mérito suficiente no campo.

Mas ninguém quer a Atalanta por perto, certo, Andrea Agnelli?

Florentino Pérez durante um jogo do Real Madrid
Florentino Pérez durante um jogo do Real Madrid Getty Images


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Lionel Messi e a 'nostalgia do presente'

Leonardo Bertozzi
Messi com o troféu da Copa do Rei
Messi com o troféu da Copa do Rei Getty Images

"Uma nostalgia do presente cada vez que joga Messi".

A citação feita pelo colega Pedro Barata resume de forma simples e objetiva a mistura de sensações provocada pela visão de Lionel Messi em campo hoje. 

A participação do argentino na goleada de 4 a 0 do Barcelona sobre o Athletic na final da Copa do Rei deixa um sentimento ambíguo: o prazer de testemunhar seus feitos e a consciência de que, a cada dia que passa, estamos mais perto do fim de sua história nos campos.

Cabe aos amantes de futebol não perder nenhuma oportunidade de testemunhar a história. Momentos como o de hoje, que marcou sua 35ª conquista como jogador do Barcelona, a primeira como capitão. 

São 31 gols em 34 finais. São treze temporadas consecutivas marcando 30 gols ou mais.

Joan Laporta conseguirá convencê-lo a permanecer? O título foi apresentado pelo clube em suas redes como o início de uma "nova era", mas é fundamental para o presidente recém-empossado que Messi faça parte dela, com tudo que representa.

Seja ou não no Barça, Messi tem mais alguns anos pela frente.

Não perca a chance de ver cada minuto. Não vai durar para sempre.

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Revanches e reencontros na reta final da Champions League

Leonardo Bertozzi

Traumas recentes e feridas abertas. O sorteio das quartas de finalsorteio das quartas de final da Champions League projeta reencontros de finais recentes. O Paris Saint-Germain volta a duelar contra o Bayern de Munique, meses após ver frustrada na final de Lisboa a tentativa de um título inédito. Também está bem viva na memória a conquista do tri do Real Madrid contra o Liverpool em 2017/2018, marcado pelo duelo Sergio Ramos x Salah e os erros do goleiro Karius.

Três dos quatro técnicos envolvidos nestas decisões são os mesmos - Zidane chegou a deixar o Real Madrid, mas retornou. Já o PSG tem Mauricio Pochettino, que também não seria um novato em finais, pois estava à frente do Tottenham que perdeu para o Liverpool de Jürgen Klopp em 2018/2019. Thomas Tuchel, finalista de 2019/2020 com o time francês, agora comanda o Chelsea, no qual sustenta o maior início invicto de um técnico na história do clube.

O lado da chave que tem Liverpool, Real Madrid, Chelsea e Porto reúne equipes que têm na Champions sua maior esperança da temporada. Os dois ingleses só enxergam o Manchester City de binóculo na Premier League, enquanto o time português está dez pontos atrás do Sporting em sua liga. O gigante espanhol e 13 vezes campeão da disputa europeia é apenas o terceiro em LaLiga, seis pontos atrás do Atlético de Madrid, com o qual não tem mais confronto direto.

Veja como Neymar reagiu à derrota para o Bayern na última Champions


City de Guardiola à frente

O City de Pep Guardiola apresenta hoje o melhor futebol entre os oito classificados. O técnico sabe que, mesmo construindo um domínio doméstico - está perto do terceiro título de liga em quatro anos, além das copas já vencidas -, muito do julgamento sobre sua história no clube passará pelos resultados na Champions. Depois de eliminações decepcionantes nos últimos anos, o Borussia Dortmund oferecerá um bom desafio, especialmente na figura de Erling Haaland.

Filho de um ex-jogador do Manchester City, o norueguês fará um duelo contra uma das defesas mais seguras da Europa e que ajudou o time de Guardiola a vencer 24 dos últimos 25 jogos por todas as competições. Para muitos, um jogador das características de Haaland é a figura que falta ao City para dar o último salto de qualidade.

Vinícius Jr. fez lance surreal e quase anotou gol histórico pelo Real Madrid na Champions League; assista


PSG superar o Bayern não é missão impossível

O Bayern que encara o PSG continua sendo um dos favoritos, mas defensivamente deixa dúvidas que podem ser respondidas por Neymar e Mbappé, dado que estejam saudáveis. O sorteio não foi generoso com o time de Pochettino, mas está longe de ser uma missão impossível.

O Real Madrid terá, entre os dois confrontos contra o Liverpool, o El Clásico diante do Barcelona por LaLiga. Uma semana que pode impulsionar a reta final da temporada merengue ou acabar com ela na prática. Promete ser uma disputa interessante no meio-campo, com o trio Casemiro-Kroos-Modric capaz de crescer nos momentos importantes, enquanto o Liverpool espera o melhor de Thiago Alcântara, um dos melhores pelo Bayern na reta final da última temporada. Contar com Fabinho no setor potencializa o colega e jogador da seleção espanhola.

Ao Chelsea, cabe não subestimar o Porto, que já derrubou a Juventus e na fase de grupos conseguiu segurar um empate contra o Manchester City. Sérgio Conceição é um técnico à altura de seus pares europeus e fará de tudo para dificultar a vida de Tuchel.

Quando se chega a esta fase da Champions, não existem mais zebras.

Bolas da Champions League 2020/2021. Final será em 29 de maio, em Istambul, na Turquia
Bolas da Champions League 2020/2021. Final será em 29 de maio, em Istambul, na Turquia Getty Images
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Entenda o 'sistema suíço' que deve revolucionar o formato da Champions

Leonardo Bertozzi

A história é antiga. Os clubes mais fortes da Europa se convencem de que precisam se enfrentar mais vezes para gerar ainda mais dinheiro. Se antes da pandemia a busca por formatos ainda mais lucrativos que o da atual Champions League já gerava amplos debates, os impactos dos estádios vazios tornaram a busca por novas receitas uma necessidade.

A discussão sobre a formação de uma "superliga" independente vem desde o século passado. Normalmente, ela é usada como barganha para alcançar as reformas na Champions. Foi assim que a competição passou pela reforma que a transformou num colosso a partir da metade dos anos 90, deixando de contar apenas com campeões nacionais e assim transformando os gigantes do continente em participantes perenes.

O fato de a superliga nunca ter passado de ameaça não significa que as entidades que regulam o futebol não a considerem um risco a evitar. Vendo clubes como Barcelona e Real Madrid se engajando ativamente no planejamento, Fifa e Uefa contragolpearam e lembraram que qualquer competição organizada sem suas chancelas seria considerada "pirata", com consequências como a exclusão dos atletas envolvidos da Copa do Mundo.

Bayern de Munique é o atual campeão da Uefa Champions League
Bayern de Munique é o atual campeão da Uefa Champions League Getty

Em 2019, uma proposta de mudança radical na Champions revoltou as ligas nacionais: um número pequeno de participantes seria determinado pelo resultado dos campeonatos, com um sistema de acesso e descenso entre as competições europeias prevalecendo. Além disso, havia a ideia de realizar jogos (além da final) aos fins de semana, atacando diretamente o espaço que hoje é das ligas.

A reação foi tão forte que fez com que as conversas voltassem à estaca zero.

Uma proposta que ganhou corpo e parece caminhar para um consenso envolve a adaptação de formato conhecido em competições de xadrez e e-sports: o "sistema suíço". É uma maneira de realizar torneios com grande número de participantes sem eliminar boa parte deles logo de cara. Não há divisão de grupos e nem todos se enfrentam, mas todos fazem o mesmo número de partidas, com os confrontos se definindo pela campanha dos participantes até o momento. Exemplo: vencedores da primeira rodada se enfrentam na segunda, assim como os perdedores.

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Como seria na Champions? A ideia da Uefa é ter um grupo de 36 equipes, com dez rodadas - quatro a mais que a atual fase de grupos, portanto. A tabela não se definiria após cada rodada, mas seria previamente desenhada com base no ranqueamento - o coeficiente que hoje é usado para a formação dos potes no sorteio, que considera os resultados nas competições europeias ao longo de um período de cinco anos.

Estabelecida a divisão de forças, a tabela garantiria a times do mesmo nível caminhos de dificuldades semelhantes.

E como se definiria a classificação? Sem divisão de grupos, seria uma grande tabela do 1º ao 36º colocado, com os oito melhores avançando diretamente às oitavas-de-final. Os times que terminam entre 9º e 24º lugar jogam uma fase eliminatória intermediária, definindo os outros oito classificados.

O modelo foi apresentado formalmente à associação das ligas europeias nesta sexta-feira, e a resposta pode se considerar positiva. Em nota, a European Leagues diz que o sistema suíço é uma "melhora" em relação às propostas mais radicais de antes, apesar de apontar preocupação com o aumento no número de datas e com o impacto causado no desequilíbrio esportivo dos campeonatos nacionais.

Como o ano continuará tendo doze meses, as novas datas não vão surgir do nada, e será necessário discutir ideias como mudanças de formato nas copas nacionais para reduzir o impacto no calendário. Mas as ligas compreendem, neste momento, que é melhor ceder um pouco a partir para uma ruptura.

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Premier League cosmopolita, Itália 'caseira' e Brasil quase ausente: um olhar para as nacionalidades dos técnicos nas grandes ligas da Europa

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

Se o jogador brasileiro é figurinha carimbada nas cinco principais ligas da Europa, o mesmo não pode se dizer dos treinadores. A falta de prestígio é escancarada por um estudo que mostra a diversidade das nacionalidades dos técnicos nestes campeonatos ao longo da última década.

levantamento conduzido por Vyom Chaudhary, do RunRepeat, aponta apenas três passagens de brasileiros: uma na Serie A italiana (Leonardo, na Internazionale) e duas na Ligue 1 francesa (Ricardo Gomes, no Bordeaux, e Sylvinho, no Lyon). Nenhum deles chegou a completar um ano no cargo, e apenas Ricardo tinha trabalho prévio no Brasil.

Sylvinho, no comando do Lyon em jogo da Uefa Champions League
Sylvinho, no comando do Lyon em jogo da Uefa Champions League Getty

O estudo considerou 877 trabalhos de técnicos e um total de 18.260 jogos nos campeonatos de Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha e França entre 2010 e 2020.

A liga que teve menos variedade nos passaportes dos comandantes foi a Serie A, com 12 nacionalidades diferentes, enquanto a Premier League foi a mais diversa, com 22.

Olhando os números por outro ângulo, os italianos são os que mais se apegam aos técnicos domésticos: foram 78 profissionais diferentes dirigindo 87% dos jogos no período, em 195 passagens. Em média, cada técnico italiano teve 2,5 trabalhos na Serie A na década.

O segundo país mais representado é a Sérvia (3,4%), com Sinisa Mihajlovic, atualmente no Bologna, respondendo por todas as partidas. Com histórico de jogador no país, o ex-defensor dirigiu cinco equipes diferentes.

Na Inglaterra, apenas 29 treinadores locais trabalharam na primeira divisão, em 48 passagens, totalizando 27% dos confrontos.

Frank Lampard, no Chelsea, é um raro caso de técnico inglês numa equipe de ponta da Premier League - e sua posição é dada como incerta pelos jornalistas locais. Não por acaso a última conquista de um treinador local no campeonato precede a formação da liga, em 1992: Howard Wilkinson, no Leeds.

O inglês Lampard, do Chelsea, sob os olhares do espanhol Guardiola, do City, na Premier League
O inglês Lampard, do Chelsea, sob os olhares do espanhol Guardiola, do City, na Premier League Getty

A Bundesliga fica bem à frente da Premier League em confiança nos técnicos nacionais, com 68% dos jogos, mas atrás das outras três. Entre os países bem representados estão Suíça (7%), Áustria (6%) e Holanda (6%).

Do ponto de vista brasileiro, o que mais chama a atenção é o fato de os vizinhos sul-americanos terem espaço considerável. Os argentinos trabalharam em quatro das cinco ligas, assim como os uruguaios. Número maior, por exemplo, que o dos ingleses, que não trabalharam na Serie A ou na Ligue 1, e igual ao de Alemanha, Holanda e Portugal.

