Como Holm conseguiu nocautear a 'sobre-humana' Ronda, mas perdeu para duas 'normais'?
João amava Teresa que amava Raimundo, que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili, que não amava ninguém.
Ou, se preferir...
Amanda Nunes bateu Miesha Tate e Valentina Shevchenko, que bateram Holly Holm, que bateu Ronda Rousey, que não tinha perdido para ninguém.
Mas espere aí: como é que alguém pode bater a ‘sobre-humana' e perder logo em seguida para duas lutadoras ‘normais'?
É uma pergunta muito difícil de responder, é claro. Mas há alguns pontos que ajudam a entender um pouco como é que isso foi acontecer.
A começar pela posição que Holm assumiu diante de Ronda. Aquela foi a única luta dela em toda a carreira que ela entrou como ‘zebra', sem nada a perder. E, não por menos, foi disparada a melhor atuação dela no UFC.
Vejamos as atuações anteriores no UFC: contra Raquel Pennington e Marion Reneau, Holm venceu, mas ficou longe de convencer. Foram duas decisões, sendo uma delas dividida, inclusive. Com muita expectativa em cima dela, Holly foi pragmática e não buscou atacar tanto.
Diante de Ronda, a história foi completamente diferente. Rousey tinha toda a responsabilidade do mundo e, por isso, partiu para cima com tudo para atacar. Holm esperou, contra-atacou com primor e buscou o maiúsculo nocaute no segundo round.
E aqui há muito mérito para Holly, mas não deixa de existir também um grande erro de Ronda. A então campeã insistiu na luta em pé e foi completamente dominada. Quando tentou encurtar a distância, encontrou uma adversária preparadíssima para defender suas quedas típicas do judô.
O mesmo não se repetiu na sequência. E de formas diferentes.
Contra Miesha Tate, Holm foi bem melhor. Conseguiu dominar completamente em pé e ficou com uma mão na vitória. Só que Miesha sabia muito bem o que fazia e tinha sua forma de ganhar muito bem desenhada: buscou a queda e a finalização, algo que Holly não foi capaz de defender.
Diante de Shevchenko, Holm encontrou uma das poucas mulheres do mundo que podiam medir forças com ela em pé. E travou. Com o peso de buscar a vitória, teve que tentar partir para cima e sofreu demais com as brechas que acabou deixando.
É como se Holly Holm fosse mesmo a kriptonita de Ronda Rousey, tivesse o jogo perfeito para desbancá-la. Mas, ao mesmo tempo, ainda não tivesse encontrado uma forma perfeita de lutar no MMA diante de rivais diferentes, com outros estilos.
Fonte: Igor Resende, do ESPN.com.br
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