Na primeira divisão espanhola, os argentinos respondem por 44,6% dos jogos comandados por técnicos de fora do país e 12% do total - outros 14 países somam 15%. Diego Simeone, sozinho, responde por 326 jogos no período, ou 4,3% do total. Outros 14 argentinos trabalharam em LaLiga na década. 

Números que os brasileiros não parecem ser capazes de alcançar tão cedo.

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Na Premier League, técnico se segura mesmo com recorde negativo. Compensa?

Leonardo Bertozzi
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Técnico e torcedor do Sheffield United, Chris Wilder
Técnico e torcedor do Sheffield United, Chris Wilder Getty Images

Ao menos até esta sexta-feira, 18 de dezembro de 2020, Chris Wilder permanece como técnico do Sheffield United - mesmo tendo registrado a pior campanha nos primeiros 13 jogos de um campeonato da primeira divisão inglesa em todos os tempos. Não da era Premier League. De todos os tempos. Desde o século XIX. 

Os Blades, que surpreenderam na última temporada e chegaram a sonhar com uma vaga em competição europeia, somaram apenas um ponto dos 39 possíveis. A derrota por 3 a 2 para o Manchester United, quinta-feira, foi a oitava consecutiva na liga.

Nesta sexta, em entrevista coletiva, Wilder afirmou que só pediria demissão se entendesse que era a melhor decisão para o clube. É difícil imaginar um cenário semelhante em outras ligas. A demissão de Slaven Bilic do West Bromwich foi a primeira da temporada.

Estudo assinado por Vyom Chaudhary no site RunRepeat atestou que a Inglaterra oferece aos seus técnicos a maior estabilidade entre as cinco grandes ligas da Europa. 

Entre 2010 e 2020, o período médio de permanência de técnicos em clubes da Premier League é de 69,4 rodadas, contra 58,2 na França, 45,5 na Alemanha, 39,6 na Espanha e 35,1 na Itália.

Mas vale a pena para um time ameaçado de rebaixamento mexer no comando? Se olharmos para os dados analisados por Chaudhary, a chance de sucesso é praticamente a de tirar um número par jogando um dado.

Um total de 75,4% das trocas de treinadores da Premier League em dez anos foram em times no último quarto da tabela (ou seja, os cinco últimos). É o maior índice das cinco ligas, sendo que a Bundesliga, com 60%, tem o menor.

As duas compartilham o melhor índice de sucesso, com 51% destas trocas resultando em permanência da equipe na primeira divisão. Quase o mesmo diagnóstico da Ligue 1, com 50%. Na prática, uma de cada duas destas trocas funciona. Já em La Liga (39,7%) e na Serie A (35,5%) tem valido menos a pena mudar.

Um caso em que manter o treinador rendeu dividendos é o do Southampton, que na última temporada chegou a sofrer uma goleada recorde de 9 a 0 para o Leicester e frequentou a zona de rebaixamento na primeira parte da temporada.

O austríaco Ralph Hasenhüttl ganhou um voto de confiança, conseguiu reverter a rota e segurar o time na Premier League com alguma folga. Agora, é o terceiro colocado, com 24 rodadas.


Manter um trabalho condenado ao rebaixamento também pode ser uma estratégia de médio e longo prazo, ou seja, pensando nas chances de um retorno breve. É o que experimenta o Norwich com Daniel Farke. O time caiu sem conseguir ser competitivo na elite, mas lidera a Championship e tem boas possibilidades de um novo acesso.

Pode ser o caso de Wilder?

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Ironia do fracasso: como a queda na Champions deixa Conte mais seguro na Inter

Leonardo Bertozzi

Pode um fracasso esportivo deixar ainda mais segura a posição de um técnico? Se estamos falando de Antonio Conte na Internazionale, sim. Não há como fugir do fato de que a eliminação na fase de grupos da Champions League com o último lugar no grupo, atrás de equipes de faturamento inferior como Borussia Mönchengladbach e Shakhtar Donetsk, é um fiasco. Ao mesmo tempo, hoje a Inter não tem como se permitir uma troca de técnico por questões econômicas.

Conte chegou à Inter para ganhar o maior salário da Serie A, e seria difícil argumentar contra a escolha. Em sua carreira como técnico, construiu o início da hegemonia da Juventus na Serie A, levou uma seleção italiana de elenco limitado a uma boa campanha na Euro 2016, vencendo times mais fortes como Bélgica e Espanha, e chegou à Premier League para dar o título ao Chelsea logo em sua primeira temporada.

São feitos que permitiam relevar características como a tendência a deteriorar relacionamentos e dar entrevistas explosivas. No entanto, em sua passagem pela Inter são estes os fatores a prevalecer. A reta final da Liga Europa na última temporada foi marcada por declarações de insatisfação, que levaram a suspeitas sobre uma possível saída. O presidente Steven Zhang interveio e as partes se acertaram. Talvez a contragosto?

Com um salário líquido de quase 12 milhões de euros por temporada (com o clube, responsável pelos impostos, gastando o dobro bruto), Conte está vinculado à Inter até junho de 2022. Hoje, a Inter ainda arca com o contrato de Luciano Spalletti, demitido em 2019, que recebe 9 milhões anuais. 

Levantamento do site Eurosport estipula que a Inter, se decidisse trocar Conte agora, gastaria mais de 40 milhões até o meio de 2022 - além do salário do nome escolhido para substitui-lo.

Antonio Conte durante partida da Inter de Milão
Antonio Conte durante partida da Inter de Milão Getty Images

A Juventus, ao optar por Andrea Pirlo, não fez apenas uma aposta esportiva, mas uma escolha segura no aspecto financeiro - já que segue pagando o contrato de Maurizio Sarri e não poderia se permitir um grande nome.

A pandemia impactou severamente nos balanços dos clubes, e cair cedo na Champions League significa perder a possibilidade de arrecadar mais dinheiro e mitigar este peso.

A Inter, portanto, terá de se recuperar com Antonio Conte. Suas entrevistas depois do empate sem gols com o Shakhtar tiveram momentos surreais, como reclamações sobre arbitragem e um bate-boca ao vivo na televisão com Fabio Capello, que questionou a falta de um plano B dentro do jogo. 

Meses atrás, a Inter atropelou o Shakhtar na Liga Europa com uma goleada de 5 a 0. Obviamente, a equipe ucraniana foi para os confrontos da Champions com uma estratégia diferente, mais cautelosa, e saiu sem levar gols em 180 minutos. No primeiro jogo é possível dizer que os nerazzurri tiveram bom volume de jogo e esbarraram numa boa atuação do goleiro adversário. Em Milão, no entanto, foi um time ansioso, com poucas ideias, e Conte demorou a fazer mudanças.

O discurso, agora, é de foco total na disputa pela Serie A, que o clube não conquista desde o triplete com José Mourinho, em 2009/10. Qualquer resultado diferente do scudetto deixará um sabor amargo - e pode ser ainda mais se o Milan, com um projeto esportivo voltado a reconstruir para ganhar no futuro, queimar etapas e já levantar o troféu.

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Real Madrid e Manchester United ameaçados! As contas da última rodada da Champions

Leonardo Bertozzi

A última rodada da fase de grupos da Champions League tem potências do continente, como Real Madrid e Manchester United, entrando em campo proibidas de perder se quiserem seguir na competição. Nove equipes já estão classificadas, e as últimas sete vagas para as oitavas-de-final serão definidas entre terça e quarta-feira.

Caso duas ou mais equipes terminem empatadas em pontos, o confronto direto é o primeiro critério de desempate - ou seja, são considerados apenas os jogos entre eles, incluindo gols fora de casa. Os terceiros colocados dos grupos passam às fases eliminatórias da Europa League.

Veja a situação dos grupos e as probabilidades de acordo com o algoritmo "Fivethirtyeight":

GRUPO A

Classificação: Bayern 13, Atlético de Madrid 6, Red Bull Salzburg 4, Lokomotiv Moscou 3
Jogos (9/12): Bayern x Lokomotiv, Salzburg x Atlético

Bayern

Classificado e com o primeiro lugar garantido.

Atlético

Para se classificar (65%): Precisa de pelo menos um empate para avançar. Se perder, disputará a Liga Europa, já que não pode ser superado pelo Lokomotiv no confronto direto.

Salzburg

Para se classificar (35%): Vencendo o Atlético, toma o segundo lugar do grupo.

Lokomotiv

Para ser terceiro (2%): Entra na Liga Europa se vencer o Bayern, desde que o Salzburg não derrote o Atlético.

GRUPO B

Classificação: Borussia Mönchengladbach 8, Shakhtar Donetsk 7, Real Madrid 7, Internazionale 5
Jogos (9/12): Real Madrid x Gladbach, Inter x Shakhtar

Gladbach

Para se classificar (57%): Vencendo ou empatando, estará nas oitavas-de-final. Pode se classificar perdendo, se não houver um vencedor em Milão.

Para ser primeiro (42%): Vitória garante o primeiro lugar. O empate serve se o Shakhtar não derrotar a Inter.

Shakhtar

Para se classificar (27%): Vitória sobre a Inter confirma a classificação. Se o Real Madrid não vencer, o empate basta aos ucranianos.

Para ser primeiro (14%): Caso o Gladbach não vença o Real Madrid, o Shakhtar será o primeiro colocado vencendo na Itália.

Real Madrid

Para se classificar (68%): Precisa da vitória para avançar sem depender do resultado do outro jogo. Empatando, depende de uma vitória da Inter.

Para ser primeiro (44%): Vencer garante o primeiro lugar, desde que o Shakhtar não some três pontos.

Inter

Para se classificar (48%): Além de derrotar o Shakhtar, precisa que haja um vencedor entre Real Madrid e Gladbach para ficar com o segundo lugar no grupo. Se der empate na Espanha, a Inter entra na Liga Europa com vitória.

GRUPO C

Classificação: Manchester City 13, Porto 10, Olympiacos 3, Olympique Marseille 3
Jogos (9/12): Manchester City x Marseille, Olympiacos x Porto

Manchester City

Garantiu o primeiro lugar pela vantagem no confronto direto com o Porto.

Porto

Classificado em segundo lugar.

Olympiacos

Para ser terceiro (94%): Vai à Liga Europa vencendo o Porto ou somando a mesma quantidade de pontos que o Marseille

Marseille

Para ser terceiro (6%): Precisa de um resultado melhor que o do Olympiacos na rodada.

GRUPO D

Classificação: Liverpool 12, Atalanta 8, Ajax 7, Midtjylland 1
Jogos (9/12): Ajax x Atalanta, Midtjylland x Liverpool

Liverpool

Classificado e com o primeiro lugar garantido.

Atalanta

Para se classificar (49%): Joga pelo empate contra o Ajax para avançar aos mata-matas pela segunda temporada consecutiva.

Ajax

Para se classificar (51%): Vencendo em casa a Atalanta, garante seu lugar nas oitavas-de-final.

Midtjylland

Encerra sua campanha europeia na temporada contra o Liverpool.

GRUPO E

Classificação: Chelsea 13, Sevilla 10, Krasnodar 4, Rennes 1
Jogos (8/12): Chelsea x Krasnodar, Rennes x Sevilla

Chelsea

Em vantagem sobre o Sevilla nos confrontos diretos, já sabe que terminará em primeiro.

Sevilla

Classificado em segundo lugar.

Krasnodar

Supera o Rennes nos confrontos diretos e estará na Liga Europa.

Rennes

Vai encerrar sua campanha de estreia na Champions em último no grupo.

GRUPO F

Classificação: Borussia Dortmund 10, Lazio 9, Club Brugge 7, Zenit 1
Jogos (8/12): Lazio x Club Brugge, Zenit x Dortmund

Dortmund

Para ser primeiro (71%): Classificado, o Dortmund garante o primeiro lugar vencendo o Zenit. Empatando, tem de esperar que a Lazio não vença. Ainda pode ser primeiro perdendo, se o Brugge vencer na Itália.

Lazio

Para se classificar (72%): Empate em casa com o Brugge assegura a passagem às oitavas.

Para ser primeira (29%): Se o Dortmund não vencer o Zenit, a Lazio passa em primeiro com vitória. Empate serve se o time alemão perder na Rússia.

Club Brugge

Para se classificar (28%): Vitória sobre a Lazio coloca a equipe belga nos mata-matas.

Zenit

O campeão russo termina sua temporada europeia tentando ao menos vencer um jogo.

GRUPO G

Classificação: Barcelona 15, Juventus 12, Dynamo Kiev 1, Ferencvaros 1
Jogos (8/12): Barcelona x Juventus, Dynamo Kiev x Ferencvaros

Barcelona

Para ser primeiro (96%): Classificado com 100% de aproveitamento, pode perder por 2 a 0 ou por um gol de diferença para vencer o grupo.

Juventus

Para ser primeira (4%): Apenas uma vitória por dois ou mais gols (exceto 2 a 0) dá a ponta da tabela à Juve.

Dynamo Kiev

Para ser terceiro (80%): Além de vitória, os empates por até 2 a 2 também favorecem o time ucraniano.

Ferencvaros

Para ser terceiro (20%): Vencer ou empatar por pelo menos 3 a 3 são os resultados que servem para a vaga na Liga Europa.

GRUPO H

Classificação: Manchester United 9, Paris Saint-Germain 9, RB Leipzig 9, Istanbul Basaksehir 3
Jogos (8/12): RB Leipzig x Manchester United, PSG x Basaksehir

Manchester United

Para se classificar (55%): Empate contra o Leipzig basta para a classificação, em virtude dos confrontos diretos.

Para ser primeiro (9%): Com confronto desfavorável com o PSG, só pode ser primeiro se avançar com os franceses deixando de vencer o Basaksehir.

PSG

Para se classificar (99%): Só uma combinação elimina o PSG: derrota para o Basaksehir e empate na Alemanha.

Para ser primeiro (84%): Basta a vitória sobre os turcos. Se avançar com empate ou derrota, fica em segundo.

RB Leipzig

Para se classificar (46%): Vencendo o United, passa às oitavas. Empate só serve se o PSG perder.

Para ser primeiro (7%): Caso o PSG não vença, o time alemão vence o grupo se somar os três pontos.

Basaksehir

Vai a Paris para se despedir de sua primeira participação na fase de grupos da Champions.

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Real Madrid e Manchester United ameaçados! As contas da última rodada da Champions

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Calculadora na mão! As contas para a classificação na Champions

Leonardo Bertozzi

A fase de grupos da Champions League entra na reta final. Faltando duas rodadas, dez vagas para as oitavas de final ainda estão em disputa. Dois grupos já definiram seus classificados - Chelsea e Sevilla, no E, Barcelona e Juventus, no G, disputarão o primeiro lugar. Manchester City e o campeão Bayern são os outros já garantidos nos mata-matas, sendo que os alemães já ratificaram a liderança da chave.

Nas competições da Uefa, o confronto direto entre dois ou mais times é o primeiro critério de desempate. Entre as sete equipes já sem possibilidades de avançar, seis ainda tentam terminar em terceiro lugar para passar à Liga Europa após a virada do ano.

Bolas da Champions League 2020-21
Bolas da Champions League 2020-21 Getty Images

Confira a situação dos grupos e as contas de cada um:

Grupo A

Classificação: Bayern 12, Atlético de Madrid 5, Lokomotiv Moscou 3, Red Bull Salzburg 1

Jogos restantes:
1º/12: Atlético x Bayern, Lokomotiv x Salzburg
9/12: Bayern x Lokomotiv, Salzburg x Atlético

Bayern: Já está classificado e com o primeiro lugar do grupo garantido.

Atlético: Garante a vaga nesta rodada se vencer o Bayern, desde que o Lokomotiv não derrote o Salzburg.

Lokomotiv: Segue na briga com uma vitória, mas estará eliminado se perder. Empatando, tem de esperar que o Atlético não vença o Bayern.

Salzburg: Está fora até da Liga Europa se perder. Empatando, precisa que o Atlético perca para o Bayern para ter chance de classificação. Uma vitória do Atlético mata as possibilidades de o time austríaco chegar em segundo.

Grupo B

Classificação: Borussia Mönchengladbach 8, Real Madrid 7, Shakhtar Donetsk 4, Internazionale 2

Jogos restantes:
1º/12: Gladbach x Inter, Shakhtar x Real Madrid
9/12: Real Madrid x Gladbach, Inter x Shakhtar

Gladbach: Uma vitória sobre a Inter confirma a classificação. Um empate já basta desde que o Shakhtar não vença o Real Madrid.

Real Madrid: Vencendo o Shakhtar, estará garantido nas oitavas. Empate não serve, já que levaria desvantagem no confronto direto com os ucranianos.

Shakhtar: Derrota para o Real Madrid acaba com as possibilidades de classificação. Vencendo, dependerá apenas de si na última rodada.

Inter: Ainda não venceu no grupo, mas pode avançar com duas vitórias - desde que um entre Gladbach e Real Madrid não pontue mais.

Grupo C

Classificação: Manchester City 12, Porto 9, Olympiacos 3, Olympique Marseille 0

Jogos restantes:
1º/12: Porto x Manchester City, Marseille x Olympiacos
9/12: Manchester City x Marseille, Olympiacos x Porto

Manchester City: Classificado, só precisa de um empate com o Porto para confirmar o primeiro lugar.

Porto: Só não se classifica na rodada se perder e o Olympiacos derrotar o Marseille. Neste caso, a decisão ficaria para o confronto com os gregos.

Olympiacos: Precisa vencer e torcer por derrota do Porto para ainda ter chances de ser o segundo. Caso não perca para o Marseille, garante ao menos a Liga Europa.

Marseille: Sem chances de classificação, é obrigado a vencer para manter as hipóteses de terceiro lugar. Vencendo por dois gols, fica à frente do Olympiacos pelo confronto direto.

Grupo D

Classificação: Liverpool 9, Ajax 7, Atalanta 7, Midtjylland 0

Jogos restantes:
1º/12: Atalanta x Midtjylland, Liverpool x Ajax
9/12: Midtjylland x Liverpool, Ajax x Atalanta

Liverpool: Basta um ponto em casa contra o Ajax para selar a classificação, graças ao confronto dos holandeses com a Atalanta na última rodada. Vencendo, confirma o primeiro lugar se a Atalanta tropeçar contra o Midtjylland.

Ajax: Não se classifica nem é eliminado nesta rodada, mas uma vitória pode impedir que o time precise derrotar a Atalanta.

Atalanta: Se somar mais pontos contra o Midtjylland que o Ajax contra o Liverpool, irá a Amsterdã jogar pelo empate para avançar.

Midtjylland: Único time que já não pode mais escapar da última posição em seu grupo.

Grupo E

Classificação: Chelsea 10, Sevilla 10, Krasnodar 1, Rennes 1

Jogos restantes:
2/12: Krasnodar x Rennes, Sevilla x Chelsea
8/12: Chelsea x Krasnodar, Rennes x Sevilla

Chelsea: Classificado, garante o primeiro lugar em caso de vitória. Empatando com gols, fica à frente pelo confronto direto antes da última rodada.

Sevilla: Já está nas oitavas e terminará em primeiro se vencer o Chelsea.

Krasnodar: Conquista a vaga na Liga Europa vencendo. Empate sem gols deixa o time à frente do Rennes pelo confronto direto.

Rennes: Fica em terceiro se vencer o Krasnodar. Dependerá apenas de seu resultado na última rodada empatando por dois ou mais gols.

Grupo F

Classificação: Borussia Dortmund 9, Lazio 8, Club Brugge 4, Zenit 1

Jogos restantes:
2/12: Dortmund x Lazio, Brugge x Zenit
8/12: Lazio x Brugge, Zenit x Dortmund

Dortmund: Precisa de apenas um empate com a Lazio para confirmar a vaga, e vencendo garante o primeiro lugar. Também pode passar com derrota, se o Brugge não vencer o Zenit.

Lazio: Vitória sobre o Dortmund sela a classificação - ou um empate, se o Brugge também empatar. Derrota dos belgas garante o avanço dos italianos com qualquer resultado.

Brugge: Fica fora da briga pelas oitavas em caso de derrota. Empatando, precisa que a Lazio perca para o Dortmund para ainda ter chances.

Zenit: Sem possibilidades na Champions, ainda pode chegar à Liga Europa. Dependerá apenas de si na última rodada se vencer o Brugge por dois gols de diferença - ou por um, marcando pelo menos três.

Grupo G

Classificação: Barcelona 12, Juventus 9, Dynamo Kiev 1, Ferencvaros 1

Jogos restantes:
2/12: Ferencvaros x Barcelona, Juventus x Dynamo Kiev
8/12: Barcelona x Juventus, Dynamo Kiev x Ferencvaros

Barcelona: Classificado, garante o primeiro lugar se somar mais pontos que a Juventus na rodada.

Juventus: Já está nas oitavas e precisa vencer o Dynamo Kiev para garantir que terá chances de disputar o primeiro lugar no confronto direto com o Barcelona, independentemente do outro resultado.

Dynamo Kiev: Fora da disputa pela classificação, briga por Liga Europa: sabe que igualar o resultado do Ferencvaros na rodada dá vantagem do empate por 0 a 0 ou 1 a 1 com os húngaros - até o 2 a 2, se continuar com melhor saldo.

Ferencvaros: Saberá ao fim da rodada que resultado será necessário contra o Dynamo Kiev - em qualquer cenário no último jogo, a vitória servirá para o terceiro lugar.

Grupo H

Classificação: Manchester United 9, Paris Saint-Germain 6, RB Leipzig 6, Istanbul Basaksehir 3

Jogos restantes:
2/12: Basaksehir x RB Leipzig, Manchester United x PSG
8/12: PSG x Basaksehir, RB Leipzig x Manchester United

Manchester United: Basta um ponto contra o PSG para confirmar a classificação. Uma vitória confirma o primeiro lugar ou o deixa muito próximo, pela vantagem de 5 a 0 no confronto direto com o Leipzig.

PSG: Não pode se classificar nesta rodada, mas uma vitória garante que dependerá apenas das próprias forças no último jogo.

Leipzig: Atrás do PSG pelo confronto direto, precisa que o Manchester United tire pontos dos franceses para ter chance de ultrapassá-los antes da última rodada.

Basaksehir: Precisa da vitória sobre o Leipzig para ter chances de classificação no último jogo.

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Benjamin Button! Ibra desafia o tempo e faz o Milan sonhar

Leonardo Bertozzi

Uma aposentadoria de luxo num gigante decadente. Muitos entenderam desta forma quando Zlatan Ibrahimovic retornou ao Milan no início do ano, após terminar sua experiência na Major League Soccer com o Los Angeles Galaxy. Hoje, está claro que era muito mais do que isso. Aos 39 anos, o sueco vive uma das melhores temporadas de sua carreira, fazendo o torcedor rossonero sonhar alto. 

No domingo, os dois gols de Ibra encaminharam o Milan à vitória por 3 a 1 sobre o Napoli no estádio San Paolo. Foi apenas a segunda vez neste século, e a primeira em mais de dez anos, que o time venceu em Nápoles pela Serie A. Na última, em outubro de 2010, ele também havia marcado, durante sua primeira passagem pelo clube.

O Milan lidera o campeonato com 20 pontos em oito jogos, e na pior das hipóteses pode brigar por um retorno à Champions League, que não disputa desde a temporada 2013/14. Em uma temporada atípica, com os impactos da COVID-19 se fazendo sentir, almejar o scudetto não é impossível.

Ao final da última temporada, a direção milanista tinha uma difícil decisão a tomar. O grupo Elliott, que controla o clube, já havia alcançado um acordo com o alemão Ralf Rangnick para coordenar o projeto esportivo - que se basearia na aposta em jovens e não englobaria Ibrahimovic - como técnico e diretor. 

Mas os resultados com Stefano Pioli começaram a aparecer, e veio a decisão de renovar seu contrato, rompendo o que estava apalavrado com Rangnick, então um dos homens fortes dos clubes da Red Bull.

Ibrahimovic comemora após marcar para o Milan sobre a Roma
Ibrahimovic comemora após marcar para o Milan sobre a Roma EFE

A opção por manter a confiança em Pioli abriu as portas para a continuidade de Ibra, e a resposta não podia ser melhor. Com 10 gols até a oitava rodada da Serie A, o sueco só tem um começo de temporada inferior ao de Marco van Basten, que marcou 12 no mesmo período em 1992/93. O mais impressionante é que esta marca foi alcançada mesmo ficando fora de duas rodadas por ter contraído a COVID-19.

Somando todas as competições desta e da última temporada, Ibrahimovic marcou 22 gols em 30 partidas, viajando numa média superior ao de seu primeiro início pelo clube. Foram 21 gols em 41 jogos na temporada 2010/11, sua primeira como rossonero - e a do último scudetto do clube, que precedeu o início da hegemonia da Juventus, campeã das últimas nove edições da Serie A.

Neste século, apenas na temporada 2003/04 o Milan somou 20 pontos nas oito primeiras rodadas. Naquela temporada, sob o comando de Carlo Ancelotti, acabou com o título. 

Agora, com um Ibra destes, está permitido sonhar.

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Última rodada da Nations League é um pedaço da Copa de 2022. Entenda as contas

Leonardo Bertozzi

Disputada pela primeira vez em um ciclo de Copa do Mundo, a Nations League da Uefa pode ser considerada parte das eliminatórias para 2022. O regulamento do classificatório europeu prevê a participação de duas equipes pelo desempenho em seu mais recente torneio de seleções, atualmente na segunda edição, na repescagem que definirá as últimas três vagas do continente para o Mundial do Catar.

O sorteio de 7 de dezembro dividirá as 55 seleções europeias em dez grupos - cinco com seis seleções, cinco com cinco -, e destes a vencedora garantirá um lugar direto na Copa. As dez segundas colocadas jogarão a repescagem, assim como as duas melhores ganhadoras de grupos da Nations pela classificação geral. Em março de 2022, serão jogadas três chaves com quatro seleções cada, em eliminatórias de jogo único.

Como a Liga A, ou primeira divisão da Nations, tem seleções que não devem deixar de terminar entre as duas melhores colocadas de seus grupos nas eliminatórias, vencer os grupos da Liga B ganha importância especial. Quanto maior a pontuação, maiores as chances de estar à frente na "fila".

Para a definição das chaves das eliminatórias da Copa, valerá a próxima atualização do ranking da Fifa. Já estão confirmados os dez cabeças-de-chave: Bélgica, França, Inglaterra, Portugal, Espanha, Croácia, Itália, Dinamarca, Alemanha e Holanda. No segundo pote, resta apenas uma vaga ao lado de Suíça, Polônia, Suécia, País de Gales, Áustria, Ucrânia, Turquia, Sérvia e Eslováquia.

Nations League
Nations League Getty Images

Confira os jogos da última rodada e o que estará em jogo:

Liga A, Grupo 1

Quarta, 18/11
16h45 Bósnia (2 pontos) x Itália (9 pontos)
16h45 Polônia (7 pontos) x Holanda (8 pontos)

A Bósnia já está rebaixada, mas precisa da vitória para confirmar um lugar no pote 3 das eliminatórias. A Itália ganha o grupo se vencer. A Holanda toma a primeira posição dos italianos se bater a Polônia e a Bósnia arrancar ao menos um empate. Para a Polônia, a única solução é vencer e contar com uma derrota italiana, pois leva desvantagem no confronto direto.

A seleção que se classificar neste grupo será a sede da fase final da Nations League, em outubro de 2021. Para liberar estas datas, as participantes do Final Four ficarão em grupos com cinco equipes na eliminatórias.

Liga A, grupo 2

Quarta, 18/11
16h45 Bélgica (12) x Dinamarca (10)
16h45 Inglaterra (7) x Islândia (0)

Bélgica x Dinamarca é a "final" do grupo, com os belgas jogando pelo empate. A Islândia, que já sabe que estará no pote 3 das eliminatórias, se despede da Liga A.

Liga A, grupo 3

Terça, 17/11
16h45 Croácia (3) x Portugal (10)
16h45 França (13) x Suécia (3)

A França é a única classificada por antecipação para o Final Four. Se os campeões mundiais apenas cumprem tabela, assim como Portugal, o mesmo não pode ser dito de croatas e suecos, que lutam pela permanência na Liga A. 

Com o confronto direto e o saldo de gols iguais, a vantagem da Croácia está nos gols marcados - 7 a 3. Na prática, quem tiver o pior resultado cairá de divisão.

Liga A, grupo 4

Terça, 17/11
16h45 Espanha (8) x Alemanha (9)
16h45 Suíça (3) x Ucrânia (6)

A Alemanha deveria ter sido rebaixada na primeira divisão, mas um aumento no número de participantes da Liga A salvou a equipe de Joachim Löw. Agora, tem a chance de jogar a fase final, caso não perca em Sevilha. A Espanha precisa da vitória. 

No outro jogo do grupo, a Suíça só escapa da queda vencendo a Ucrânia por 1 a 0, 2 a 1 ou por diferença a partir de dois gols. 

(ATUALIZAÇÃO 17/11 11h40: a partida não será disputada por determinação das autoridades locais de saúde na Suíça, após casos de covid-19 na seleção ucraniana. O caso será submetido ao comitê disciplinar da Uefa)

Liga B, grupo 1

Quarta, 18/11
16h45 Áustria (12) x Noruega (9)
16h45 Irlanda do Norte (1) x Romênia (7*)

A Noruega não se apresentou para a partida contra a Romênia após ser impedida de viajar pelas autoridades de saúde do país, por causa de um caso de covid-19 no elenco. Caso a Uefa ratifique o resultado de 3-0 por "WO", os romenos vão a 7 pontos e a Irlanda do Norte está rebaixada. 

Para enfrentar a Áustria, os noruegueses montarão uma equipe "B" e precisarão vencer por qualquer placar (exceto 1 a 0) para conquistar o acesso. A Romênia pode já estar salva, mas uma vitória pode valer um posto no pote 2 do sorteio das eliminatórias, dependendo do resultado da Rússia.

Liga B, grupo 2

Quarta, 18/11
16h45 República Tcheca (9) x Eslováquia (4)
16h45 Israel (5) x Escócia (10)

Com vantagem no confronto direto, a Escócia só deixa de vencer o grupo se não superar Israel e os tchecos baterem a vizinha Eslováquia.

O mesmo vale para a briga pela permanência. A Eslováquia só escapa se vencer e Israel não somar os três pontos.

Liga B, grupo 3

Quarta, 18/11
16h45 Hungria (8) x Turquia (6)
16h45 Sérvia (3) x Rússia (8)

A Rússia só depende de si e tem bons motivos para bater a Sérvia. Uma vitória garante o acesso, no mínimo pela vantagem sobre a Hungria no confronto direto, e também confirma os russos no pote 2 para o sorteio das eliminatórias, posição hoje ameaçada por Romênia e Irlanda.

Em caso de empate ou derrota da Rússia, o vencedor de Hungria x Turquia se garante na Liga A. Derrota russa dá a vantagem do empate aos húngaros.

A Sérvia ainda pode escapar da queda, desde que vença a Rússia e a Turquia perca.

Liga B, grupo 4

Quarta, 18/11
16h45 Irlanda (2) x Bulgária (1)
16h45 País de Gales (13) x Finlândia (12)

A final entre País de Gales e Finlândia pode definir a melhor seleção da Liga B, que teria chances excelentes de um lugar na repescagem para a Copa. A vantagem do empate é dos galeses.

A Irlanda, que corre por fora por um lugar no pote 2 das eliminatórias do Mundial, precisa ao menos empatar com a Bulgária para garantir a permanência.

Liga C, grupo 1

Terça, 17/11
16h45 Luxemburgo (9) x Azerbaijão (5)
16h45 Montenegro (10) x Chipre (4)

Luxemburgo, que disputa com Chipre e Armênia um lugar no pote 4 das eliminatórias, sobe de divisão se obtiver um resultado melhor que o de Montenegro.

Para garantir a permanência, o Azerbaijão precisa da vitória ou que o Chipre não vença.

Na Liga C, o últimos colocados dos quatro grupos disputam play-offs de rebaixamento em março de 2022, já que são apenas dois grupos na Liga D.

Liga C, grupo 2

Quarta, 18/11
14h Armênia (8) x Macedônia do Norte (9)
14h Geórgia (6) x Estônia (2)

Classificada para a fase final da Euro, a Macedônia do Norte pode completar uma semana histórica com o acesso. Precisa pelo menos do empate com a Armênia.

A Geórgia já sabe que ficará na Liga C, enquanto a Estônia jogará os play-offs pela permanência.

Liga C, grupo 3

Quarta, 18/novembro
16h45 Grécia (11) x Eslovênia (13)
16h45 Kosovo (2) x Moldávia (1)

A Grécia precisa vencer para subir de divisão - e para diminuir as chances de ficar no pote 4 das eliminatórias, onde já está a Eslovênia.

Kosovo (pote 5) e Moldávia (pote 6) jogarão para garantir a permanência.

Liga C, grupo 4

Quarta, 18/novembro
12h Albânia (8) x Belarus (10)
12h Cazaquistão (4) x Lituânia (5)

Confrontos diretos pelo acesso e pela permanência, com Albânia e Cazaquistão jogando em casa e precisando vencer.

Liga D, grupo 1

Terça, 17/novembro
16h45 Andorra (2) x Letônia (4)
16h45 Malta (8) x Ilhas Faroe (11)

Na "final" entre Malta e Ilhas Faroe, os malteses precisam vencer por 1 a 0, 2 a 1 ou por dois ou mais gols de diferença.

Liga D, grupo 2

Terça, 17/novembro
16h45 Gibraltar x Liechtenstein

No único grupo com três seleções, San Marino já encerrou sua campanha com dois empates por 0 a 0 - a primeira vez na história que o pequeno país pontua em jogos consecutivos.

Liechtenstein precisa vencer Gibraltar por qualquer placar para ficar com a vaga na Liga C.

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Rei da pontaria, Leicester pode ser... o novo Leicester?

Leonardo Bertozzi

A atípica temporada 2020/21 adiciona um grau de imprevisibilidade a campeonatos que nos últimos anos têm visto a briga pelo título se reduzir a poucos clubes. A Premier League não foge desta lógica, com o desgaste físico se fazendo notar em várias partidas - agravado pelo fato de ser a única das grandes ligas da Europa a não ter aprovado a norma das cinco substituições por equipe.

Se a porta está aberta para surpresas, um dos candidatos é o time que alcançou o resultado considerado por muitos o mais surpreendente do futebol em sua história recente. Campeão em 2015/16 contra todos os prognósticos, o Leicester City vai para a pausa das seleções como líder, depois de vencer o Wolverhampton por 1 a 0 no fim de semana. 

É verdade que os comandados de Brendan Rodgers também disputavam a liderança no ano passado, mas o contexto peculiar deste momento permite acreditar que as chances de repetir o feito sejam maiores. Já está claro que equipes como Liverpool e Manchester City não colocarão o sarrafo perto dos 100 pontos, como fizeram nos últimos anos.

O Leicester é um dos times que precisam conciliar a Premier League com uma competição europeia, mas está claro onde mora a prioridade neste momento. Na Liga Europa, Jamie Vardy ficou os 90 minutos no banco na última quinta-feira - e nem foi necessário para a goleada de 4 a 0 sobre o Braga, que manteve os 100% de aproveitamento no torneio continental. A partida contra os portugueses serviu ainda para atestar a evolução de James Maddison, que começou a temporada se recuperando de uma cirurgia no quadril.

Um dado que chama a atenção sobre o desempenho do Leicester é a capacidade de converter as chances em gols. Como mostra o gráfico abaixo, da plataforma ESPN/Trumedia, pouco mais da metade das conclusões do time (50,7%) vai na direção do gol, e praticamente uma em cada quatro  (24%) resulta em gol. 

Aproveitamento de finalizações por clube
Aproveitamento de finalizações por clube ESPN/Trumedia

A principal razão para o aproveitamento alto responde pelo nome de Jamie Vardy, que só precisou de 16 finalizações, das quais 12 no alvo, para marcar oito deles. Entre os jogadores com pelo menos cinco gols no campeonato, ele sobra na turma nos critérios de conversão de chances. Números que o credenciam na briga para terminar o campeonato como artilheiro pelo segundo ano consecutivo.

Aproveitamento de finalizações por jogador (mínimo 5 gols)
Aproveitamento de finalizações por jogador (mínimo 5 gols) ESPN

O Leicester, porém, é muito mais que Vardy. No meio-campo destaca-se o belga Youri Tielemans, que aparece entre no top-5 dos melhores recuperadores de bolas (62) e no top-10 das interceptações de passes (15), além de ter contribuído com três gols, sendo dois de pênalti.

Na defesa, o recém-chegado Wesley Fofana tem chamado a atenção. Com uma maturidade que faz duvidar de seus 19 anos, o francês se adaptou rapidamente e mostra virtudes de um jogador que se afirmará como um dos melhores da posição na liga. São apenas três gols sofridos nos sete jogos oficiais que Fofana começou, entre campeonato e Liga Europa. 

A atuação contra o Wolverhampton chamou a atenção do ex-atacante e hoje comentarista Gary Lineker. "Que jogador Fofana vai ser/já é", publicou em seu Twitter.

Há muita história a ser contada na sequência deste campeonato, mas será impossível não levar o Leicester em conta. Quem já conseguiu em situação muito mais improvável precisa se sentir confiante.

Jamie Vardy, atacante do Leicester
Jamie Vardy, atacante do Leicester Getty Images
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Revanche de semifinal, viagem mais longa e final não reconhecida pela Uefa: curiosidades dos jogos de quarta pela Champions

Leonardo Bertozzi

A quarta-feira que encerra a primeira metade da fase de grupos da Champions League tem o reencontro de dois times que disputaram um lugar na última final, além da mais longa viagem desta etapa e um duelo que já foi final de um torneio que a Uefa não reconhece. Confira as curiosidades.

Dayot Upamecano e Kylian Mbappé durante disputa de bola durante semifinal da Champions League 2019-20
Dayot Upamecano e Kylian Mbappé durante disputa de bola durante semifinal da Champions League 2019-20 Getty Images

Chelsea x Rennes

- O goleiro Edouard Mendy trocou o Rennes pelo Chelsea em setembro, assumindo a titularidade no time londrino.

- É a segunda temporada consecutiva em que o Chelsea encontra um time da Ligue 1 na fase de grupos. Em 2019/20, venceu os dois jogos contra o Lille por 2 a 1.

- Estreante na Champions, o Rennes visitou times ingleses em duas ocasiões por outros torneios. Perdeu para o Aston Villa na semifinal da Copa Intertoto, em 2001, e para o Arsenal nas oitavas-de-final da Liga Europa, na temporada 2018/19.


Sevilla x Krasnodar

- Se na terça-feira o jogo entre Red Bull Salzburg e Bayern tinha a distância mais curta da fase de grupos, este é o jogo com a mais longa: 3.805 km entre as cidades.

- O Krasnodar disputa a Champions pela primeira vez, mas já encontrou o Sevilla numa fase de grupos de Liga Europa. Foi na temporada 2018/19, com os mandantes vencendo as duas partidas. As outras quatro visitas do Krasnodar à Espanha também terminaram em derrotas (Real Sociedad, Celta de Vigo, Valencia e Getafe).

- O único time russo a visitar o Sevilla e sair sem derrota foi o CSKA Moscou, que venceu por 2 a 1 para avançar nas oitavas-de-final da Champions 2009/10. Keisuke Honda marcou o gol da classificação.

Zenit x Lazio

- O Zenit já enfrentou cinco times italianos diferentes, mas é a primeira vez que encontra a Lazio. Bologna (Copa Uefa 1999/2000) e Milan (Champions 2012/13) venceram em suas visitas a São Petersburgo.

- A Lazio passou pelo Lokomotiv Moscou na semifinal antes de conquistar a última edição da Recopa, em 1998/99, e desde então nunca enfrentou outro adversário russo.

- O Zenit perdeu nove das últimas 13 partidas por competições europeias. A Lazio, oito das últimas 12.

Club Brugge x Borussia Dortmund

- As equipes se encontram na fase de grupos pela segunda vez em três temporadas. Em 2018/19, o único gol nos dois jogos foi o de Christian Pulisic, hoje no Chelsea, na vitória do Dortmund por 1 a 0 na Bélgica.

- A lembrança mais antiga de uma visita ao Brugge não é tão boa para os alemães. Na Copa Uefa 1986/87, os belgas reverteram a derrota por 3 a 0 no jogo de ida com uma goleada de 5 a 0 na volta.

- Erling Braut Haaland tem 10 gols em oito jogos na carreira por fases de grupos da Champions, passando em branco apenas uma vez.


Barcelona x Dynamo Kiev

- Primeiro confronto desde a temporada 2009/10, quando estiveram no mesmo grupo. O Barcelona venceu os dois jogos, com Lionel Messi marcando em ambos.

- Foi o único encontro deste século - os outros oito jogos entre as duas equipes foram na década de 1990. Andriy Shevchenko fez um hat-trick na goleada de 4 a 0 do Dynamo em pleno Camp Nou, na Champions 1997/98.

- Ainda representando a União Soviética, o Dynamo Kiev conquistou um título continental contra um time espanhol: fez 3 a 0 sobre o Atlético de Madrid na final da Recopa, em 1986. Quique Setién, ex-técnico do Barcelona, entrou no segundo tempo pelo Atlético.


Ferencvaros x Juventus

- Primeiro confronto entre as duas equipes em competições organizadas pela Uefa. A Juventus não enfrenta um adversário húngaro desde 1979, e o Ferencvaros não mede forças com um italiano desde 1966.

- Há, porém, um precedente importante na Copa das Feiras, considerada a precursora da Copa Uefa/Liga Europa. O gol de Máté Fenyvesi valeu a vitória do Ferencvaros sobre a Juventus por 1 a 0 na decisão do título de 1964/65 em Turim.

- A Juventus está a uma vitória de completar 100 na Champions League (1992-hoje). Barcelona, Real Madrid, Bayern e Manchester United são os únicos a alcançar a marca.

Istanbul Basaksehir x Manchester United

- Primeiro jogo da história entre os dois clubes. Em seu único confronto com um time da Premier League, o Basaksehir não conseguiu balançar as redes. Caiu na prorrogação contra o Burnley, na terceira fase preliminar da Liga Europa 2018/19.

- O Manchester United perdeu em suas duas últimas visitas à Turquia: 2 a 1 para o Fenerbahçe, pela Liga Europa 2016/17, e 1 a 0 para o Manchester United, pela Champions 2012/13. O último revés, no entanto, não bastou para frear o caminho do time até o título.

- O lateral-direito Rafael, do Basaksehir, disputou 170 partidas pelo Manchester United entre 2008 e 2015, conquistando três títulos da Premier League neste período. Do atual elenco do United, jogou com David De Gea, Paul Pogba, Luke Shaw, Juan Mata e Jesse Lingard.

RB Leipzig x Paris Saint-Germain

- Reedição de uma das semifinais da última temporada. O PSG venceu o jogo único em Lisboa por 3 a 0, chegando à final pela primeira vez. Também foi a melhor campanha do Leipzig no torneio, em sua terceira participação.

- Os técnicos Thomas Tuchel (PSG) e Julian Nageslmann (Leipzig) já haviam se enfrentado antes. Na temporada 2016/17, o Dortmund de Tuchel venceu uma e empatou a outra contrra o Hoffenheim de Nagelsmann.

- Nagelsmann desistiu da carreira de jogador após uma lesão no joelho em 2008 e foi escolhido como Tuchel, então no Augsburg, como analista de futuros adversários, iniciando assim a caminhada para se tornar treinador.

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Revanche de semifinal, viagem mais longa e final não reconhecida pela Uefa: curiosidades dos jogos de quarta pela Champions

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Guardiola x Rafinha, Zidane x Conte, a viagem mais curta... Curiosidades dos jogos de terça na Champions

Leonardo Bertozzi

Um confronto que desperta memórias da Copa de 2018. A viagem mais curta da fase de grupos. Adversários como técnicos e companheiros como jogadores. Confira curiosidades dos oito jogos que abrem nesta terça-feira a terceira rodada da fase de grupos da Champions League.

Lokomotiv Moscou x Atlético de Madrid

- É o terceiro ano consecutivo em que as duas equipes se encontram. Em 2018, fizeram oitavas-de-final da Europa League, e ano passado estiveram no mesmo grupo da Champions. Quatro vitórias para o Atlético, com placar total de 12 a 1.

- O Lokomotiv perdeu 13 das últimas 16 partidas disputadas por competições europeias. Na história contra representantes da Espanha, apenas duas vitórias em 18 jogos.

- Reencontros da Copa de 2018: a Rússia de Fedor Smolov eliminou a Espanha de Koke, que perdeu sua cobrança na decisão por pênaltis. Kieran Trippier marcou pela Inglaterra na semifinal, mas foi a Croácia de Corluka a avançar. Luis Suárez marcou nos 3 a 0 do Uruguai sobre a Rússia na fase de grupos.

Antoine Griezmann em ação pelo Atlético de Madrid contra o Lokomotiv Moscou, em 2018
Antoine Griezmann em ação pelo Atlético de Madrid contra o Lokomotiv Moscou, em 2018 Getty Images

Red Bull Salzburg x Bayern de Munique

- De Munique a Salzburgo, apenas 114 quilômetros: a mais curta distância em um jogo da fase de grupos nesta temporada. Apesar da proximidade, o confronto é inédito em competições oficiais - o Bayern nunca enfrentou um time austríaco de fora de Viena.

- Considerando a participação ainda como Casino Salzburg em 1994/95, é a terceira participação do time austríaco nos grupos, igualando a marca do Sturm Graz (1998/99, 1999/2000 e 2000/01).

- O Bayern ostenta uma sequência de 14 vitórias em competições europeias - venceu as onze partidas na campanha do título da Champions, superou o Sevilla na Supercopa e começou a fase de grupos batendo Atlético de Madrid e Lokomotiv.

Shakhtar Donetsk x Borussia Monchengladbach

- Mais um duelo a ser disputado pela primeira vez nos torneios da Uefa. Mas o Shakhtar tem vasta experiência contra times alemães, com 24 jogos no currículo - inclusive o que lhe deu a primeira conquista internacional. Em 2009, gols de Luis Adriano e Jadson valeram a vitória por 2 a 1 na prorrogação sobre o Werder Bremen na final da Copa Uefa (atual Liga Europa).

- O Gladbach eliminou um time ucraniano para chegar à sua única decisão de Copa dos Campeões, em 1977. Superou na semifinal o Dynamo Kiev, então representando a União Soviética, por 2 a 1 no placar agregado. Os alemães ficariam com o vice ao perder a final para o Liverpool.

- Caso entre em campo pelo Shakhtar, Taison chegará a 100 partidas na carreira por competições europeias. No elenco do time ucraniano, apenas o goleiro Andriy Pyatov (127) tem experiência maior.

Real Madrid x Internazionale

- As duas potências do continente fizeram final de Copa dos Campeões em 1964 - 3 a 1 para a Inter, em Viena -, mas se enfrentam pela primeira vez em um jogo oficial neste século. Estiveram pela última vez no mesmo grupo em 1998/99, com uma vitória para cada lado.

- O Santiago Bernabéu foi palco do último dos três títulos de Champions da Inter, em 2010. Mas o retorno ao local da vitória sobre o Bayern terá de esperar: com o estádio passando por reformas, o Real Madrid tem mandado os jogos em seu centro de treinamentos.

- Adversários como técnicos, Zinedine Zidane e Antonio Conte foram companheiros de time na Juventus entre 1996 e 2001. Conquistaram dois títulos da Série A, além de uma Copa Intercontinental, uma Supercopa europeia e uma Supercopa italiana.

Manchester City x Olympiakos

- Confronto inédito. Enquanto o City tem apenas um registro prévio contra times gregos (eliminou o Aris na Liga Europa 2010/11), o Olympiacos acumula 34 partidas contra ingleses - seis apenas na última temporada. Depois de cruzar com o Tottenham na fase de grupos da Champions, eliminou o Arsenal na Liga Europa antes de cair para o Wolverhampton.

- Em fases de grupos da Champions, o Olympiakos perdeu as últimas oito partidas como visitante, e um total de 12 das últimas 15, com duas vitórias e um empate.

- Pep Guardiola reencontra Rafinha, que foi seu jogador no Bayern entre 2013 e 2016. Neste período, conquistaram três títulos da Bundesliga, dois da Copa da Alemanha, um Mundial de Clubes e uma Supercopa europeia. O goleiro Ederson também trabalhou com o técnico adversário: Pedro Martins o dirigiu no Rio Ave em 2014/15.

Rafinha e Pep Guardiola em seus tempos de Bayern de Munique
Rafinha e Pep Guardiola em seus tempos de Bayern de Munique Getty Images

Porto x Olympique de Marselha

- O Porto leva vantagem no confronto: três vitórias e um empate, com todos os confrontos anteriores em fases de grupos de Champions. Os dois primeiros, na temporada 2003/04, foram duas vitórias dos Dragões no caminho para o título - que seria conquistado contra outro time da Ligue 1, o Monaco.

- Atual técnico do Marseille, André Villas-Boas dirigiu o Porto na temporada 2010/11, com grandes resultados: conquistou invicto a liga portuguesa e ainda venceu a Liga Europa, antes de assumir o Chelsea.

- Sérgio Conceição, treinador do Porto, marcou contra o Marseille com a camisa da Lazio, numa vitória por 2 a 0 na temporada 1999/2000. Também foi adversário do OM como treinador, em sua passagem pelo Nantes na temporada 2016/17.

Atalanta x Liverpool

- A Atalanta nunca enfrentou o Liverpool, mas tem boas lembranças do rival local dos Reds. Na temporada 2017/18, pela fase de grupos da Liga Europa, venceu o Everton por 3 a 0 em casa e por 5 a 1 fora.

- O Liverpool decidiu títulos cinco vezes contra times italianos, e embora nunca tenha vencido no tempo normal ou na prorrogação nestes confrontos, levantou a taça duas vezes nos pênaltis: em 1984, contra a Roma, e 2005, contra o Milan. Perdeu para a Juventus a Copa dos Campeões e a Supercopa europeia em 1985, e a final da Champions contra o Milan em 2007.

- O retrospecto da Atalanta como mandante em competições europeias registra apenas duas derrotas em 22 jogos: 2 a 1 para o Mechelen, da Bélgica, na semifinal da Recopa 1987/88, e 2 a 1 para Shakhtar, na fase de grupos da Champions 2019/20.

Midtjylland x Ajax

- O Midtjylland nunca enfrentou o Ajax ou qualquer time holandês. O time de Amsterdã, em quatro visitas anteriores à Dinamarca, só venceu uma vez: 2 a 1 sobre o Copenhague, pela terceira fase preliminar da Champions 2006/07.

- A campanha do Ajax na Champions 2018/19, quando chegou às semifinais, marcou a única vez que o time superou a fase de grupos nas últimas sete participações.

- O Midtjylland alcançou as quartas-de-final da Uefa Youth League, versão sub-19 da Champions, na última temporada - caindo justamente contra o Ajax.

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Quarta da Champions tem repetição de final 'alternativa'. Veja três curiosidades de cada jogo

Leonardo Bertozzi

Duas finais europeias - uma delas bem alternativa - se repetem no complemento da segunda rodada da fase de grupos da Champions League, nesta quarta-feira. Veja três curiosidades de cada confronto.

Krasnodar x Chelsea

- Comprado pelo russo Roman Abramovich em 2003, o Chelsea enfrenta pela primeira vez o Krasnodar, estreante em fases de grupos de Champions League. Dos seis confrontos anteriores com times da Rússia, venceu os primeiros cinco e perdeu o último - 3 a 2 para o Rubin Kazan, nas quartas-de-final da Liga Europa 2012/13. O resultado, porém, bastou para a classificação por 5 a 4 no placar agregado.

- Contratado pelo Krasnodar em 2013, o atacante brasileiro Ari faz parte de mais da metade da história do clube, fundado em 2008. Nascido em Fortaleza, o jogador de 34 anos adquiriu a cidadania russa e chegou a fazer duas partidas pela seleção. Foi dele o gol do Krasnodar no primeiro jogo contra um time inglês: 1 a 1 com o Everton, na Liga Europa 2014/15. No jogo de volta, em Goodison Park, vitória dos russos por 1 a 0.

- Em 16 participações anteriores na fase de grupos da Champions, o Chelsea terminou com o primeiro lugar em 11. No entanto, foi segundo nas duas últimas que disputou (2019/20, atrás do Valencia, e 2017/18, atrás da Roma). O time carrega uma sequência de quatro eliminações nas oitavas-de-final.

Sevilla x Rennes

- "Dono" da Liga Europa, com seis conquistas no currículo, o Sevilla só terá a oportunidade de defender seu título se terminar em terceiro no grupo da Champions. Em cinco participações anteriores na fase de grupos, isso só aconteceu uma vez, em 2015/16. Nas outras quatro ocasiões, foram dois primeiros lugares (2007/08 e 2009/10) e dois segundos (2016/17 e 2017/18).

- O estreante Rennes tem boas lembranças da última visita a Sevilha. Foi na Liga Europa 2018/19, quando venceu o Betis por 3 a 1 e avançou com placar agregado de 6 a 4. Os outros jogos na Espanha registram uma derrota (3 a 1 para o Atlético de Madrid, em 2011/12) e um empate (0 a 0 com o Osasuna, em 2005/06).

- Jogador mais experiente do Rennes em competições europeias (45 jogos), o volante Steven N'Zonzi disputou 90 partidas pelo Sevilla entre 2015 e 2018, fazendo parte do time campeão da Liga Europa em 2015/16.

Club Brugge x Lazio

- Primeiro confronto da história entre os dois clubes. O Brugge tem vasta experiência contra times italianos, com 18 jogos, mas não venceu nos últimos nove. A última vitória foi um surpreendente 1 a 0 em San Siro contra o então campeão Milan, na temporada 2003/04.

- O maior feito do Brugge na competição também envolve um representante da Serie A. Para chegar à final de 1977/78, quando perdeu para o Liverpool, o time belga eliminou a Juventus nas semifinais: 2 a 0, na prorrogação, após devolver no tempo normal a derrota por 1 a 0 na ida.

- Considerando jogos a partir da fase de grupos, a Lazio venceu apenas duas das últimas 12 partidas pela Champions. A segunda foi justamente a última: 3 a 1 sobre o Borussia Dortmund, na primeira rodada. O time terminou em último lugar nas últimas três participações nos grupos (2007/08, 2003/04 e 2001/02).

O troféu da Uefa Champions League na sede da Uefa, na Suíça
O troféu da Uefa Champions League na sede da Uefa, na Suíça UEFA via Getty Images

Borussia Dortmund x Zenit

- No único confronto prévio, Dortmund e Zenit disputaram as oitavas-de-final da Champions 2013/14. Vitórias dos visitantes nos dois jogos e classificação dos alemães, que fizeram 4 a 2 em São Petersburgo e perderam em casa por 2 a 1.

- Apesar de ter apenas cinco vitórias em 20 jogos contra times alemães, o Zenit tem boas lembranças do país: na campanha do título da Copa Uefa em 2007/08, eliminou o Bayer Leverkusen nas quartas-de-final e o Bayern nas semifinais.

- Erling Haaland já sabe o que é marcar contra o Zenit. O jovem atacante balançou as redes pelo Molde diante dos russos nos playoffs da Liga Europa 2018/19. O time norueguês venceu por 2 a 1, mas caiu por 4 a 3 no agregado.

Ferencvaros x Dynamo Kiev

- Uma final europeia que se reedita: em 1975, então representando a União Soviética, o Dynamo Kiev conquistou a extinta Recopa (Copa dos Vencedores de Copas) ao vencer o Ferencvaros por 3 a 0 na decisão. O Dynamo era comandado pelo lendário Valeriy Lobanovskyi e contou com um gol de Oleg Blokhin, ganhador da Bola de Ouro daquele ano.

- Atual técnico do Ferencvaros, Serhiy Rebrov tem história importante no Dynamo Kiev como jogador e técnico. Em parceria de ataque com Andriy Shevchenko, ajudou o time a alcançar a semifinal da Champions na temporada 1998/99. Além de nove títulos nacionais em campo, ganhou mais dois como treinador (2014/15 e 2015/16).

- O Ferencvaros nunca voltou a enfrentar um time ucraniano, enquanto o Dynamo só registra um confronto com húngaro posterior à final de 1975: eliminou o MTK Budapeste na primeira fase da Copa Uefa 1989/90.

Juventus x Barcelona

- O outro jogo do grupo também é uma final de competição europeia repetida. Em 2015, o Barcelona ganhou seu mais recente título de Champions ao fazer 3 a 1 na Juventus, em Berlim. Foi a última aparição de Andrea Pirlo, atual técnico da Juve, como jogador do clube.

- Num confronto de retrospecto equilibrado, o visitante prevaleceu apenas uma vez em dez duelos além da final de 2015. Foi nas quartas-de-final da Champions 2002/03, quando Marcelo Zalayeta fez o gol da vitória por 2 a 1 da Juventus na prorrogação. O Barça ainda não sabe o que é vencer em Turim.

- Desde a inauguração do Juventus Stadium (atual Allianz Stadium), a Velha Senhora tem apenas quatro derrotas em 42 jogos por competições europeias em sua casa. Chegou a ficar cinco anos invicta até a derrota por 3 a 0 para o Real Madrid na ida das quartas-de-final da Champions 2017/18.

Lance da final da Champions 2014/15, entre Barcelona e Juventus
Lance da final da Champions 2014/15, entre Barcelona e Juventus Fishing4/Anadolu Agency/Getty Images

Manchester United x RB Leipzig

- Confronto inédito. O Manchester United acumula 31 partidas contra times alemães, a mais famosa delas a vitória por 2 a 1 sobre o Bayern na final da Champions 1998/99, com virada nos acréscimos. 

- Na era Champions League, desde 1992, o Manchester United é o time inglês com mais participações na fase de grupos (23). Também detém o recorde de classificações aos mata-matas entre os times da Premier League, com 18.

- Participando pela quarta vez de competições europeias, o Leipzig se deu bem no único confronto com um adversário inglês: venceu o Tottenham por 1 a 0 e 3 a 0 nas oitavas-de-final da Champions 2019/20.

Istanbul Basaksehir x Paris Saint-Germain

- Primeiro jogo entre as duas equipes, e também o primeiro do Basaksehir contra um time francês. O PSG, em dez duelos prévios com adversários turcos, perdeu três - todos como visitante.

- O PSG participa da fase de grupos da Champions pela 9ª temporada consecutiva, tendo sempre avançado aos mata-matas neste período. O clube, que completou 50 anos de existência, alcançou a final pela primeira vez em 2019/20, após três eliminações consecutivas nas oitavas-de-final.

- Técnico do Basaksehir, Okan Buruk enfrentou o PSG três vezes como jogador do Galatasaray. O time turco foi eliminado na Recopa 1996/97 após vencer em casa por 4 a 2 e perder fora por 4 a 0. Na segunda fase de grupos da Champions 2000/01, Buruk estava no lado vencedor em Istambul: 1 a 0.

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Quarta da Champions tem repetição de final 'alternativa'. Veja três curiosidades de cada jogo

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Reencontro de heróis e a reedição de uma virada histórica: três curiosidades de cada jogo da Champions nesta terça

Leonardo Bertozzi

Um reencontro de heróis de títulos, a reedição de uma virada histórica, um time que perdeu os últimos dez jogos de Champions League. Saiba estas e outras curiosidades envolvendo os oito jogos desta terça-feira pela segunda rodada da fase de grupos.

Lokomotiv Moscou x Bayern

- No único confronto prévio, o time russo marcou o início da arrancada do Bayern para o título da Copa Uefa em 1995/96. Depois de surpreender com uma vitória por 1 a 0 em Munique, o Lokomotiv foi atropelado na volta em casa: 5 a 0, com dois gols de Jürgen Klinsmann abrindo o caminho.

- Herói da conquista de Portugal na Euro 2016, Éder reencontra Kingsley Coman, autor do gol do título do Bayern na Champions 2019/20 - e que esteve em campo pela seleção francesa naquela final no Stade de France. Os dois marcaram na primeira rodada da fase de grupos.

- O Bayern está invicto há 13 jogos como visitante por competições europeias e venceu os últimos oito. Mas perdeu na última visita à Rússia: 3 a 2 para o Rostov, na fase de grupos da Champions 2016/17.

Bayern venceu os últimos 13 jogos por competições europeias
Bayern venceu os últimos 13 jogos por competições europeias Divulgação: Twitter Bayern

Atlético de Madrid x Red Bull Salzburg

- Em dez participações prévias na fase de grupos da Champions, os colchoneros se classificaram em oito. A goleada de 4 a 0 sofrida contra o Bayern igualou os piores resultados do Atlético em sua história por competições europeias. 

- Atlético, que pela primeira vez enfrentará o Salzburg, tem retrospecto quase impecável contra times austríacos: cinco vitórias e um empate. Diego Costa, que será desfalque por lesão, marcou três gols nos dois jogos contra o Austria Viena na temporada 2013/14: dois nos 3 a 0 na Áustria, um nos 4 a 0 em Madri.

- Nesta temporada, o Salzburg se classificou para os grupos através das fases preliminares pela primeira vez, após uma sequência de treze eliminações. Uma delas foi contra um time espanhol: o Valencia, na temporada 2006/07.

Shakhtar Donetsk x Internazionale

- Os times se reencontram pouco mais de dois meses após da semifinal da Liga Europa em Düsseldorf, quando a Inter aplicou uma goleada de 5 a 0 no Shakhtar. No único confronto anterior, os nerazzurri avançaram na terceira fase preliminar da Champions de 2005/06.

- A conquista da Champions pela Inter em 2009/10, a última de um time italiano, passou pela Ucrânia. O time de José Mourinho perdia por 1 a 0 para o Dynamo Kiev até os 40 minutos do segundo tempo, mas conseguiu a virada com Diego Milito e Wesley Sneijder.

- Num elenco repleto de brasileiros, o Shakhtar conta com dois que obtiveram o passaporte ucraniano para defender a seleção do país: Marlos e Júnior Moraes. A lista de inscritos ainda tem Dodô, Ismaily, Vitão, Taison, Marcos Antônio, Dentinho, Tetê, Alan Patrik, Maycon, Marquinhos Cipriano e Fernando.

Borussia MönchengladbachReal Madrid

- Os times se reencontram 35 anos depois de uma das maiores viradas da história do Real Madrid. Goleado por 5 a 1 na Alemanha, o time merengue avançou na Copa Uefa 1985/86 ao fazer 4 a 0 em casa, com dois gols de Jorge Valdano e Santillana. 

- Gladbach está em sua terceira fase de grupos da Champions, tentando avançar às oitavas pela primeira vez. Nas duas anteriores, encontrou adversários espanhóis: Sevilla em 2015/16 (derrota por 3 a 0 e vitória por 4 a 2) e Barcelona em 2016/17 (derrotas por 2 a 1 e 4 a 0).

- Real Madrid venceu apenas sete de 33 jogos como visitante na Alemanha - mas seis nos últimos nove. Antes de 2014, a única vitória era um 2 a 1 sobre o Bayer Leverkusen na temporada 2000/01.

Vinicius Jr. comemora durante vitória do Real Madrid sobre o Barcelona
Vinicius Jr. comemora durante vitória do Real Madrid sobre o Barcelona Getty Images

Porto x Olympiakos

- É o primeiro duelo entre os dois clubes neste século, mas eles chegaram a se enfrentar em três temporadas consecutivas entre 1997/98 e 1999/2000. Foram cinco vitórias dos mandantes e um empate por 2 a 2 no Porto. Jardel marcou nos três confrontos em Portugal.

- Os técnicos Sérgio Conceição, do Porto, e Pedro Martins, do Olympiakos, são velhos conhecidos do futebol português. Eles se enfrentaram 14 vezes, com nove vitórias de Conceição e duas de Martins. O último trabalho de Martins em seu país foi no Vitória de Guimarães, entre 2016 e 2018.

- O último time grego a visitar o Porto venceu: o Panathinaikos, por 1 a 0, pelas quartas-de-final da Copa Uefa 2002/03. Na ocasião, o time português, dirigido por Mourinho, reverteu o placar fora de casa e avançou com um 2 a 0 na prorrogação, seguindo no caminho do título.

Olympique de Marselha x Manchester City

- Superado na estreia pelo Olympiakos, o Marseille acumula dez derrotas consecutivas na Champions, incluindo as seis de sua última participação, em 2013/14. O grupo também tinha um time inglês, o Arsenal, além de Napoli e Borussia Dortmund.

- O City, que enfrenta o Marseille pela primeira vez, não tem se dado bem contra times da Ligue 1. São quatro jogos sem vencer, série que vai da eliminação contra o Monaco na temporada 2016/17 até a derrota para o Lyon na última temporada.

- O elenco do Marseille tem apenas um jogador com mais de 50 partidas por competições europeias: o goleiro Steve Mandanda (87). No City, dois têm mais de 100 - Fernandinho (133) e Sergio Agüero (102) -, mas ambos são baixas por lesão.

Sterling e De Bruyne comemoram em partida pelo Manchester City
Sterling e De Bruyne comemoram em partida pelo Manchester City Getty Images

Liverpool x Midtjylland

- O último time dinamarquês a visitar Anfield, há 25 anos, saiu vencedor. Um gol de Dan Eggen, que disputaria duas Copas do Mundo pela Noruega, garantiu a vitória do Brondby por 1 a 0 e a eliminação dos Reds na segunda fase da Copa Uefa 1995/96.

- O Midtjylland quase alcançou feito semelhante em 2008/09, quando venceu o Manchester City por 1 a 0 nas preliminares da Copa Uefa. Mas um gol contra aos 44 minutos do segundo tempo fez com que o placar se repetisse na volta a favor dos ingleses, que avançaram nos pênaltis.

- Sadio Mané já conhece o adversário: esteve em campo no empate por 1 a 1 do Southampton com o Midtjylland nas preliminares da Liga Europa 2015/16. No jogo de volta, o senegalês ficou no banco de reservas e os Saints foram eliminados perdendo por 1 a 0.

Atalanta x Ajax

- A Atalanta nunca enfrentou um time holandês, mas o Ajax tem vasta experiência contra italianos. Três dos quatro títulos do time de Amsterdã na competição foram contra rivais da Serie A: Juventus (1972), Inter (1973) e Milan (1995). A história ainda registra a conquista da Supercopa contra o Milan (1974) e da Copa Uefa contra o Torino (1992), além da derrota para a Juventus na final da Champions em 1996.

- É a oitava temporada da história da Atalanta em competições europeias. Nas sete participações anteriores, chegou pelo menos às quartas-de-final em três. O clube de Bérgamo fez semifinal da extinta Recopa em 1987/88, quartas-de-final da Copa Uefa em 1990/91 e novamente quartas na Champions em 2019/20.

- O Ajax carrega uma invencibilidade de sete jogos contra times italianos: três contra a Juventus, quatro contra o Milan. O último revés foi na partida de ida pelos 16avos-de-final da Liga Europa 2009/10, em Amsterdã: 2 a 1, gols de Amauri. O empate sem gols na volta classificou a Velha Senhora.

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Reencontro de heróis e a reedição de uma virada histórica: três curiosidades de cada jogo da Champions nesta terça

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Maestro! Lenda do Manchester City faz sensação de LaLiga sonhar alto

Leonardo Bertozzi

Os gramados espanhóis não tiveram o privilégio de ver os melhores anos de David Silva. A torcida do Manchester City, sim - e sua influência foi tamanha ao longo de dez temporadas que sua despedida motivou o plano de construir uma estátua em sua homenagem.

Aos 34 anos, o meia desistiu de um acordo apalavrado com a Lazio quando recebeu a oferta da Real Sociedad para voltar a jogar na liga espanhola nesta temporada. O clube de San Sebastián tinha a difícil missão de substituir o jovem Martin Odegaard, chamado de volta do empréstimo pelo Real Madrid - e o fez com inteligência.

Na última temporada, o time dirigido por Imanol Alguacil já tinha chamado a atenção por seu estilo de jogo. Competiu por uma vaga na Champions League, embora no fim tenha se contentado com um lugar na Liga Europa, e eliminou o Real Madrid para alcançar a final da Copa do Rei em um histórico dérbi basco com o Athletic Bilbao - cuja data ainda será remarcada, já que ambos pretendem esperar até que seja possível ter a presença dos torcedores.

Reconhecida por sua capacidade de formar jogadores, a Real Sociedad conta com um time jovem e com potencial para melhorar ainda mais. Entre os onze jogadores com mais minutos em campo nas sete primeiras rodadas do campeonato, apenas dois têm mais de 26 anos: David Silva e o ponta-direita Portu, contratado em 2019 do rebaixado Girona por uma pechincha de 10 milhões de euros.

David Silva em ação pela Real Sociedad
David Silva em ação pela Real Sociedad Getty Images

Seis titulares jogaram nas equipes de base, incluindo toda a linha de defesa formada pelos zagueiros Aritz Elustondo e Robin Le Normand e os laterais Andoni Gorosabel e Aihen Muñoz. Os outros são o volante Martín Zubimendi e o atacante Mikel Oyarzabal, este último integrante da seleção espanhola.

Um contexto perfeito para aproveitar a experiência e a rodagem de David Silva. A estreia teve de esperar depois de um teste positivo para COVID-19 logo na chegada, mas a espera valeu a pena.

Neste domingo, Silva teve sua melhor atuação pela Real na goleada de 4 a 1 deste domingo sobre o Huesca, que levou o time à liderança isolada de LaLiga. Ele deu assistências para os gols de Portu e do jovem sueco Alexander Isak. Mais do que isso, esteve sempre envolvido na construção das jogadas, movendo-se pelo campo e achando os companheiros livres.

Com duas assistências de David Silva e dois gols de Oyarzabal, Real Sociedad amassa Huesca e segue líder de LaLiga; veja abixo

Os momentos irregulares de Real Madrid e Barcelona permitem sonhar com um campeonato aberto. Para a Real Sociedad, que não começava tão bem desde a temporada 2002/03, a do último vice-campeonato, chegar à Champions é um objetivo realista.

Mas se os gigantes vacilarem, podem encontrar um rival à altura no time do maestro David Silva.

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Maestro! Lenda do Manchester City faz sensação de LaLiga sonhar alto

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Três curiosidades sobre cada confronto da Champions nesta quarta

Leonardo Bertozzi
Bayern, de Hansi Flick, venceu as últimas doze partidas por competições europeias
Bayern, de Hansi Flick, venceu as últimas doze partidas por competições europeias Getty Images

Reedição de uma final e de um jogo anulado por causa de uma latinha. Um confronto de gigantes que levou mais de meio século para se repetir. Confira esta e outras histórias sobre os jogos de quarta-feira pela primeira rodada da fase de grupos da Champions League.

Red Bull Salzburg x Lokomotiv Moscou

- Desde que foi assumido pela multinacional de bebidas energéticas, o Salzburg nunca havia superado as fases preliminares da Champions até a atual temporada. Em sua primeira participação na fase de grupos, em 2019/20, a vaga foi obtida de forma direta.

- A Uefa registra nove partidas do Lokomotiv contra times austríacos, mas uma delas se realizou por um fato curioso. Em 2001/02, no confronto com o Tirol Innsbruck pela terceira fase preliminar, a vitória por 1 a 0 foi anulada porque o árbitro mostrou dois cartões amarelos ao mesmo jogador do time russo, sem expulsá-lo. Na nova partida, derrota por 1 a 0, mas classificação por 3 a 2 no placar agregado.

- É a sexta participação do Lokomotiv na fase de grupos, a terceira consecutiva. Nas últimas duas, o time terminou em último lugar, repetindo a mesma campanha: uma vitória e cinco derrotas.

Bayern x Atlético de Madrid

- Ainda em busca de seu primeiro título de Champions, o Atlético de Madrid vencia o Bayern até o último minuto da prorrogação na final de 1974, quando Hans-Georg Schwarzenbeck marcou o gol de empate. Dias depois, o Bayern venceu o jogo-desempate por 4 a 0.

- Na conquista de sua sexta Champions, na temporada passada, o Bayern se tornou o primeiro campeão com 100% de aproveitamento, vencendo todas as partidas no caminho para o troféu. O placar mais elástico foi contra um time de La Liga: 8 a 2 no Barcelona, nas quartas-de-final. Em setembro, o time de Hansi Flick levantou a Supercopa contra outro espanhol: o Sevilla, derrotado por 2 a 1 na prorrogação em Budapeste. Com este resultado, o Bayern ostenta 12 vitórias consecutivas por torneios europeus.

- O gol de Kingsley Coman na final contra o Paris Saint-Germain foi o 500º do Bayern na história da Champions (considerando a partir da fase de grupos). Apenas Real Madrid, com 567, e Barcelona, com 517, alcançaram antes esta marca.

Real Madrid x Shakhtar Donetsk

- O maior campeão da Champions mandará seus jogos na fase de grupos não no estádio Santiago Bernabéu, atualmente em reformas, mas no Alfredo Di Stéfano, situado dentro de seu centro de treinamentos. O campo tem sido utilizado também em LaLiga, desde a retomada do futebol após a pausa pela pandemia.

- O Real Madrid foi campeão na única temporada em que esteve no mesmo grupo do Shakhtar. Foi em 2015/16, com vitórias por 4 a 0 e 4 a 3 para os merengues. Cristiano Ronaldo marcou cinco vezes, e um dos gols do Shakhtar foi de Dentinho, que permanece no elenco ucraniano.

- Em 25 jogos contra times espanhóis, o Shakhtar tem mais vitórias como visitante (três) do que como mandante (duas). Uma delas foi contra o Barcelona, na temporada 2008/09, quando o time catalão conquistaria o título.

Internazionale x Borussia Mönchengladbach

- Um dos episódios mais polêmicos da história das competições europeias envolveu este confronto. Na temporada 1971/72, a Inter tomou uma goleada de 7 a 1 do Gladbach, mas conseguiu a anulação do jogo porque uma latinha de refrigerante atirada por um torcedor teria atingido Roberto Boninsegna na cabeça. Com a ordem do confronto invertida, a equipe de Milão avançou vencendo por 4 a 2 em casa e empatando sem gols em Berlim.

- O Gladbach teria sua vingança na temporada 1979/80, quando eliminou a Inter na campanha até a final da Copa Uefa (atual Liga Europa), com uma virada na prorrogação. Lothar Matthäus, que se tornaria um ídolo dos nerazzurri, jogava naquela equipe do Borussia, que perdeu o título contra o Eintracht Frankfurt. Aquela edição marcou a única vez em que quatro times do mesmo país fizeram as semifinais de um torneio da Uefa.

- A Inter vai para a terceira participação consecutiva na fase de grupos após seis anos de ausência, mas ainda não avançou às oitavas de final desde então. São duas temporadas terminando em terceiro lugar e passando à Liga Europa. O Gladbach não passou às oitavas nas duas participações anteriores (2015/16 e 2016/17).


         
     

Morata resolve, e Juventus estreia com vitória na Champions League 20/21

Manchester City x Porto

- É o primeiro encontro entre os clubes na Champions. O City eliminou o Porto da Liga Europa em 2011/12 com vitórias por 2 a 1 e 4 a 0 - Sergio Agüero marcou em ambas.

- Desde que terminou em último lugar em seu grupo na temporada 2012/13, o City tem sete participações consecutivas alcançando pelo menos as oitavas de final da Champions. Apenas em uma ocasião, porém, o time foi semifinalista, em 2015/16.

- O Porto inicia sua 24ª participação na fase de grupos, ficando atrás apenas de Real Madrid e Barcelona (25 cada). Na temporada passada, ficou de fora pela primeira vez desde 2010/11.

Olympiacos x Marseille

- O Marseille eliminou o Olympiacos no primeiro confronto entre eles, na Copa Uefa de 1994/95. Naquela temporada, o time francês estava na segunda divisão nacional - punido por um escândalo de corrupção que havia causado sua suspensão de torneios internacionais por um ano.

- O Olympiacos disputa a fase de grupos pela oitava vez em dez anos, mas apenas em uma destas ocasiões passou às oitavas-de-final. Para o Marseille, é um retorno após sete temporadas.

- Um dos principais jogadores do time grego, Mathieu Valbuena jogou 331 vezes pelo Marseille entre 2006 e 2014, com 38 gols marcados. Fez parte do elenco campeão da Ligue 1 em 2009/10, onde também estava o goleiro Steve Mandanda.

Ajax x Liverpool

- Os dois times somam dez títulos do torneio, mas não se encontram nele há mais de meio século. O Ajax eliminou o Liverpool na segunda fase da temporada 1966/67, com uma goleada de 5 a 1 em Amsterdã e empate por 2 a 2 na Inglaterra. Johan Cruyff fez um gol no primeiro jogo e os dois no segundo.

- Esta só não foi a decisão da temporada 2018/19 porque o Ajax levou uma incrível virada do Tottenham na semifinal, decidida no último minuto pelo terceiro gol de Lucas Moura.

- Desde a derrota para o Ajax de Cruyff, o Liverpool nunca mais perdeu para um adversário holandês. O rival mais frequente foi o PSV Eindhoven, contra o qual chegou a vencer cinco consecutivas entre 2006 e 2008.

Midtjylland x Atalanta

- Estreante, o Midtjylland é o quinto time dinamarquês a disputar a fase de grupos, e o primeiro desde o Copenhague em 2016/17.

- A única experiência do Midtjylland contra um adversário italiano terminou em duas goleadas: 5 a 0 e 4 a 1 para o Napoli, na fase de grupos da Liga Europa em 2015/16. O goleiro Mikkel Andersen é um dos remanescentes.

- Em sua primeira participação na Champions, na temporada passada, a Atalanta chegou às quartas de final, sucumbindo ao Paris Saint-Germain apenas nos acréscimos. Na fase de grupos, se classificou mesmo fazendo apenas um ponto nas quatro primeiras partidas, vencendo as duas últimas para avançar em segundo lugar, atrás do Manchester City.

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É guerra? Nome da Fifa em projeto de superliga de clubes na Europa acende disputa por pote de ouro

Leonardo Bertozzi

O sonho de alguns dos clubes mais poderosos da Europa de criar uma superliga fechada não é exatamente novo. A conversa aparece de tempos em tempos, especialmente quando é de interesse dos dirigentes barganhar por reformas nas competições que disputam.

O atual formato da Champions League, em que metade das vagas na fase de grupos é ocupada por times das quatro principais ligas, é um exemplo deste poder. A presença das grandes camisas é fundamental para o sucesso da competição de clubes mais rentável do mundo.

Porém, muitas vezes garantir vagas aos principais campeonatos não assegura que os times mais famosos estarão lá, certo? Quem não se lembra da declaração do presidente da Juventus e da Associação Europeia de Clubes (ECA, na sigla em inglês), Andrea Agnelli, questionando a presença da Atalanta na Champions por causa de "uma boa temporada"?

Surpresas como a Atalanta nas quartas de final ou mesmo o Leicester vencendo a Premier League são lindas para os apaixonados pelo esporte, mas incômodas para os clubes mais endinheirados. E quando a distribuição da grana sofre um impacto tão pesado quanto o causado pela COVID-19, cada um corre para defender o seu.

Primeiro, foi revelada uma tentativa de mexer no modelo democrático e diminuir o número de participantes da Premier League, liderada por Liverpool e Manchester United e apoiada pelos clubes das divisões inferiores, que receberiam uma bela compensação financeira. O plano encontrou forte oposição e foi rejeitado.

Champions League: qual equipe será campeã da competição? Bertozzi e Hofman opinam; assista abaixo

Novo projeto incendiário. E com chancela da Fifa?

Nesta terça-feira (20), surgiu na Sky britânica a informação de que os dois rivais do norte da Inglaterra estão juntos num outro projeto incendiário: uma liga continental que, ao contrário das outras já propostas, contaria com o apoio da Fifa. Na prática, uma declaração de guerra aberta à Uefa e à Champions como conhecemos.

De acordo com a Sky, investidores levantariam um fundo de cerca de US$ 6 bilhões para bancar a criação da 'Premier League europeia'. Mais de uma dúzia de times dos principais centros do futebol europeu já estariam em negociações para se tornarem membros fundadores da liga, cuja ideia inicial é contar com até 18 clubes.

O envolvimento da Fifa, destacado na matéria, é um ponto a não se negligenciar. Primeiro, porque a ideia de uma superliga sempre esbarrou em sua legalidade. Se fosse considerada pela entidade máxima do futebol uma liga 'pirata', seus jogadores ficariam impedidos de disputar a Copa do Mundo, por exemplo.

Por mais que o Mundial de seleções seja uma mina de ouro para a Fifa (a edição de 2018 gerou mais de US$ 5 bilhões), há um limite sobre o quanto ela pode oferecer - e um imenso potencial no futebol de clubes que ela mal toca. 

Que o atual formato do Mundial de Clubes é um fracasso de relevância global (e consequentemente de receitas), já entenderam faz tempo, tanto que ele será abandonado em prol de um modelo com 24 clubes, disputado a cada quatro anos. O primeiro deveria ser na metade de 2021, mas será remarcado por causa da readequação do calendário.

Num primeiro momento, os clubes europeus torceram o nariz para a ideia deste Mundial, mas foram convencidos pela linguagem que melhor conhecem: a do dinheiro.

Relembre os poucos gols de Ángel Di María pelo Manchester United, que nesta terça encara o PSG na Champions; assista abaixo

A Champions virou um problema?

O calendário internacional está garantido até 2024, mas há grande incerteza sobre o que virá depois. Discussões sobre o novo formato da Champions travaram depois que as ligas nacionais reagiram com veemência a um plano de atrelar boa parte das vagas ao desempenho na própria competição, diminuindo o peso dos campeonatos domésticos para a definição dos participantes.

As últimas discussões, noticiadas pelo Telegraph, também da Inglaterra, falam em formatos de 36 times, que garantiriam um mínimo de dez partidas por equipe na fase inicial. Sabendo que o calendário não ganhará mais datas por mágica, é inevitável pensar que os campeonatos sejam afetados. Sem falar nas pressões dos clubes por reformular o calendário das seleções.

Se este debate já era problemático, a pandemia colocou um novo ingrediente. Até hoje, as receitas geradas pela Champions só fizeram aumentar. Agora, há um impacto inevitável. De acordo com o The Times, outro veículo inglês, a Uefa informou aos clubes que as premiações das competições europeias devem ter cortes durante um período de cinco anos.

A mudança do formato da última Champions para jogos únicos permitiu que ela fosse concluída, mas não sem consequências financeiras. Ao entregar menos jogos que o previsto - e com atraso -, a entidade europeia precisou devolver parte do dinheiro dos direitos de transmissão.

Semana passada, em discurso na assembleia de sócios da Juventus, Agnelli estimou que a perda total do mercado do futebol europeu possa superar os 6 bilhões de euros.

Fifa
Fifa Fifa

Investidores têm interesses distintos

É importante lembrar que a presença de grandes investidores no futebol atende a interesses bem distintos. Clubes como Manchester City e Paris Saint-Germain, de propriedade de estados do Oriente Médio, servem como instrumento de propaganda e construção de imagem positiva, fenômeno que ganhou o apelido de 'sportswashing'.

O modelo de um bilionário apaixonado que pode colocar dinheiro a perder de vista num clube, muito popular na Itália dos anos 1980/1990, foi superado quando as normas endureceram.

No caso dos proprietários norte-americanos de Manchester United e Liverpool, por exemplo, o objetivo é o lucro. Eles não estão no esporte por paixão pelos clubes que compraram, mas pelo retorno financeiro que eles podem oferecer. Por este pensamento, se a lógica econômica superar a lógica esportiva, que assim seja.

Agora, eles podem estar no meio de uma disputa de poder que colocaria frente a frente Fifa e Uefa. A imagem de união do sistema futebol em tempos de pandemia durou menos tempo do que a pandemia em si. Alguém se surpreende?

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